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os mesmos padrões que uma FFGH.
Esta posição não é adoptada pela Flotilha
por duas razões principais:
- primeira, porque o que distingue o T&A de
navios com capacidades distintas é a carga e o
tipo de treino e não o método e os critérios de
avaliação; uma FFGH terá no seu treino exer-
cícios muito mais complexos (que decorrem
dos padrões de prontidão) do que uma corve-
ta; mas, dentro do treino ministrado e no que
de muito tem de comum, os critérios de ava-
liação são os mesmos. Um navio faz contenção
Emergência médica. Apoio a zona sinistrada - desembarque de material.
a um incêndio correctamente ou não, tem ou
treino operacional dado a determinada classe recurso às facilidades disponíveis na área da não uma organização básica de bordo eficaz,
de navios, através da actualização e criação de BNL e nos pólos de treino (6). verifica ou não os critérios de segurança para
novas publicações de referência, que estabele- UÊ VXªiÃÊ`iÊ Ìi}À>XKÊ*À«À>Ê *® navegar, está limpo ou não está.
ceram a “ponte” entre os padrões de prontidão As AIP têm por finalidade promover a inte- - segunda, porque a adopção de critérios
e o pacote de exercícios do treino operacional gração de um militar no cargo para o qual foi menos rigorosos, além de menorizar injusta-
(“Syllabus do Treino Operacional”). nomeado a bordo de uma unidade naval, de mente a capacidade das guarnições de ven-
O treino pode assim assumir várias facetas, modo a inseri-lo nas diversas equipas de que cerem os desafios estabelecidos, não eleva o
consoante a condição do navio destinatário: faz parte por detalhe, e possa assim dar o seu padrão global da esquadra. Não se acredita
UÊ*>Ê`iÊ/ÀiÊ"«iÀ>V>Ê*/"® contributo para a satisfação dos pa-
Tem por objectivo a satisfação dos padrões drões de prontidão.
de prontidão naval estabelecidos para a classe UÊ/ÀiÊ*À«ÀÊ/*®
de navios a que pertencem. É o treino funda- Conjunto de actividades e exercí-
mental de um navio, executado após um pe- cios conduzidos a bordo, por inicia-
ríodo de imobilização significativo. tiva do Comandante, normalmente
UÊ Û>>XKÊ`ÃÊ*>`ÀªiÃÊ`iÊ*ÀÌ`KÊ em sobreposição com a execução de
**® outra tarefa ou missão.
As APP’s, destinam-se a realizar um “dia- O treino e avaliação hoje em dia
gnóstico de condição” de navios na situação é comum em 70% a todas as clas-
de prontos. ses de navios (embora a extensão
UÊ/ÀiÊ ÃÃÃÌ`Ê/ ® e dificuldades dos cenários, varie
Conjunto de exercícios, planeados e execu- de classe para classe (7)); se não se
tados sob a supervisão da EAFLOT, dirigido considerarem as valências específi-
para valências identificadas como deficitárias cas de ASW, AAW, ASUW (só para
em APP prévio. FFGH’s e limitadamente para FF’s) Defesa própria do navio contra ataques não convencionais.
UÊ*>Ê`iÊ/ÀiÊ Ã«iVwVÊ*/ ® e Hidrografia e Oceanografia (só
Tem por objectivo desenvolver a prontidão para navios hidrográficos), então o treino é em navios de primeira e de segunda, mas em
das unidades navais em áreas específicas, em comum em 85% das áreas. navios com capacidades distintas - todos pro-
função das missões a atribuir a curto / mé- ficientes nas suas missões.
dio prazo. O TREINO E AVALIAÇÃO
UÊ*>Ê`iÊ/ÀiÊ`iÊ-i}ÕÀ>X>Ê*/-® CENTRALIZADO NA FLOTILHA O DEPARTAMENTO DE TREINO
Tem por objectivo habilitar as unidades navais E AVALIAÇÃO DA FLOTILHA
ao cumprimento dos requisitos mínimos previs- Da evolução recente do treino nacional, e
tos para a execução, em segurança, das provas dos bons resultados que as FFGH obtêm no Prestam actualmente serviço no DTA da Flo-
de mar, na fase final de fabricos e no período que POST, estabeleceram-se os princípios que ac- tilha 7 oficiais, 14 sargentos e 1 praça, preven-
antecede o plano de treino operacional. tualmente enformam o treino nacional: do-se que este número venha a ser aumentado
UÊ*À}À>>Ê`iÊ/ÀiÊ`iÊ*ÀÌÊ*/*® UÊÊÌÀiÊiÊ>Û>>XKÊjÊÃÌÀ>`Ê«ÀÊÕ>Ê para um total de 28 militares, por força da cen-
O PTP tem por objectivo manter ou melho- entidade que não está directamente ligada ao tralização do T&A entretanto efectuada.
rar o adestramento das unidades navais, com aprontamento de pessoal e material, funcio- Esta equipa chega a ser ampliada até 51
nando como “mecanismo de con- elementos, para treinar as fragatas “Vasco da
trolo de qualidade” daquelas ver- Gama”, que no seu treino operacional chega
tentes do aprontamento; a realizar um total de 360 embarques de ele-
UÊÃÊVViÌÃ]Ê`ÕÌÀ>ÊiÊj- mentos da EAFLOT.
todos de treino, são idênticos em Composta por militares de reconhecida
toda a esquadra; competência e qualidades didácticas, a EA-
UÊÃi`ÊÊÌÀiÊVÕÊiÊnx¯Ê FLOT leva a cabo um trabalho que tem tan-
às várias classes e tipos de navios, to de gratificante – por os resultados do seu
o T&A é ministrado por uma úni- esforço serem evidentes no muito curto pra-
ca entidade; zo, ao observar-se a melhoria crescente dos
A uniformidade dos critérios navios – como de exigente, com embarques e
tem merecido opiniões varia- desembarques sucessivos, quase sempre fora
das, que sugerem que as equi- das horas normais de serviço, os inúmeros re-
pas de T&A devem ter critérios latórios dos exercícios que são necessários ela-
de avaliação distintos, consoante borar para entregar aos navios, o trabalho de
a classe de navios que treinam. planeamento dos apoios externos, a coordena-
Uma corveta não deveria, segun- ção das actividades a bordo, etc.
Departamento de treino e avaliação da Flotilha. do esta corrente, ser avaliada com Mas acima de tudo, a EAFLOT sente que o
6 MARÇO 2004 U REVISTA DA ARMADA