Page 115 - Revista da Armada
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NOTA DE ABERTURA
o Almirante Ribeiro Pacheco é o novo
Chefe do Estado-Maior da Armada
r decreto do Presi- dos, a qual necessaria-
dente da República, mente condiciona, no
presente e no futuro, a
~ o Almirante Ribeiro
Pacheco foi designado capacidade e ii eficiência
para exercer o cargo de operacionais.
Chefe do Estado-Maior da Essas transformações,
Armada. ditadas pela necessidade
económica e social de
encontrar, segundo os
Essa designação ocorre
exactos termos da ciência
num tempo em que, quo-
tidianamente, se nos económica, a adequada
deparam, na ootem inter- relação entre Ncanhães e
na ou na ordem internaci- manteiga", têm revelado
onal, novas circunstâncias a enorme capacidade de
e novos desafios, novos adaptação e de moderni-
equilíbrios e novas con- zação de uma instituição,
frontações. que embora esteja na
Em todas as esferas da vanguarda das tecnolo-
gias, preserva e enrique-
nossa acç.lio colectiva e
ce, em cada dia, um
em todos os domfnios em capital de tradições e de
que se desenvolvem os princípios de que muito
nossos interesses perma-
nentes ou conjunturais, se nos orgulhamos.
verificam crescentes, e O novo Chefe do
cada vez mais complexos, Estado-Maior da Armada
sinais de instabilidade e conhece bem a Marinha,
de inquietaçào, que a não só pela diversidade
geografia mais acentua. de funções que desempe·
A necessária defesa des-
nhou ao longo da sua
ses interesses, como de carreira, mas também
muitos dos valores que como resultado do estudo
lhe estão associados e os
e da reflexão que tem
suportam, enquanto he- dedicado aos seus pro·
rança e património secu- blemas. Por isso, no exer·
lares da nação portugue· cício das suas funções,
sa, são um imperativo como timoneiro de uma
nacional. nau cujo historial tantas
Esse imperativo não vezes coincide com o da
pode alhear·se da compo- própria Nação, não dei.
nente militar que, de xará de contribuir para a
resto, esteve presente e foi sua valorização operacio-
marcante, ao longo da nal, para a preservação
nossa História de mais de da sua cultura especifica
8 séculos. E nessa compo- e para a consolidação do
nente, a Marinha é, simul· prestígio de que disfruta.
taneamente, um factor
determinante da identida- A Revista da Armada
de nacional, um instru- saúda o Almirante Ri·
mento consequente de qualquer seu comando é cada dia mais singular, a mudança do seu res- beiro Pacheco pela elevação
polftica de defesa e um vector exigente, quer em devoção pes- ponsável máximo, sobretudo no com que tem servido a
indispensável à nossa afirmação soal. quer em capacidade profis- perfodo de transformações por Marinha, formulando votos de
na comunidade internacional. sional. que passa, gera sempre expecta- boa navegação ao Chefe do
A Nação exige-Ihe a necessá- No pequeno mundo que é a tivas, nomeadamente quanto à Estado-Maior da Armada. J,
ria eficácia, como contrapartida Marinha, em que cohabitam a orientação que vai imprimir à
dos recursos que nela são inves- operacionalidade militar-naval e gestão dos recursos materiais e A. B. Rodrigues da Costa
tidos, pelo que o exercício do uma cultura verdadeiramente humanos que lhe estão atribur- CTEN
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