Page 61 - Revista da Armada
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TOMADAS DE POSSE



                                         ADMINISTRADOR DO ARSENAL

         ● Em 12 de Dezembro passado teve                                         navios combatentes, com equipamentos cober-
         lugar no Arsenal do Alfeite a cerimónia                                  tos pela confidencialidade ou críticos para a
         da tomada de posse do novo Admi-                                         segurança do pessoal, aspectos sensíveis que
         nistrador, o CALM Gonçalves de Brito. A                                  importa assegurar, é também algo que merece
         sessão foi presidida pelo SSM, VALM                                      ser valorizado…”
         Silva da Fonseca e teve a presença de                                      Das palavras proferidas pelo CALM
         diversos Oficiais Generais e Superiores e                                Gonçalves de Brito é de referir: “O Arsenal
         perante muito pessoal militar e civil que                                tem de ser considerado uma mais valia desejá-
         presta serviço no AA.                                                    vel para a Marinha e, para tal, temos de con-
           Das palavras proferidas pelo VALM                                      tribuir todos quantos aqui trabalhamos, cada
         SSM é de salientar: “Torna-se assim                                      um assumindo as suas responsabilidades e
         necessário, essencial, hoje como no passado,                             desempenhando a sua função. Satisfeito esse
         dispor de uma plataforma industrial com as valências tecnológicas que permi-  objectivo principal, parece-me legítimo que tenhamos alguma ambição para nos
         tam assegurar, sem limitações, a reparação da Esquadra, ganhando autonomia e  abalançarmos para outras actividades; sendo moderado e realista, julgo que
         independência. A função “arsenal”, a disponibilidade em permanência de múlti-  podemos ambicionar o seguinte:
         plas capacidades tecnológicas, tem um preço em termos económicos; mas a  - Conseguir licenças de manutenção e certificação de alguns fabricantes de sis-
         capacidade de reparar os complexos sistemas de armas e da plataforma dos  temas, equipamento e armamento existente ou a instalar nas unidades navais;
                                                               - Ter participação activa no âmbito da política de cooperação técnica – militar
            O CALM Victor Manuel Gonçalves de Brito nasceu em Lisboa e ingressou na  com os PALOP;
          Escola Naval em 1964 onde completou o curso de engenheiro maquinista naval.  - Participar na renovação da Esquadra, caso os estaleiros e consórcios con-
          Promovido a oficial em 1968, esteve embarcado em diversos navios da Armada
          durante cinco anos. Frequentou no MIT-EUA, de 1973 a 1976, o curso de habilitação  tratantes entendam que tal é vantajoso, e efectuar a modernização de meia
          para ingresso na classe de engenheiros construtores navais. Durante toda a restante  vida das fragatas da classe “Vasco da Gama”, que provavelmente ocorrerá até
          carreira desempenhou sempre funções na área do material naval, nomeadamente  finais da presente década;”
          na Direcção do Serviço de Manutenção, no Arsenal do Alfeite durante 14 anos, nas  Mais adiante referiu ainda: “Penso que interpreto o sentir da grande
          funções de chefe de divisão e de director e onde foi responsável pelo desencalhe,  maioria dos arselalistas que consideram que o organismo deve ser parte inte-
          arranque da recuperação e transferência para Aveiro, da fragata D. Fernando II e
          Glória; na Direcção de Navios, desempenhou funções de chefe de departamento e  grante da Marinha. Sem prejuízo da autonomia do Arsenal, estou convicto
          de responsável directo pela condução de alguns projectos, sendo de salientar a  que existe espaço para uma maior intercomunicabilidade funcional entre o
          direcção do grupo de projecto de aquisição da 5ª esquadrilha de submarinos, de  Arsenal e diversos outros organismos da Marinha, com acréscimo de vanta-
          1995 a 2001. Frequentou os cursos geral e superior naval de guerra. Foram-lhe con-  gens mútuas. (...)
          cedidos diversos louvores e condecorações, sendo de salientar a atribuição de três
          medalhas de serviços distintos. Desde 1981 é docente convidado do Instituto  (...) Depois de mais de seis décadas sobre as razões da mudança do local, se
          Superior Técnico, tendo, desde 1991, a categoria de professor auxiliar.  justifica que volte à designação anterior, isto é, Arsenal da Marinha, em vez de
                                                              Arsenal do Alfeite”.



                             SUPERINTENDENTE DOS SERVIÇOS FINANCEIROS

         ● Em 02DEZ02 teve lugar, na Casa da Balança a cerimónia da  sempre que necessário, o presente.
         tomada de posse do novo Superintendente dos Serviços  Esta orientação exige, em termos de
         Financeiros, CALM AN Roçadas Ramalho. A cerimónia foi presidi-  atitude, uma administração financeira
         da pelo CEMA, ALM Vidal Abreu, estando presentes diversas altas  segura, transparente, responsável e pro-
         entidades da Marinha.                                fundamente conhecedora dos problemas
           O novo Superintendente no seu discurso referiu: “Cabe à SSF colaborar  específicos de cada unidade, para as quais
         e cooperar activamente com outras áreas funcionais, no sentido de se desen-  não existem soluções universais. Cada
         volverem planos de acção integrados, de modo a que o orçamento se traduza  caso é um caso…”
         num instrumento de gestão de apoio ao processo de alcançar os objectivos previ-
         amente definidos. ... É neste contexto que a Direcção de Administração  O CALM AN Adolfo Aboim Roçadas
         Financeira deverá orientar as suas actividades, não esquecendo no entanto que o  Ramalho nasceu em Lisboa e frequentou a
         orçamento continua a ser a coluna vertebral da actividade económico-financeira  Escola Naval, sendo promovido a Guarda-
                                                               -Marinha em JAN70.
         da Marinha e que, as decisões de usar e comprometer os recursos financeiros da  Possui entre outros, os Cursos Superior e
         organização devem-se subordinar a princípios e normas de legalidade…”  Geral Naval de Guerra, o Curso de Aper-
           Das palavras proferidas pelo ALM Vidal Abreu, salienta-se: “A Su-  feiçoamento em Abastecimento Naval e
         perintendência dos Serviços Financeiros, a par dos outros OCAD, assume o  ainda alguns Cursos de Aperfeiçoamento
         papel de estrutura basilar no apoio ao CEMA, através da interpretação ade-  da área de Gestão Financeira.
                                                                Licenciou-se em Organização e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de
         quada das linhas de acção traçadas, materializando-se em orientações técnicas  Economia e possui as qualificações de Técnico Oficial de Contas e Revisor Oficial
         equilibradas, que terão necessários reflexos em cada uma das diversas linhas  de Contas. Esteve embarcado no NE “Sagres” onde desempenhou as funções de
         de Comando. As soluções a apresentar deverão constituir ferramentas desini-  Chefe do Serviço de Abastecimento e de Secretário-Tesoureiro.
                                                                Em terra foi Secretário-Tesoureiro e Chefe do Serviço de Abastecimento na
         bidoras de eventuais dificuldades, criando soluções de viabilidade para a solidi-  Flotilha de Escoltas Oceânicos, na Base Naval de Lisboa, na Repartição dos Serviços
         ficação do projecto de futuro que pretendo para a Armada, no âmbito do con-  de Marinha de Macau e no Instituto Hidrográfico.
         tributo conjugado dos orçamentos de investimento e de funcionamento.  Foi ainda Professor de Contabilidade Geral, Cálculo Financeiro, Contabilidade
           Como afirmei na minha apresentação à Marinha, as orientações gerais  Analítica e Auditoria, na Escola Naval, Chefe da Divisão de Planeamento
         para a área Financeira são claras: no âmbito do funcionamento – concen-  Financeiro e Controlo Orçamental, Chefe da Divisão de Normas e Contratação da
         trar a despesa no obrigatório, no essencial e no que venha a dar frutos anos  Direcção de Administração Financeira e Director de Administração Financeira.
                                                                Da sua folha de serviços constam vários louvores e condecorações.
         mais tarde; no âmbito do investimento – olhar para a frente, sacrificando,
                                                                                    REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2003 23
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