Page 297 - Revista da Armada
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do em terra que não só permi-
tisse o treino das guarnições,
como também o treino dos
fu turos operadores antes
mesmo de destacarem para
bordo. O facto do sistema
NAUTOS ser em termos tec-
nológicos representativo, não
só do presente mas também da
tendência das tecnologias de
futuro na área de sistemas de
monitorização e controlo da
plataforma de navios de guer-
ra, contribuiu igualmeme para
a decisão de adquirir um simu-
lador deste sistema. A Marinha
garantiria assim e, sim ilar-
mente ao que já acontecia na
área das operações, capaci-
dade de ministrar treino em
ambiente de simulação tanto
às guarnições como aos futuros
utilizadores, com as vantagens
amplamente reconhecidas dos
sistemas de simulação, como
Fig. J: Quadro eléctrico priocip<J1 da ~
sejam em particular:
• Capacidade de comprimir • Reduzir futuramen te o futuro dos sistemas de monito-
• Capacidade de ministrar no temlX> experiências de anos tempo necessário de pre- rização e controlo da plata-
simu ltaneamente treino às de boroo; paração do pessoal a embar- forma.
guarnições dos navios, futuros • Evitar a condução incor- car em qualquer classe de
membros da guarnição e, em recta; navios e, em especial, nas (ra- O projecto do simulador
geral, a todos os alunos das • Possibilitar o treino de gatas classe ·Vasco da NAUTOS tem vindo a ser li-
Escolas de Electrotecnia e de reacção a avarias; Gama ~; derado pela Direcção de
Máquinas; • Reduzir o períooo de treino • Permitir realizar treino Navios. A empresa Norue-
• Treino sem comprometer a ~ on-job~ com directa impli- contfnuo e planeado sem guesa Norcontrol, lider mundi-
segurança da instalação de cação nos custos (redução do necessidade de coordenação al em sistemas de simulação
bordo; períooo dos navios no mar para com os navios; marftimos, começou a desen-
• Treino prático comple- efeitos de instrução, períooos de • Evitar perturbações do volver o simulador há cerca de
mentando a teoria envolvente; rendição mais reduzidos); ambiente a bordo, motivado dois anos. As imensas e com-
• Capacidade de treino em • Permitir treino e estudo da pela presença de elementos plexas capacidades do sistema
situações de emergência ou dinâmica dos circuitos e subsis- estranhos; a sim ular, o facto da Nor-
alarme até completa interio- temas tfpicos da casa de • Disponibilizar uma ferra- control não ser a empresa fa-
rização dos procedimentos a máquinas de um navio de guer- menta de treino de um sistema bricante do sistema NAUTOS e
tomar; ra mocIemo; que representa o presente e o a necessidade de conceber
uma réplica física e concep·
tualmente fiel do sistema a
bordo, levou a Direcção de
Navios a envolver activamente
especialistas das áreas de sis-
temas de propulsão, energia,
LA e auxiliares e de controlo e
software, o que representou,
durante cerca de 2 anos e
meio para o Departamento de
Construções da Direcção de
Navios, um esforço substancial
em actividades de investigação
e desenvolvimento. Durante o
ciclo de desenvolvimento a
Marinha, através da Direcção
de Navios, concentrou a sua
acção no estabelecimento de
requi sitos e especificações,
apoio técnico às soluções de
sim ulação, esclarecim entos
sobre o sistema de bordo,
supervisão e gestâo do projec-
to, teste, validação e, inclusiva-
Fig. 4: Consola do ;nS/ft/lor mente, simulação de alguns \
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