Page 145 - Revista da Armada

Património Cultural da Marinha
Património Cultural da Marinha

Faróis de Portugal

30. FARÓIS DA BARRA DE LISBOA

FAROL DA GIBALTA
Em 1 de Agosto de 1878, são criadas duas luzes vermelhas, nos sí- Em 31 de Março de 1952, houve um desabamento de terras da en-
tios denominados Alto de Caxias e Porto Côvo, que determinam pelo costa, que originou a derrocada de uma parte do farol sobre a linha-
seu enfiamento, o caminho que os navios devem seguir, na entrada e férrea a 3 de Abril, foi demolido o que restava do farol e montada uma
saída da barra grande de Lisboa. Em Dezembro de 1879, achando-se luz provisória que passou para a base da torre do farol em construção,
concluída a torre no antigo mirante de Caxias, foi ali colocada a luz entrando em funcionamento em 10 Fevereiro de 1954. O novo farol
fixa vermelha, que provisoriamente tinha sido posta numa barraca de foi construído a 30 metros do farol demolido, entrando em funciona-
madeira. Era composta por aparelho catóptrico com reflector parabó- mento em Maio de 1954. A torre tem 21 metros de altura e 31 metros
lico e um candeeiro de Argand de duas torcidas. de altitude. O aparelho óptico é de 5ª ordem, tipo olho-de-boi, sendo
No Aviso aos Navegantes nº 4 de 7 de Abril de 1913, a Direcção a fonte luminosa a incandescência eléctrica com reserva a gás. A luz
Geral de Marinha comunica o seguinte: «Que as luzes de direcção do provisória foi retirada.
canal de entrada da Barra Grande do pôrto de Lisboa, actualmente Em 1960 foi instalado um rádio farol direccional em regime experi-
instaladas no mirante de Caxias e em Pôrto Covo, vão ser transferidas mental. Para atenuar o efeito da luz de iluminação da estrada marginal,
respectivamente para os locais, em que se acham as marcas do Esteiro foram montadas exteriormente 4 lâmpadas fluorescentes de cor verme-
e da Gibalta, marcas que, conjuntamente com a marca da Mama, as- lha. De Novembro a Fevereiro o farol passa a estar aceso até às 0900
sinalam o eixo daquele canal (...)». horas. Nos restantes meses até 1 hora após o nascer do sol.
O Farol da Gibalta entrou em funcionamento em Maio de 1914, Foi cancelado o funcionamento experimental do rádio farol em 1972.
tendo uma torre com 13 O farol da Gibalta foi automatizado em 1981 ficando a ser moni-
Local: Na encosta da metros de altura e 36 metros torizado a partir da Central de Paço de Arcos e deixou de estar guar-
Gibalta, em Caxias de altitude. O aparelho óp- necido de faroleiros.
Altura: 21 m tico era de 5ª ordem, a luz Em 1987 o farol do Esteiro e da Gibalta, passam a estar acesos em
Altitude: 31 m vermelha, fixa, iluminando regime permanente de 1 de Outubro a 15 de Março.
Luz: Oc R 3 s um sector de 15º. A partir de 1997 passaram a estar acesos em permanência duran-
Alcance: 21M (39 km) A luz que até então era te todo o ano.
Óptica: 5.ª Ordem fixa, passou a luz ritmada No ano 2000 foi montado novo sistema de telecontrolo
Ano: 1914 em Fevereiro de 1951. (“OMRON”).

FAROL DO ESTEIRO
À semelhança do farol da Gibalta foi construido o farol do Estei- no exterior da torre, para um melhor visionamento desta, que foram
ro que entrou em funcionamento em Maio de 1914. Tem uma torre retiradas alguns anos mais tarde.
com 15 metros de altura e 82 metros de altitude. O aparelho ópti- Inserido no plano de automatizações da barra do Tejo, foi automati-
co é dióptrico catadióptrico, tipo olho-de-boi de 5ª ordem e a luz é zado em 1981, ficando a ser monitorizado a partir da Central de Paço
vermelha, fixa, iluminando um sector de 15º. de Arcos e deixou de estar guarnecido de faroleiros.
De Março de 1916 a Dezembro de 1918, esteve apagado devido O farol do Esteiro em 1987, passa a funcionar em regime perma-
à 1ª grande guerra. nente de 1 de Outubro a 15 de Março.
Em 1926 foram pintadas duas faixas centrais vermelho - escuro na A partir de 1997 passou a estar aceso em permanência durante
face da torre virada a Sudoeste, ficando assim a mostrar cinco faixas, todo o ano e foi instalado um Racon “Q”.
de igual largura, alternadamente brancas e vermelhas. No ano 2000 foi montado um novo sistema de monitorização
Foi construída uma casa em 1949 para instalação de um rádio farol. (“ONROM”).
A partir de 1950, o farol passa a apagar às 0900 horas nos meses de
Novembro a Fevereiro. Nos outros meses, uma hora após o nascer do sol. FAROL DA MAMA
Foi montado um rádio farol direccional (desactivado nos anos setenta).
O farol foi electrificado com energia da rede pública em 1951. No A Marca da Mama, já existente em 1857 era inicialmente cega e
caso da falha de corrente, um motor gerador entrará automaticamente constitui a marca posterior da Barra Sul do Porto de Lisboa.
em serviço. A luz do farol passou de fixa a ritmada. Foi iluminada em 1995 com uma lanterna direccional Tideland
Em 1957 foi montado um novo equipamento eléctrico que no caso RL 355. Alcance actual: 21 milhas.
da falha de corrente, passa automaticamente a gás acetileno.
A fim de tornar mais visível o edifício do farol, foram instaladas duas
lâmpadas de luz fluorescentes vermelhas em 1960, que se mantêm ace- Local: No marco geodésico
sas até às 1200 horas de da Mama Sul
Local: Na mata do Estádio cada dia e acabaram Altura: 11 m
Nacional, lugar do Esteiro por ser retiradas em No-
Altura: 15 m vembro de 1961. Altitude: 154 m
Altitude: 82 m Em 1970 voltaram- Luz: Iso W 6 s
Luz: Oc R 6 s -se a colocar 4 lâmpa- Alcance: 21M (39 km)
Alcance: 21M (39 km) das fluorescentes de Óptica: Lanterna RL 355
Óptica: 5.ª Ordem 40 W, montadas em
Ano: 1914 armaduras estanques Direcção de Faróis