Page 316 - Revista da Armada
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CONFRATERNIZAÇÃO
Mais uma vez, como vem sendo hábi·
to todos os anos, os sargentos que per-
tenceram à guarnição de 1980/82 da oor-
veta ",Baptista de Andrade .. reuniram-
-se, recentemente, num almOÇCH:Onvf.
via no restaurante do Oube do Sargento
da Annada .
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DIA DAS FORÇAS ARMADAS
EDA ARMADA
Foi em 1984 que começou a comemo- no Planetário da Marinha. etc .• foram Na verdade, não será viável sobrevi·
rar-se anualmente o Dia das Forças Ar- organizadas, de 4 a 8de Julho. em Leça, ver como entidade autónoma e individua-
madas rotativamcnlc com o dia de cada Lisboa, Alfeite, Setúbal, Faro. Ponta /izada sem um prolllndo amor pátrio,
um dos seus ramos. Voltou assim, este Delgada. Horta. Angra do Heroismo e sem o cIII,ho de um nacionalismo próprio
ano, a ser assinalado no Dia da Marinha Funchal. e sem o incentivar constante do projecto
-8de Julho. data do aniversário da par- portugl4és em contraponto li possívt:1
tida. das praias do Restclo. cm 1497, da AlOCUÇÃO DO CEMGFA absorção proveniente de internacionalis·
armada cm que Vasco da Gama vi ria a mos his/oricamen/e lugaus mas, no en-
çicscobrir o caminho marítimo para a Militares: Iniciaram-se há poucas se- /anto, sempre poderosos.
India. manas as celebrações oficiais respeitames Sendo cerlo que no lu/uro próximose
Foi aquele o local escolhido para ec- li época (los Descobrimentos, perIodo afigura podt:r vir a realizar-se lima paz
nário das comemorações principais, as que é o mais nOlável da nossa Hislória e europeia alargada e assim em bases sufi·
quais foram presididas pelo Chefe do Es- ql4e nos projectou para o Mundo assegu· cientememe sólidas, não é mellos certo
tado. dr. Mário Soares. Presentes todos rondo ao povo português que o seu Senti- que os enormes eslorços exigidos para
os órgãos de soberania, nomeadamente do de grandeza, de cometimento d reali· que tal acon/eça não consentem juizos
os presidente da Assembleia da Repú- zação de gralldes leitos sob a chefia de prematuros e ansiosos, antes aconselhan·
blica, primeiro-minislro e ministro da grandt:s homens t: de propensão para o do prudentes expectativas e séria fJOlldt:.
Defesa Nacional. para além das chefias !lniversalismo. lião eram sonhos quimé- ração.
militares. Aquelas constaram de uma ricos mas sim uma enorme lorça agl!41i- Tenhamos então cOllfiança /IOS dt:sa-
parada militar com efectivos da Arma- nadora capaz de COllduzir-nos onde dese- fios à IlOssa Irt:lI/e e aguardemos tranqui-
da. do Exército e da Força Aérea, co- jássemos. lamellle a passagem das tigElas revoltas t:
mandados pelo contra-almirante Gomes Nessa epopeia extraordinária todos dos racioclnios conlllSos. esperall(lo pelo
Teixeira. No Tejo, em frente à Torre de colaboraram d sua escala em saber e sa- ressurgir da limpidt:z eda qualidade.
Belém e ao Padrão dos Descobrimentos, crificios, mas aos militares esteve confia- Militares: Um dia comemorativo é
encontravam-se fundeadas algumas uni- do um papel sem paralelo com os demais normalmente um dia de lesta e deverá st:r
dades navais da Armada, que prestaram dado sem a sua dedicação e sentido de também um perlodo dedicado a reflexão.
as honras da Ordenança. Uma formação missão, os planos existentes, melhores ou Na sequência das grandes translor·
de aviõcs de combate sobrevoou o local piores, dificilmeme teriam lido execução mações hist6ricas, sociais, eCOllómicas e
a baixa altura. e, menosaillda, leriam /idosucesso. financeiras por que o pafs tem vindo a
As festividades. que tinham sido ini- São nlllilos os que dizem que desde o passar, também as Forças Armadas têm
ciadas na véspera. à noite, com um con- seu in(cio Portugal tem sido sobretudo vivido um periodo dt: profundas modifi-
certo pela Banda da Armada no Coliseu obra de soldados e, em certo sentido, caçôes cujo maior alargamento e desen-
dos Recreios, constaram também de assim irá continuar no luturo. volvimento apenas lem sido condiciona·
uma missa na igreja do Jerónimos por
alma dos militares falecidos. cuja homi-
lia se transcreve no final; inauguração no
Museu de Marinha da exposição "Sa-
gres,. - 25 Anos ao Serviço de Porfllgal;
almoço oferecido pelo general chefe do
Estado-Maior-General das Forças Ar-
madas às entidades presentes na cerimó-
nia militar; recepção dada pelo almiran-
te chefe do Estado-Maior da Armada a
bordo das corvetas .. General Pereira
d'Eça» e .. Baptista de Andrade .. , atraca-
das na Doca da Marinha.
Durante a cerimónia militar, o gene-
ral Lemos Ferreira, proferiu uma alocu-
ção que foi difundida em todas as unida-
des militares.
Todavia, as festividades do Dia da
Marinha decorreram também noutros
pontos do Continente, nos Açores, na
Madeira e em Macau. Provas desporti-
vas -náuticas e outras-, passeios a jo-
vens em unidades navais, recepções, na-
vios de guerra abertos ao público, mani-
festações culturais no Museu de Mari- {)fifi/r dosfO'flls mililllrn /lO Dia lias Forças Aml/lllos e da Marinha IJOIo ~ RA ~ -cllbo"f 1-("'lIm·
nha. na Biblioteca Central da Marinha c do Melldrs}.
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