Page 113 - Revista da Armada
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•  Nota de Abertura










                              Dia de {{RONCO» *




                                para os fuzileiros




                                                            cialrnente como beneméritas e  que tenham
              Considerando que os Fuzileiros. sendo         prestado ou venham a prestar actos e assina-
          o mais antigo corpo militar de carácter per-      lados serviços à Humanidade, à Pátria e à Re-
          manente no nosso País. se têm distb:Jguido        pública.
          ao longo da sua história como Infantaria de
          Marinha, fi bordo,  fi como guarnição de For-
           talezas fi forças de desembarque, em terra;          A  história dos fuzileiros  é  bonita. Nasce-
              Considerando  o  seu  comportamento           ramem 1618comonomede Terço da Annada
          honroso em combate, especialmente duran-          da Coroa de Portugal e, com outros nomes, co-
           te a guerra de África. nos três teatros de ope-  laboraram na reconquista de São Salvador da
          .niIÇÓ6s.  como atestam as numerosas cond&-       Baía aos holandeses; estiveram nas guerras
           corações individuais que os seus elementos       da Restauração,  nomeadamente na batalha
          r8C9b6ram;                                        do Montijo; integraram a esquadIa anglo-por-
              ConsideTlUJdo os leitos de heroísmo pra-      tuguesa que sob o comando do grande almi-
           ticados por este. fi por unidades do mesmo       rante Nelson, combateu os franceses e  seus
           corpo militar;                                   aliados, no Mediterrâneo e, mais r.ecentemen-
              António dos Santos Ramalho Eanes. Pre-        te, participaram nas guerras de Africa (1961-
           sidente da República e  Grão-MeBtre das Or-      -1974),  nas quais se cobriram de glória con-
           dens HonorífiCIUI Portuguesas, faz saber que     quistando 144 condecorações individuais - 4
           nos termos do Decreto-Lei D. O 44 721, d824      da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor,
           de Novembro de 1962, confere ao Corpo de         Lealdade e  Mérito, 7  de Valor Militar e  133
           FuzÍleiros o  titulo de Membro Honorário da      cruzes de Guerra, além de mais 3 colectivas a
           Ordem Militar da Torre e Espada, do VaIor,       Destacamentos.
           Lealdade fi Mérito.                                  Para além do que fica registado, muito ha-
              Publique-se.  Presidência  da República.      veria que dizer ainda sob os fuzileiros e, espe-
           em 24 de Fevereiro de 1985. (a) A. Ramalho       cialmente, sobre a  sua acção nas guerra da
           E.an8B.                                          Guiné,  Angola  e  Moçambique.  Estive  com
                                                            eles na Guiné e tive ocasião de apreciar a  ab-
              Eis,  em  linguagem  simples  dos  regula-    negação,  a  coragem  e,  até,  a  descontração
           mentos  militares,  o  diploma  que  atribui  a   com que se batiam contra um in.imigo aguerri-
           mais alta e  valiosa condecoração portuguesa     do, matreiro e seguramente tão valente como
           aos nossos fuzileiros. De notar que ela se des-  eles.
           tina a ser conferida a cidadãos portugueses e       Tal  como  a  restante  Marinha da  Guiné,
           estrangeiros, militares ou civis, por altos fei-  honraram as nobres tradições que herdámos
           tos de valor nos campos de batalha; por actos    do passado e a Nação pode orgulhar-se deles.
           de abnegação e  coragem cívica;  por actos e     Bem merecem a distinção que acabam de re-
           assinalados serviços à Humanidade, à  Pátria     ceber. Os vivos e os mortos ...
           e  à  República; por serviços prestados no co-
           mando de tropas em campanha, dos quais re-
           sultem  incontestáveis  vantagens  e  glória
           para a República e para a Pátria.
              Pode também ser atribuída por concessão
           póstuma, aos cidadãos militares ou civis que
           morreram gloriosamente durante ou por mo-
           tivo da prática de qualquer dos actos referi-
           dos  anteriormente;  a  unidades,  navios  de
           guerra, cidades, vilas e praças de guerra que,
           por altos feitos, se tenham notavelmente dis-
           tinguido em qualquer campanha; a qu.aisque.r         •  TeTD:Io  indigena da GuinA qve significa  .. tesea.  aJegm.
           associação ou colectividade reconheCldas ofi-    coisa boniuo" bem tejuu.


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