Page 119 - Revista da Armada
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No dia 25 de Fevereiro,
após seis árduos dias de
patrulha, o navio efectuou um
trânsito até á cidade italiana
de Veneza, aproveitando-se
este período para a realização
de um exercício de lula anli-
submarina com um submarino
nuclear da "Royal Navy".
Ainda nesse dia, foi avista·
do pelos vigias da fragala
"Corte Real~ um enorme Iron·
co de madeira. o qual consli-
tuía perigo para a navegação
com os seus 4.5 melros de
comprimento e quase uma
tonelada de peso. Foi içado
para bordo e posteriormente
entregue ás autoridades
navais italianas.
A ESTADIA EM VENEZA
F"i1lól de recoIh" de um tronco de ma<ki,,,, ".-,srildo no di" 15 de fevereiro de 1994
Na manhã do dia 26 de
Fevereiro. sob um forte nevoei- Com efeito, embora nesta detectadas pelos sensores de seus próprios meios ao porto de
ro, o navio entrou sem novidade zona seja mais reduzido o trMe- bordo. Durres.
no porto de Veneza, tendo atra- go mercante e o número de vis· Apesar do forte empenha- No dia 14 de Março o navio
cado no "Mola de San Basnio", torias seja ligeiramente menor, mento militar, no dia 13 de foi visitado, pela segunda vez,
a poucos minutos da famosa em contrapartida o grau de Março houve. ainda, oportuni· pelo comodoro da STANAV-
praça de San Marcos. prontidão para o combate tem dade para a fragata "Corte- FORLANT, acompanhado pelo
A permanência nesta famosa que ser obviamente mais eleva- Real" assistir uma embarcação CFR Augusto de Brito, chefe do
cidade. em tempos uma potên- do, exigindo das equipas de que se encontrava à deriva há seu Estado-Maior, tendo tido a
cia mediterrânica, constilufu operações Ioda a sua concen- dois dias, ao largo da cosia da oportunidade de trocar impres-
um agradável perfodo de tração e profissionalismo na Albânia. De nome "Kozana" e sões com o comandante da
repouso, durante o qual a guar- tarefa de monitorizar a activida- com 2 tripulantes albaneses a "Corte Real", sobre as operações
nição da "Corte Real" leve a de dos meios navais e aéreos bordo, a embarcação não dis- em curso no mar Adriático.
oportunidade de enriquecer a das partes em conflito. punha de água, nem de comi· No dia 15 de Março, o navio
sua cultura. com passeios orga- Ao mesmo tempo que é efec- da, nem de comunicações. Na foi temporariamente substituf-
nizados pelos canais de Veneza tuado o seguimento dos navios oportunidade, foi prestado todo do na sua missão por outra
e à cidade de Murano. célebre mercantes, que transitam ao o auxOio aos tripulantes, foram unidade da OTAN, iniciando o
pela sua arte em vidro soprado. largo da costa, O navio tem que alertadas as autoridades albane- trânsito para Nápoles para um
Muito apreciados foram, tam- estar pronto, a todo o momen- sas e dois técnicos de bordo bem merecido descanso da
bém. a Basflica de San Marcos to, para reagir em breves segun- procederam à reparaç~o da guarnição. J.,
e o Palácio dos Doges. os quais dos a qualquer atitude hostil avaria eléctrica que afectava a
impressionaram, respectiva- por parte das forças sérvias ou propulsão da embarcação, (Co/~bor,,\Jo do com"ndo
mente, pela riqueza dos seus croatas, que diariamente são tendo esta regressado pelos do N. R. P. ·Corte Re"l}
mosaicos de estilo bizantino
em ouro, e pela grandiosidade
das pinturas que cobrem os tec-
tos e as paredes daquele palá-
cio.
Após cerca de 7 dias em
Veneza, um período um pouco
mais alargado do que o normal,
para permitir a preparação do
período de patrulha seguinte, o
navio saiu na manhã de 5 de
Março, transilando para sul, até
às proximidades da costa jugos-
lava.
DE NOVO NA ÁREA
DO MONTENEGRO
Pela manhã do dia 6 de Março,
o navio integrou·se no grupo de
navios que vigia a área adjacen·
te à cosIa jugoslava, iniciando
uma patrulha de 9 dias, durante
a qual a proximidade à zona de
guerra foi o factor predominante. Ã 1r"IP~"Corte Red/" "IrKMt.l em Venezd
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