Page 91 - Revista da Armada
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o H.I.  "SAGRfS" HA  ROFA
                                            DAS HOSSAS MIMÓR.AS ORIfHFA'S





             lofe;ro de ulla longa ,;agell ·1









         Após 294 dias de viagem, com visita a 24               comuns, em quase todo o terri-
                                                                tório nacional, e as baixas tem-
         portos de 13 países, e depois de ter navegado
                                                                peraturas sentidas a  bordo,
         eerça de 34.000 milhas através do Atlântico,           não consegui ram  atenua r  O
         do Indico e do Pacífico, o N. E. "Sagres"             entusiasmo pelo regresso.
         regressou a Lisboa.                                     No dia 5 de Fevereiro,  pelas
                                                                13 horas, o navio passou entre-
         No contexto da política de afirmação de               -Torres e,  com  algum  pano
         Portugal no Mundo, a viagem eonstituíu um              desfraldado. entrou  no Tejo.
         assinalável acontecimento e um importante              tendo emb..1rcado  os  represen-
                                                                tantes d e  alguns órgãos  da
         contributo para esse objectivo, pois cerca de         Comunicação Social, que espe-
        120.000 visitantes procuraram o navio.                  ravam O navio.
         A Marinha está orgulhosa pela forma exemplar
         como o N. E. IISagres" cumpriu a sua missão.           FESTA NA BNL
         O seu comandante e a guarnição estão de
                                                                 Quando O navio atingiu a
         parabéns.                                              bacia  de manobra  do Alfeite,
                                                                numa  simpática  e  solidária
                                    ção,  nomeadamente aos  cen-
               navio entrara  no Medi-
         O                          tros  históricos de Cartago e   começaram a ouvir-se as sire-
                                                                manifestação  de boas-vindas,
               terrâneo no  dia  16  de
                                    Hammamet,  e  promoveu  a
              Janeiro, proveniente do
                                                                nes  dos  navios atracados, que
        canal do Suez, e,  depois de ter   visita a bordo de muitos ofici-  saudavam  o  regresso  da   verdadeira explosão de alegria
        permanecido 3 dias em  Ale-  ais e cadetes tunisinos. No der-  "Sagres" e  da sua guarnição.   e So:ludade.
        xandria, rumou  com destino a   radeiro jogo de futebol  desta   No cais do Alfeite avistavam-  Significativamente anónimo
        Tunis.                      viagem, a selecção da Marinha   -se  os  primeiros acenos de   no meio da multidão, estava o
                                    Tunisina derrotou a equipa da   uma  verdadeira  multidão que   CMG Martins e  Silva, o  pri-
        NO MARE NOSTRUM             "Sagres" por 2-0.           os esperava.               meiro  comandante da  "Sa-
                                                                 Era  de  fa cto  uma  enorme   gres"  que  deu  a  volta  ao
          As  1080  milhas navegadas  RUMOAUSBOA                multidão, de  familiares, ami-  mundo, que então se aproxi-
        no Mediterrâneo, ao longo das                          gos e curiosos, em número da   mou  do "seu"  navio e So:1udou
        cosias egípcias,  líbias e  tunisi-  No  dia  30  de  Janeiro,  a   ordem d as duas ou  três  mil   o seu actual comandante, CFR
        nas, decorreram com  nonnali-  "Sagres"  largou do porto de   pessoas, que,  talvez por ser   Rodrigues Leite, num dos mais
        dade e bom tempo, excepto na   Tunis para  cumprir a  última   uma tarde de sábado, torna-  discretos, mas  mais emocio-
        véspera  da chegada  a Tunis,   etapa  da  sua  longa  viagem.   ram  a  chegada  da  "Sagres"   nantes actos da chegada do
        quando ventos de forç.,  10 fus-  Navegando  com bom  tempo   num  acontecimento de grande   navio.
        tigaram o navio e retardaram a   até ao estreito de Gibraltar, o   emoção.
        sua aterragem  àquele porto,   navio  começou  depois  a   Depois do navio ter atracado  AO N.E. "SAGRES"
        que  ocorreu  no  dia  27  de   enfrentar  as  condições  de   e  de ter recebido os cumpri-
        1aneiro.                    vento e mar do Atlântico, que   mentos  do  embaixador  do   Durante alguns meses os lei-
          O  navio foi  recebido  pelo   nesta  época  do ano sào quase   Japão e do comandante Naval.   tores da  nossa  revista  pude-
        Adido  de  Defesa  junto  da   sempre desfavoráveis. As notí-  VALM  Carmo Duro, a  multi-  ram  "acompanhar"  a  longa
        Embaixada  de  Portuga l em   cias de nevões,  fortes  e  pouco   dão correu  para bordo numa   viagem do  N.  E.  "Sagres"  e
        Rabat, CFR  Braz Mimoso, que                                                       tomar conhecimento  da  forma
        acompanhou o comandante no                                                         como foi  decorrendo, através
        navio  durante toda  a  estadia                                                    das sfnteses que regularmente
        em Tunis. No dia 28  foi  ofere-                                                   fomos publicando. Ao concluir
        cida  uma  recepção a  bordo,                                                      a  sua  tão bem  sucedida  via-
        onde estiveram  ISO convida-                                                       gem,  a  Revista  da  Armada
        dos,  incluindo os  representan-                                                   agradece a exemplar colabora-
        tes diplomáticos de Espanha,                                                       ção  que lhe  foi  prestada  pelo
        BrasiL  Chile,  yaquistão,                                                         comando do navio,  apesar da
        Suécia,  Hungria,  lndia  e  Tur-                                                  intensa e  complexa  exigência
        quia, o  Bispo de Tunis e  as                                                      da  viagem,  nomeadamente
        autoridades militares locais.                                                      nos aspectos náuticos, diplo-
          A  Marinha  Tunisina  ofere-                                                     máticos,  militares.  logísticos e
        ceu  alguns passeios à guami-                                                      outros.                  ~
                                                                                           RfvlSTfI  DA ARMAOA  • MARCO 94  17
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