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Fig. 3 – Área técnica do refeitório da Base de Fuzileiros.
3. BASE DE FUZILEIROS conservação. 4. BASE NAVAL DE LISBOA
A zona de self-service baseia-se num
O novo refeitório das praças da Base conceito de free-flow, em que os diversos A messe de sargentos, o refeitório das
de Fuzileiros, constitui uma infra-estru- componentes da refeição são expostos praças e as cozinhas da Base são bem
tura que se pretende venha a estabelecer em diferentes pontos, permitindo assim mais antigas do que as infra-estruturas
uma referência para o futuro: de planta aos utentes escolher o local menos con- até aqui referidas, mas não foram, por
rectangular, divide-se essencialmente em gestionado. isso, esquecidas. Nos últimos quatro
sala de refeições e área técnica, incluin- Após a refeição, os utentes colocam os anos foram efectuadas diversas e avul-
do-se nesta, a zona de armazenagem que tabuleiros num tapete transportador que tadas obras de beneficiação com especial
engloba as câmaras frigoríficas, as áreas os remete para a zona de lavagem. A incidência nas coberturas do edifício, na
de confecção e de distribuição e também louça é escolhida, pré-lavada, lavada, ventilação e nas salas de refeições,
os vestiários e balneários do pessoal da enxaguada e seca com uma intervenção estando actualmente em fase de con-
taifa (Fig. 3). humana muito reduzida. Existe ainda clusão as obras complementares para
Todo o projecto foi concebido de modo uma zona de lavagem do trem e uten- integração das duas antigas cozinhas
a que os géneros alimentícios se não sílios de cozinha, onde o equipamento numa única, com capacidade para
cruzem em diferentes estágios de pre- instalado permite a lavagem e esteriliza- fornecer as refeições aos sargentos e
paração. Do acesso das mercadorias, ção destes utensílios. praças, permitindo, deste modo, uma
onde são executadas as conferências e as O tratamento de resíduos foi igual- considerável poupança em equipamen-
pesagens, os produtos seguem para mente considerado como elemento de tos, energia e, sobretudo, pessoal.
armazenagem, conforme o seu tipo – primordial importância, tendo sido pro- E assim se tem seguido a orientação
secos, ensacados, frescos e congelados, jectado um sistema integrado de recolha expressa de S. Ex.ª o Almirante CEMA,
utensílios de cozinha e ainda produtos e trituração, que utiliza um circuito de de que o bem-estar do pessoal deve
de limpeza. Dos paióis, os géneros vão, água em anel para transporte dos restos constituir um dos objectivos orienta-
em tabuleiros normalizados, para as res- triturados entre os trituradores e a cen- dores na identificação, programação e
pectivas casas de preparação, de onde tral de secagem, compactação e emba- execução de actividades que visam
passam, nos mesmos tabuleiros, para o lagem dos resíduos alimentares. Estes conferir às instalações maior conforto,
bloco de confecção. Este espaço está ficam armazenados, a temperatura con- modernidade e adequação aos norma-
equipado com tecto ventilado com trolada, até ao momento de serem reco- tivos actuais.
capacidade de extracção de 32 900 m /h, lhidos pelo camião do lixo; deste modo,
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que garante uma correcta renovação do reduz-se a mão-de-obra interveniente, e A. Castro Figueiredo
ar ambiente e condições de conforto para garante-se a redução do volume de CFR EMQ
o pessoal. Depois da confecção, os ta- despejos e a melhoria das condições de
buleiros com os alimentos prontos são higiene. Notas
então acondicionados em carros de A sala de refeições, que é climatizada (1) Conjunto de soldados e marinheiros
transporte que permanecem em armários para proporcionar aos utentes um am- que combatiam na tolda e no castelo da proa.
de passagem, refrigerados ou aquecidos, biente confortável, tem uma capacidade Esta designação aplica-se, também, ao pes-
conforme os casos, até serem levados de 624 lugares. Existem pequenas insta- soal das classes de cozinheiros, despenseiros
para reposição das linhas de serviço, lações sanitárias para os utentes junto e padeiros, sendo este o sentido em que é uti-
garantindo uma correcta temperatura de das duas entradas. lizada no texto.
REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2003 25