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            PROTÓTIPO DOS NOVOS EMISSORES/RECEPTORES DE HF PARA A MARINHA

         ¬ÊNo âmbito de um Protocolo de co-                                       racionais de mar, entre o N.R.P. “Baptis-
         operação entre o Ministério da Defesa                                    ta de Andrade”, a Estação Radionaval
         Nacional, a Marinha e a firma EID, está                                   “Comandante Nunes Ribeiro” e a Esta-
         em curso, desde 1999, um projecto de                                     ção Radionaval da Horta, sob a coorde-
         Investigação e Desenvolvimento (I&D)                                     nação da DITIC-CE, utilizando-se CW,
         com vista ao “Estudo, Determinação das                                   fonia e transmissão de dados até 19200
         Especificações e Construção de Protóti-                                   bit por segundo, tendo os resultados
         pos da Nova Geração de Emissores e Re-                                   obtidos correspondido aos objectivos
         ceptores de HF”, por forma a permitir a                                  do projecto de I&D.
         substituição dos actuais emissores CEG                                    Dado que a maioria das funcionalida-
         440/1100 e receptores CEG 2200, em                                       des desenvolvidas por este rádio são efec-
         obso lescência logística e tecnológica.                                  tuadas por software, existe uma grande
           Este projecto,  cuja coordenação por
         parte da Marinha foi atribuída à DITIC-
         -CE, estando a sua finalização prevista
         para Julho do corrente ano, é parcial-
         mente financiado por verbas do MDN
         (cerca de 19%), sendo o restante finan-
         ciamento suportado pela EID. Estima-se
         um custo final de cerca de 5.8 M€. Para o
         desenvolvimento deste projecto a firma
         EID celebrou uma parceria com a firma
         alemã Rohde & Schwarz.           1TEN EN-AEL Marques da Silva coor-
                                          denador do projecto por parte do MDN/
           O referido Protocolo teve como ob-  Marinha e o Engº Domingos Nunes res-
         jectivos o desenvolvimento do protóti-  ponsável do projecto por parte da EID.  Protótipo do Transreceptor desenvolvido pela EID, designado por TR4000.
         po de um receptor e de um transmissor
         de nova geração, incluindo os interfaces necessários para o seu  flexibilidade para implementação de novas formas de onda com
         funcionamento com amplificadores de potência de 500W e 1kW,  velocidades mais elevadas e serviços emergentes, tais como a trans-
         Antenna Tuning Unit e interfaces para comando remoto. De referir  ferência de correio electrónico e o acesso a Web-Browsing (internet/
         que o projecto evoluiu para o conceito de transreceptor, podendo  intranet) a partir de um navio no mar.
         o mesmo funcionar quer como transmissor quer como receptor.
           Durante o período 20-27 de Maio efectuaram-se os ensaios ope-                          (Colaboração da DITIC)



                               “CREOULA” RECEBE ASSOCIAÇÃO ACREDITAR

         ¬ÊRealizou-se no passado dia 12                                              patia e um laço marinheiro e amigo
         de Maio, a bordo do “Creoula”, o                                             com todos os nossos convidados.
         embarque da associação ACREDI-                                                 Da proa à popa, do vigia ao ho-
         TAR, contando com a presença de                                              mem do leme, os nossos recém-
         diversos jovens e monitores e a ex-                                          -adquiridos amigos demonstraram
         -presidente da referida associação,                                          um interesse e uma vitalidade pró-
         Dra. Ana Corrêa Nunes.                                                       pria de quem não tem muitas opor-
           A associação ACREDITAR de-                                                 tunidades para conhecer coisas no-
         senvolve esforços e reúne siner-                                             vas ao ar livre. O entusiasmo era, por
         gias no sentido de proporcionar                                              isso, contagiante, e durante cerca de
         a jovens com problemas cancerí-                                              5 horas, jovens, monitores e guarni-
         genos, não só o acompanhamen-                                                ção aprenderam, brincaram e canta-
         to clínico de que necessitam, mas                                            ram enquanto o navio deslizava sua-
         também a possibilidade de reali-                                             vemente sobre as águas do Tejo.
         zarem actividades que constituam                                               À hora de almoço o apetite fez-
         novas experiências e que possam                                              -se sentir, e todos comungaram de
         enriquecer e trazer alguma alegria                                           uma refeição que já tardava.
         ao quotidiano difícil destes jovens lutadores.        De regresso à BNL, a alegria e a gratidão bem visíveis nos olhos
           Para a guarnição do “Creoula” o desafio, lançado pelo CMG Teixei-  de cada jovem foi, para nós, guarnição do N.T.M. “Creoula”, mais
         ra de Aguilar, não podia ser melhor acolhido. Desde a chegada a bor-  importante do que qualquer reconhecimento oficial, e transformou
         do, cerca das 1000 horas, a associação ACREDITAR e os seus jovens  um dia de navegação na missão que jamais esqueceremos.
         foram colhidos com um carinho especial, e logo após a sua instalação,   Quanto a todos os nossos jovens amigos, monitores e voluntários
         fomos mostrar-lhes um dia de navegação a bordo do “Creoula”.  da associação ACREDITAR, um muito obrigado por esta oportuni-
           “Creoula, Sargentos! Mestre à ponte!”. De imediato o navio largou do  dade e voltem sempre.
         Cais 5 da BNL, para grande euforia, não só da associação que nos acom-
         panhava, mas também da guarnição que, rapidamente criou uma em-                        (Colaboração do “Creoula”)
                                                                              REVISTA DA ARMADA U SETEMBRO/OUTUBRO 2004  29
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