Page 209 - Revista da Armada
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Da Escola, os convivas seguiram zeram-se acompanhar de familiares que
para um restaurante da zona onde foi tiveram ocasião de sentir a camarada-
servido o indispensável almoço, que de- gem que uniu esses homens na luta e
correu em ambiente de saudosa amizade cC>'ltinua a uni· los enquanto vivos foram.
e franca alegria. Alguns dos presentes fi-
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o .LIVRO DE TRAÇAS
DE CARPINTARIA,
VAI SER EDITADO
Associando-se às Comemorações
Nacionais dos Descobrimentos Portu-
gueses, a Academia de Marinha vai pro-
mover a publicação de uma séric de anti-
gos tratados de arquitectura naval, do-
mínio em que tivemos uma posição des-
tacada, sendo a primeira publicação da
série o códice da Biblioteca da Ajuda
com o título em epígrafe, da autoria de
Manuel Fernandes, que data de 1616. A
edição fac-similada é feita com o patrocí-
nio da Soponata.
O protocolo entre estas duas entida-
des foi assinada pelo presidente da Aca-
demia de Marinha, contra-almirante
ECN Rogério de Oliveira, e o presidente
do Conselho de Administração da Sopo-
nata, eng.o Gonçalves Viana, membro
daquele órgão cultural da Armada, na
Biblioteca da Ajuda, na presença do al-
mirante Sousa Leitão, chefe do Estado-
-Maior da Annada, do presidente da Co-
missão Nacional dos Descobrimentos
Portugueses, representado pelo capitão-
.de-mar.e-guerra Soeiro de Brito, da di·
rectora da Biblioteca da Ajuda dra. Mel-
ba Maria Olivia Lopes, ede vários mem-
brosda Academia.
Depois de assinado o protocolo, o
presidente da Academia justificou as ra-
zões que motivam a publicação desta
obra, dizendo nomeadamente:
Os [eilOs espectaculares das viagens
de descobrimento têm naturalmente de;-
xado na pell/lmbra o discreto mas impor-
tanfe papel desempenhado pela arte naval Os autêmicos objeclos de estudo arqueo- mundo o progresso da ar/e naval que es-
no desenrolar da expansão marltima por- lógico jazem no fundo dos mares, prova- teve lIa base da nossa epopeia marltima.
wguesa nos slculos XVe XVI. velmente em grande parte destmídos ou O custo da edição será de quinze mil
Qual era o estado da arte naval na- desfigurados. Em qualquer caso a sua re- contos, sendo metade custeada pela Co-
quelas lpocas? Como explicar o alto n(- cuperação requer meios financeiros avul- missão dos Descobrimentos e a outra
vel da construção naval que forçosamen- tados. parte pela Soponata, ao abrigo da Lei do
te teria existido para garantir aos navega· Daí o interesse da publicação de Mecenato.
dores portugueses aventurarem-se em ex- obras bibliográficas portuguesas de
pedições longínquas através de mares construção naval antiga que não só cons- o almirante Rogério de Oliveira ter-
hostis? tituirá material didático para estudiosos e minou agradecendo a presença do almi-
( ... ) As fomes de estudo são escassas. investigadores, mas também mostrará ao rante CEMA e das restantes entidades.
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SESSÃO
DA ACADEMIA DE MARINHA
No seu auditório, no Edifício da Ma- bordinada ao lema .. Algumas Reflexóes
tinha. realizou-se no dia 22de Abril pas- Para a Definição Duma Política de Defe-
sado mais uma sessão plenária da Aca- sa do Nosso Património Arqueológico
demia de Marinha, a qual foi presidida Subaquático».
pclo respeclivo presidente, contra-almi- Depois de uma chamada de atenção
rante ECN Rogério de Oliveira. para a necessidade de definição duma
Durante a reunião, o prof. arq. Lixa política de defesa do nosso palrimónio
Filgueiras, membro efectivo da Acade- arqueológico subaquático, o conferen-
mia, apresentou uma comunicação su- cista passou a enunciar os princípios que
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