Page 199 - Revista da Armada
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No Alio NOI'o Chüra CJIl (m dias d( /!lIão. juncos. sampanC/s. fordlas r IUllrflrts. !Is umr"as. formam 11m callaf {XI'" pussag(m cfos harCO.f c/CI m rrl'im
p/mI Hong·Ko"g. ,'pnr /J11(/(O. GOII(II/rts Zl/rrO _ltrtdrmllllObmr.
outro nilvio de guerra. dil categoria do .. Zarco» se leria movi· sõllilo de jogo. com mUllõIS meS'1S de «clu-clu». «fan-(;In» e roleta
mentado n"quele~ diils festivos dentro do porto interior -. por onde. simbolicamente. arriscou ;!(Itlilrlliol decem patacas. Como
inesperados. ficaram constituindo um episódio inédito c fantás· sempre acontece. f.:ol/l1ou ... e. imediatamente. entregou o t01<l1
tico. ocorrido numil curiosa comiss.io no Extremo·Oriente. ao representante duma instituição de beneficência da cidade.
onde o imprevisto . o insólito. o encanto e o fascínio largamente E. entret;mlo. duranfe oseineo dias do Ano Novo China em
predominaram .. que essa diversão era pcrmitida e se alastrava com maior libcra-
Depois do navio ter "marrado 1Is bóias. seguiu-se o almoço lidllde pc!;\ cidade. a paixão dcscnfrellda dos chineses pelo jogo
e. de tarde. as tancareiras. n<ls suas características embarcaçõcs. de llZ<lr era claramente patenteada.
iniciaram o seu interminável vaivém com a ponte da Capitania. Muitos deles. a qualquer hora. de dill ou de noite. :\correm
conduzindo os nossos marinheiros. que seguiam para terra ale- 1Is caSllS de jogo e às bancas mais modestas, imbuídos dessil mís-
gres. ansiosos c excitados com o bulício c o movimento da cidade tica infernal que junta . ombro a ombro. pobres e ricos. no\'os
e com a :Igradável expectativa de novas distracções e. alguns de- e velhos ...
les. também pensando concretizar as suas efémeras ilusõcs ... Frequentemente. os eúlis dos riquexós. depois duma corri-
Pela minha parte. nessa noite. como era tradicional. tive o da. iam imediatamente arriscar. num lanço de fortuna. a lI111gnr
privilégio de assistir. acompanhando O governador. autoridades «sapeca» que a sua mi~e ráve l faina lhes proporcionam: ao llldo.
militares e civis e principilis membros das comunidades portu- impllssível. um homem rico. magnate da cidade ou fomsteiro.
guesas c chinesas. ao sumptuoso ;:rntar de gala para assinalar 11 num só golpe_ jogava milhares de pataeas.
abertura oficial do jogo. no requintado ambiente da sala de b:ln- Também du ra nte esta época festiva. praticandoscntidamen.
quetes do HOIcI Central. oferecido pclos concessionários do te a sua religiáo e o culto dos antepassados. as famílias chinCSlIS
jogo. de todas as classe!; pcrcorriam os divcrsos templos de Macau
Na vasta sala. muito bem mobilada com antigos e lindos mó- onde. entre o cheiro do incenso c o fumo dos próprios pivetes.
veis chine~el>. devidamente engalanada com larga quantidade de bm;olll ca~ra perante Buda e outras divindades. sendo muito
belas Oores. encontravam-se di~t ribuídos por muitas mesas cir- visit:rdo por IOda a população - espccialmente a marítima -
cul;rres. mais de uma centena de convidados que. durante algu- O célebre Pagode da Barra. onde se venera a deusa Amá. consi-
mas hor:rs. se deliciaram com uma sequência interminável dos dcrad:r muito milagrosa e protectora dos homens do mar.
m;ris ricos c esquisitos pratos da famosa arte culinária chinesa. Contradiçócs misteriosas destas terras fascinantes do fim do
OS(IUais foram apreciados pela melhor sociedade de Macau e 111· Mundo onde os marinheiros portugueses. durante cerca de qua-
guns forasteiros mais ilustres. vindos de Hong-Kong. Cantilo c tro séculos. têm desfrutado da agradável possibilidade de man-
outr<ls terras vizinhas. ter umll ólmistoSlI convivênei,l com os simpáticos representan·
N.l0 me é possível descrever este inesquecív..::! banquete. tes da milenária civiliZ<lçiio chinesa. fonte exemplar de sabedo-
d'ld;1 a enorme varied'lde dos pr:IlOS servidos. os quais estavam ria c de cultura. cujas verdadeiras proporções ainda estarão por
magnificamente cozinhados e primavam pcla sua artística apre- desvendar ...
scntaçilo como só osehinescs osabem fazer.
Depois de muitos brindes entre os principais convivas das vá- Fragoso de Ma(o.f,
ria .. mesas. (l governador levantou-se e seguimos para o grande '·/cd",.
Educa ão Física
FORMAÇÃO zileiro da RN na Companhia n.o3, na no-aprendizagem, possibilitou-lhe a
Guiné, em 1967/69. Após esta data publicação de alguns trabalhos.
APRENDIZAGEM DE NATAÇÃO desempenhou funções no serviço de Presentemente desempenha
educação tisica da Escola de Fuzilei- funções docentes, como civil, no
Por nos parecer actual, o sempre ros, na Escola de Educação Ffsica Centro de Educação Física da Arma-
polémico problema da aprendiza- de Lisboa, no Instituto Nacional de da, sendo responsável pela forma-
gem da natação, conversámos com Educação Flsica e na Universidade ção de monitores na Metodologia da
o professor Cantarino de Carvalho Técnica de Lisboa (ISEF). Natação. Porém, o seu interesse pelo
que é licenciado em Educação Ffsica O seu interesse por esta área, ensino-aprendizagem nos escalões
e fez o serviço militar como oficial fu- nomeadamente no âmbito do ensi- etários mais baixos levou-o a lançar
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