Page 223 - Revista da Armada
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ZAIRE
u •• ponte,.,.
rillt" e dois anos depois O Pelotào de Operações
de ler afastado do poder Especiais poderia vir a ter de
T ii coligação de Moisés reforçar a operação de enca-
Tchombé, Mobutu Sese Seku minhamento dos civis até ao
vê o sua potestade ameaçada local de embarque (operação
de morte pela Aliança das que estava atribuida ao GOE),
Forças Democráticas para a e o outro Pelotão de Fuzil!?i-
Libertação do Zaire (AFDL), ros constituía a reserva opera-
dirigida por Laurent-Desiré cional de toda a operação, a
Kabila. Afinal de contas será empregar onde as circuns-
este o desfecho de uma singu- tàncias o aconselhassem. Mas
lar guerr.l civil onde a autori- esta operação é para ser feita
dade, instituída e mantida em zona completamente
por Mobutu, p<1recia não pas- descohecida e, por isso mes-
sar de uma desordem arma- mo, desde que o pessoal se es-
da, à procura de uma saída tabelece em Brazzaville muita
qualquer, que ~í não estav" ao Mas em Kinshasa viviam testa de ponte num cais co- COiSc1 há para fazer e treinar: é
alcance do velho leopardo. ulllas centenas de portugue- mNdal de Kinshasa, de preciso saber navegar no rio
Quilómetro ii quilómetro, ses e isso era razão mais do onde seriam retirados para Congo, experimentando-lhe
com uma limpeza de conquis- que suficiente para que o pilís Brazzõlville, através de um as correntes e verificando as
tndores, as tropas de Kabilil arriscilsse meios militares, ferry boa/ ou com botes de co nhecenças, de dia e de
aproximaram-se de Kinshasa, tentando proteger as suas borracha Zebro III (em vagas noite; explicar e ensaiar todas
galgaram todos os obstáculos vidas, caso a guerra (ou os sucessivas). as manobras, fazendo o pes-
sem uma resistência que seja dcsilca tos normais ,-----------7"::,..., 50<11 conhecer de cor quais OS
merecedora desse nome, e en- nestas alturas) che- locais que deve ocupar e os
traram na capil"] na madru- gasse ao centro da caminhos que terá de seguir;
gada de 5.íbado. 17 de Maio. cidade. Uma Força sobretudo, ter bem presentes
Mobutu partia para p.ute Expedicionária, foi as regras de empenhamento,
incerta, o Z,lire passaria a constituda para esse para todas as circunstâncias
chamar-se República Demo- efeito e, sob o co- "":."="'[11 de deteoração da situação em
crática do Congo e Kinshasa mando do CFR FZ KinshaSc1.
81lAZZAVlllf
acordava com o som das Loureiro Nunes, É fundamental saber qmm-
Rio COtI/jO
mctrillhildoras, ii procura dos deslocílTam-se pena :±l do se deve fazer fogo; lluando
ajustes de contas, nos agentes Brazavil1e, no Con- KINSHASA N~U~ f------------------r-----'
do .1ntigo regime que não go, dois Pelotões de
tiveram importância sufi- Fuzileiros reforça-
ciente para encontrar a fuga dos, um Pelotão de Operações
para Brazzaville ou }>dra qual- Especiais (Exército), um nú-
quer outro lugar seguro. cleo d(' Comando com os
respectivos meios de comuni-
cações, uma secção de botes e
os apoios logísticos essenciais
para lima vivência em ter-
ritório estrangeiro, com par-
cos meios e em clima adverso. ZAIRE
Ao mesmo tempo, em Kin-
shasa, um Grupo de Opera-
ções Especiais da psp (GOE),
garantia a seguranç,l da Em-
baixada e do Colégio Portu-
guês (com estatuto de territó-
rio naOO0.11).
Se a situação se deterio-
rasse, ao ponto de ser ne-
cesSíÍrio evacuar os nossos
compatriot,ls, estes deveriam
ANGOLA
concentrar-se nesses dois
locais (Embaixada e Colégio),
enquanto um Pelotão de Fu-
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zilei ros estabeleceria uma
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