Page 158 - Revista da Armada
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no abrigo seguro das alfarrobeiros da praia.   dois UI/UI  intimidade calada, uma espécie de   rapou-o como um sOfia q/IC nos fecha sua~'e­
          Que,  quonlO o ele, o seu sono no berço do   cumplicidade em  quolquer coisa  de  qu~ s~   m~nte os olOOs.  Quando  I'eio a onda  nOI"O,
          sa~'eiro tuJo no trocava por nmhwn, e o acre   haviam j6 ~squ~cido. E orgulhava-s~ de ele   a imitar a danro donairosa da olllra. dos dois
          ch~iro das  r~d~1l tinha poro  ~/e o peifume   o trocar pelos camarcuias. pelm suas conl'U-  amigos s6 se \;u um.  O Mar, cioso, glUlrdaro
          honesto do  lin/ro.                sas,  na tongura das noites. lJ  roda das pdn-  para si a ~'irgindade de Fernando, o "Peixe-
             Era o mais novo do  .. arte .. , com os seus   degas que tinMlllfeita na l11t;lIIa  .. quinzena .. ,   -Rei", aquela  vir8indade que f(l1,ia  a pl/re-..a
          doze  abris  inglnuos.  O  nom~ suave  de   das mulhues  que ,inham olhado ~ tocada,   d'J  seu amor.
          F~rnando Ilá  lhe  fembro\'U  quondo a .. quin-  flaquelo  roa  triste  mas  pron~f~dora, mas   E o pescadort.inho.  que nunca olhara o
          una. o le\'U\'O aos braços amigru e saudo-  c~rta como nenhum para(so ...   Ciu por  traz.~r Ilempre  os olhos ao ris da
          sos  da  MlJe:  os  companheiros  /inham·se   "Peix~-R~i" ouvia-os e lIDO os compre~n­  água salgada. ,1.110 se espanta agora.  \'estido
          esqu~citlo à~ qu~ .. P~ix~·R~i ..  ua alcunha   dia, de absorto, tendo s~mpre nos alhos o seu   de conchas e de IimOll,  de  que o  C/u fique
          que lhe hal'iam posto,  e ele mesmo, no seu   brinquedo amigo que nlJo escangalham. As   por baixo dos Astros e lenha grlJos de areia
          omar  quase  m(slico  ao  Mar  salgado,  St   mulheres  Iodas  tinha-as  ele na  Mlle.  Nba   no ftll/do ...
          orgulhOl'o  dela e n~la via  como qu~ um  ~/o   precisam de maill nmhlltfICJ , que n~m Ilabia   Arrdbida,  4 e 6-XI-J944.
          a  prendi-Ia  mais,  como  que  um  laço  d~   mesmo para que sentam. E no Mar, que era
          parenUSCo.  D~pois,  linho  pelos  Mixes  a   a  sua  namorada.
          amizade  cond~scendenu que  se  lem  pelos   Mas,  mesmo  assim,  o  Mar  teve  medo.  De  .PELO SONHO
          companheiros mais no\'Os; sabia, carinhosa·   Teve medo de qlle alguma floiu "Peixe-Rei ..   É  QUE VAMOS.  (1953)
          m~nte,fw.u \'Ollar à vida os peix~s-m~ninos   Ile  meusse com  Oll  canuurulas naquela  roa
          qu~ a r~de enganosa trouxera lJ praia.  Eua   qu~ fIi10 halia eMiTO de maresia que lalWS~.   TEMPESTADE
          cos/o como a luz mallsa qUt de manhlJ  Ih~   e s~ esqu~cess~ por uns irutO/Utll das ondas
          abria os olhos ..                 verdes. e dos castdosde espuma. e do longo
                                                                               o Vemo  enchia  o  MI/Ilda.  Mal  deixam
             Mas  o Mar lambl/n goslOl'O dele.  Pare-  rell'ar espreguirado pela areia.  O Mar tel'e   IlIgar para o tremclldo  1'0% dOIl  ondas.
          cia entender a alminha cllndida da criança,   m~do que  "Peixe·Rei,.  voltallse  11111  dia  da
          que,  ~nquallto os outros, à sombra do  velo   .. bilo..  e  nlJo  110  percebeslle  jd,  fI~m  lhe
                                                                               Mas era o  Mar apenas qlle se olll'Ía.
          grossa fincada  na praia, dormiam a seslO.   ochaslle já aqu~le encanto que morava lam-
          se ptrdio a olhá-lo num  enle~'O de  apaixo-  blm nos seUIl  olhos líricos.
          nado. a dar-lhe beijos na ternura do seu soro   E por um meio-dia fresca, q/ll1f1l/o _Peixe_
          riso simples. O Mar 10mb/III gostal'a dele ...   -Rei" mel/ia afimdura do verdc IIInrinJw qt4e   Dt  .Obro.s Comp/~ltI.f de Selxwllloda Gomo»
          Vira-o  nascu e crescu.  Percebia  entre os   lhe alegrava a alma e o corpo. seu amigo Mar   (1'01.  / a  VII).  Ediç(ks Ãr/co  (ColtC('do  P~siQJ.




                                        Educação Física







          DESPORTO                            BASQUETEBOL

           XI  MEIA-MARATONA DAS FA

             No dia 4 de Março, a Policia de
          Segurança Pública (PSP) organizou
          a  décima  primeira  versão  desta
          prova,  que  decorreu  na  região  de
          Vieira  de  Leiria.  Participaram  208
          atletas, distribuldos por cinco esca-
          lões etários, pertencentes a todos os
          ramos  das  Forças  Armadas (FA)  e
          das  Forças de Segurança (FS).
             A  Armada  obteve  as  seguintes
          classificações individuais: I escalão
          - 1. ° lugar, 1. O_sarg. Ma Soldado,  A equipa de basquelebol do Comando Naval do Contlnanta/EscoJa de Mergulhadores, vt!Inar
          III escalão -  1. 0, 2. -sarg. FZ Leal;   dora do I esca/lo.
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          2. 0,  2. -sarg. FZ Pacheco. IV esca-  tado  pela  PSP,  tendo  a  Armada   seguinte  modo: Base Naval de lis-
          lão  -  1.°,  l,°·sarg.  A  Óscar; 3.°,  obtido o 2.  °  lugar.      boa  (BNL),  63;  Comando  Naval do
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          1. -sarg. A Assunção. V escalão -     Esta é uma das modalidades que   Continente (CNC), 50; Escola de Fu-
           1. o,  1. -sarg. M Henriques.    regista na Marinha franca melhoria   zileiros (EF), 50; Escola Naval (EN),
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             Classificação colectiva: I escalão   na arbitragem e técnica dos jogado-  60;  Força  de  Fuzileiros  do  Conti-
          _  3. ° lugar. II escalão - 4. °. 111  es-  res. No III  Campeonato da Marinha   nente (FFC), 137; Grupo n. o 1 de Es-
          calão -  1. ° IV escalão -  2. ° Ves-  efectuaram-se  142  jogos,  na  fase   colas da Armada (G1 EA), 60; Grupo
          calão  _  1.0.
                                            preliminar,  com  a  panlcipação  de   n. ° 2 de Escolas da Armada (G2EA),
             O troféu em disputa foi conquis-  615 basquetebolistas, dlstriburdos do   81 ; Unidade de Apoio aos Organis-
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