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NOTÍCIAS
VISITA DO CEMGFA À ESQUADRILHA DE SUBMARINOS
No passado dia 23 de Março a Esquadrilha de Submarinos Após esta apre-
(E.S.) recebeu, em visita de trabalho, o Chefe do Estado-Maior sentação, o General
General das Forças Armadas, General Gabriel Augusto do Espírito CEMGFA fez uma
Santo. breve visita às ins-
Acompanhado da respectiva comitiva, o General CEMGFA foi talações da IRS -
recebido à sua chegada à E.S. pelo Almirante CEMA, pelo CALM Inspecção de Repa-
Comandante da Flotilha e pelo Comandante da Esquadrilha de ração de Submari-
Submarinos. nos, no Arsenal do
A visita iniciou-se com uma breve intervenção do Almirante Alfeite, como enti-
CEMA enquadrante da problemática do “programa de dade a quem in-
manutenção da capacidade submarina” como primeira e inques- cumbe a direcção
tionável prioridade do reequipamento da Marinha e como técnica dos subma-
corolário da consciência da eficácia e do real valor dos submarinos rinos e à Doca Flu-
no sistema de forças nacional como único meio dissuasor credível. tuante onde se encontra em Grande Revisão o NRP “Delfim”,
Seguiu-se uma apresentação pelo Comandante da E.S. , CMG seguindo de imediato para Sesimbra onde embarcou no submari-
Brites Nunes, o qual, começando por salientar que a arma subma- no “Barracuda” acompanhado do Almirante CEMA e do
rina existe na nossa Marinha desde 15 de Abril de 1913 - 86 anos Comandante da Esquadrilha de Submarinos.
de operação contínua - destacou as virtualidades de uma pequena Durante o período de embarque, o General CEMGFA teve opor-
organização administrativo-logística e de manutenção (incluindo o tunidade de assistir a algumas demonstrações das ainda resi-
AA-IRS) que consegue ser praticamente auto-suficiente e manter dentes capacidades operacionais dos nossos submarinos, em con-
operacional na sua globalidade os submarinos e os destacamentos traponto com as enormes potencialidades dos modernos submari-
de mergulhadores sapadores, garantindo ainda uma razão da nos, tendo tecido referências elogiosas ao desempenho e ao profis-
ordem dos 55% de pessoal operacional. Referiu ainda as responsa- sionalismo dos submarinistas, expressas nas palavras que enten-
bilidades do Comandante da E.S. a nível nacional e NATO, como deu por bem dirigir à E.S. e que parcialmente se transcrevem:
Autoridade Nacional de Controlo de Submarinos (SUBOPAUTH), “reitero os maiores votos de confiança na sua capacidade para cumprir as
assim como as enormes potencialidades dos submarinos nos mo- missões que lhe estão confiadas e que representam um elevado contributo
dernos cenários de operação, nomeadamente no âmbito das ope- para o prestígio da Marinha e das Forças Armadas em geral”.
rações especiais, na recolha de informações, em operações em
águas baixas, no apoio avançado a forças de superfície, etc. (Colaboração da Esquadrilha de Submarinos)
ENTREGA DE UMA BANDEIRA NACIONAL
PELO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
O Presidente da Câmara Mu- denciando os laços de amizade e
nicipal de Lisboa, Dr. João Soares, afecto que sempre ligaram a
acompanhado da vereadora do Marinha à cidade de Lisboa,
Pelouro da Cultura e de outras salientou a dado passo da sua
individualidades, fez entrega ao alocução:
Almirante Vieira Matias, em ceri- “É muito sensibilizado que
mónia realizada no Gabinete do agradeço a amabilidade que quis ter
Almirante CEMA, em 23 de Abril para com a Marinha, nesta ocasião.
passado, de uma Bandeira Na- Receber esta simbólica dádiva da
cional especialmente fabricada, cidade de Lisboa, nas vésperas de data
destinada a ser içada no Navio- tão representativa para o nosso País é,
Escola “Sagres” no dia 25 de sem dúvida, uma grande honra para
Abril. todos nós marinheiros.
A singeleza da cerimónia, aliada ao seu A Bandeira que acaba de nos entregar será
profundo significado, foi realçada pelo Dr. hasteada, com grande orgulho, no nosso navio mais
João Soares, ao referir os elos de ligação da emblemático, no mais expressivo dos dias para a
Marinha Portuguesa ao Tejo e implicita- democracia portuguesa – o próximo 25 de Abril.
mente à cidade de Lisboa que ali represen- Senhor Presidente,
tava como Presidente da edilidade . Este seu gesto calou fundo no nosso coração
Na presença de muitos oficiais generais, de marinheiros porque sentimos que de alguma
diversos convidados e dos órgãos de Co- forma ele é um sinal de reconhecimento pela
municação Social, o Almirante Vieira Ma- amizade e amor que a Marinha e os seus mari-
tias entregou ao Comandante da “Sagres”, nheiros sempre dedicaram a Lisboa. E não é
Capitão-de-Fragata Dias Pinheiro a ban- amor passageiro. É já uma ligação de séculos,
deira nacional que acabara de receber das mãos do Dr. João alicerçada numa convivência inseparável e cúmplice, tendo o Tejo co-
Soares. mo traço de união. De facto, se não poderia haver Tejo sem Marinha,
Na oportunidade deste evento, o Almirante CEMA ofereceu não haveria Lisboa sem Tejo.
ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa uma peça deco- ... Senhor Presidente, depois de amanhã os tritões embarcados na
rativa com as armas dos primeiros Almirantes da Armada, evi- “Sagres” içarão com orgulho a sua, nossa Bandeira”.
26 JUNHO 99 • REVISTA DA ARMADA