Page 209 - Revista da Armada
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                          VISITA DO CEMGFA À ESQUADRILHA DE SUBMARINOS
           No passado dia 23 de Março a Esquadrilha de Submarinos  Após esta apre-
         (E.S.) recebeu, em visita de trabalho, o Chefe do Estado-Maior  sentação, o General
         General das Forças Armadas, General Gabriel Augusto do Espírito  CEMGFA fez uma
         Santo.                                               breve visita às ins-
           Acompanhado da respectiva comitiva, o General CEMGFA foi  talações da IRS -
         recebido à sua chegada à E.S. pelo Almirante CEMA, pelo CALM  Inspecção de Repa-
         Comandante da Flotilha e pelo Comandante da Esquadrilha de  ração de Submari-
         Submarinos.                                          nos, no Arsenal do
           A visita iniciou-se com uma breve intervenção do Almirante  Alfeite, como enti-
         CEMA enquadrante da problemática do “programa de     dade a quem in-
         manutenção da capacidade submarina” como primeira e inques-  cumbe a direcção
         tionável prioridade do reequipamento da Marinha e como  técnica dos subma-
         corolário da consciência da eficácia e do  real valor dos submarinos  rinos e à Doca Flu-
         no sistema de forças nacional como único meio dissuasor credível.  tuante onde se encontra em Grande Revisão o NRP “Delfim”,
           Seguiu-se uma apresentação pelo Comandante da E.S. , CMG  seguindo de imediato para Sesimbra onde embarcou no submari-
         Brites Nunes, o qual, começando por salientar que a arma subma-  no “Barracuda” acompanhado do Almirante CEMA e do
         rina existe na nossa Marinha desde 15 de Abril de 1913 -  86 anos  Comandante da Esquadrilha de Submarinos.
         de operação contínua  - destacou as virtualidades de uma pequena  Durante o período de embarque, o General CEMGFA teve opor-
         organização administrativo-logística e de manutenção (incluindo o  tunidade de assistir a algumas demonstrações das ainda resi-
         AA-IRS) que consegue ser praticamente auto-suficiente e manter  dentes capacidades operacionais dos nossos submarinos, em con-
         operacional na sua globalidade os submarinos e os destacamentos  traponto com as enormes potencialidades dos modernos submari-
         de mergulhadores sapadores, garantindo ainda uma razão da  nos, tendo tecido referências elogiosas ao desempenho e ao profis-
         ordem dos 55% de pessoal operacional. Referiu ainda as responsa-  sionalismo dos submarinistas, expressas  nas palavras que enten-
         bilidades do Comandante da E.S. a nível nacional e NATO, como  deu por bem dirigir à E.S. e que parcialmente se transcrevem:
         Autoridade Nacional de Controlo de Submarinos (SUBOPAUTH),  “reitero os maiores votos de confiança na sua capacidade para cumprir as
         assim como as enormes potencialidades dos submarinos nos mo-  missões que lhe estão confiadas e que representam um elevado contributo
         dernos cenários de operação, nomeadamente no âmbito das ope-  para o prestígio da Marinha e das Forças Armadas em geral”.
         rações especiais, na recolha de informações, em operações em
         águas baixas, no  apoio avançado a forças de superfície, etc.                  (Colaboração da Esquadrilha de Submarinos)


                                   ENTREGA DE UMA BANDEIRA NACIONAL
                         PELO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

           O Presidente da Câmara Mu-                                                denciando os laços de amizade e
         nicipal de Lisboa, Dr. João Soares,                                         afecto que sempre ligaram a
         acompanhado da vereadora do                                                 Marinha à cidade de Lisboa,
         Pelouro da Cultura e de outras                                              salientou a dado passo da sua
         individualidades, fez entrega ao                                            alocução:
         Almirante Vieira Matias, em ceri-                                             “É muito sensibilizado que
         mónia realizada no Gabinete do                                              agradeço a amabilidade que quis ter
         Almirante CEMA, em 23 de Abril                                              para com a Marinha, nesta ocasião.
         passado, de uma Bandeira Na-                                                  Receber esta simbólica dádiva da
         cional especialmente fabricada,                                             cidade de Lisboa, nas vésperas de data
         destinada a ser içada no Navio-                                             tão representativa para o nosso País é,
         Escola “Sagres” no dia 25 de                                                sem dúvida, uma grande honra para
         Abril.                                                                      todos nós marinheiros.
           A singeleza da cerimónia, aliada ao seu                              A Bandeira que acaba de nos entregar será
         profundo significado, foi realçada pelo Dr.                          hasteada, com grande orgulho, no nosso navio mais
         João Soares, ao referir os elos de ligação da                        emblemático, no mais expressivo dos dias para a
         Marinha Portuguesa ao Tejo e implicita-                              democracia portuguesa – o próximo 25 de Abril.
         mente à cidade de Lisboa que ali represen-                             Senhor Presidente,
         tava como Presidente da edilidade .                                    Este seu gesto calou fundo no nosso coração
           Na presença de muitos oficiais generais,                           de marinheiros porque sentimos que de alguma
         diversos convidados e dos órgãos de Co-                              forma ele é um sinal de reconhecimento pela
         municação Social, o Almirante Vieira Ma-                             amizade e amor que a Marinha e os seus mari-
         tias entregou ao Comandante da “Sagres”,                             nheiros sempre dedicaram a Lisboa. E não é
         Capitão-de-Fragata Dias Pinheiro a ban-                              amor passageiro. É já uma ligação de séculos,
         deira nacional que acabara de receber das mãos do Dr. João  alicerçada numa convivência inseparável e cúmplice, tendo o Tejo co-
         Soares.                                              mo traço de união. De facto, se não poderia haver Tejo sem Marinha,
           Na oportunidade deste evento, o Almirante CEMA ofereceu  não haveria Lisboa sem Tejo.
         ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa uma peça deco-  ... Senhor Presidente, depois de amanhã os tritões embarcados na
         rativa com as armas dos primeiros Almirantes da Armada, evi-  “Sagres” içarão com orgulho a sua, nossa Bandeira”.

         26 JUNHO 99 • REVISTA DA ARMADA
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