Page 62 - Revista da Armada
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Refeitórios nas grandes Unidades
Refeitórios nas grandes Unidades
Bem-estar… também à mesa
Bem-estar… também à mesa
qualidade e o bom gosto com
que, habitualmente, se tratam na
A Marinha as questões relativas à
alimentação constituem tradição bem
fundada e difundida. Outros tempos
permitiram criar uma cultura que actual-
mente, ainda se vai mantendo, à custa de
muito brio e elevada dose de imaginação
dos profissionais da taifa(1).
Mas a qualidade na alimentação não
passa apenas, pela categoria dos gé-
neros, ou pelo brio e competência do
despenseiro e dos cozinheiros, que esti-
cam a magra dotação de modo a servir
refeições a contento. Decorre, também,
da existência de cozinhas com as ade- Fig. 2 – Fachada principal do novo refeitório da Escola de Fuzileiros.
quadas condições de trabalho e de salas
de refeições que proporcionem, aos espaçosas salas, no piso térreo com capaci- necessidade de instalar naquele edifício e
utentes, o desejado conforto e bem-estar. dade para 750 utentes. Destinado, como o em definitivo, a capacidade de fornecer,
Por isso, a Marinha tem feito esforços nome sugere, apenas às praças, o refeitório também, as refeições aos oficiais e sargen-
no sentido de melhorar os refeitórios nas está actualmente a ser partilhado pelos sar- tos. Estudadas as diversas hipóteses,
grandes Unidades, nomeadamente no gentos, dada a degradação das respectivas optou-se por uma solução que passa pela
Grupo nº 2 de Escolas da Armada, Escola instalações. O edifício dispõe ainda, no piso construção de um edifício térreo, anexo
de Fuzileiros, Base de Fuzileiros e Base superior, de um amplo bar e diversos ao refeitório e nas traseiras deste, consti-
Naval de Lisboa. espaços destinados ao lazer e bem-estar do tuído, no essencial, por duas salas de re-
pessoal: biblioteca, cantina, barbearia, sa- feições, copas de apoio e instalações sani-
1. GRUPO N.º 2 DE ESCOLAS DA pataria, sala de jogos e sala de televisão. tárias (Fig. 1). As salas de refeições, que
ARMADA O previsto aumento de utentes decor- serão climatizadas, terão capacidade para
rente do Reordenamento do Parque Es- 108 oficiais, com serviço à mesa e 228 sar-
O refeitório das praças é uma construção colar, a necessidade de reorganização de gentos, em regime de self-service.
moderna: entrou em funcionamento em espaços, a já mencionada degradação das
1995 e dispõe de uma cozinha bem dimen- instalações da messe de sargentos e a 2. ESCOLA DE FUZILEIROS
sionada e equipada para confeccionar as diminuição, cada vez mais acentuada, do
refeições que são servidas em duas pessoal da taifa levaram a considerar a Nesta Unidade, foi recentemente inau-
gurado um refeitório (Fig. 2)
idêntico ao do Grupo nº 2 de
Escolas. Construído, basica-
mente, segundo o mesmo pro-
jecto, este refeitório benefi-
ciou, no entanto, da experiên-
cia recolhida após a entrada
em funcionamento do seu par
mais antigo e das sugestões
de alteração de capacidades
que daí advieram. Assim, as
salas do piso superior foram
alvo, durante a construção, de
algumas modificações que
permitirão o seu uso como
salas de refeições. Deste mo-
do, os sargentos puderam,
desde logo, beneficiar desta
nova infra-estrutura, aí pas-
sando a tomar as suas refei-
ções e obviando, assim, aos
inconvenientes resultantes do
elevado estado de degradação
que as respectivas instalações
Fig. 1– Ampliação do refeitório do Grupo nº 2 de Escolas. tinham atingido.
24 FEVEREIRO 2003 • REVISTA DA ARMADA