Page 35 - Revista da Armada
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Navios Hidrográficos
26. NRP DOM JEREMIAS
O NRP Dom Jeremias era uma lancha de fiscalização, A lancha apresentava as seguintes características:
construída nos Estaleiros Navais de S. Jacinto, em
Aveiro, pertencente à classe Dom Aleixo. A atribuição Deslocamento máxmo . . . . . . . . . . . . . . . . 67,7 toneladas
da denominação Dom Jeremias foi feita em homenagem
ao régulo timorense D. Jeremias de Lucas, morto pe- Comprimento (fora a fora) . . . . . . . . . . . 24,9 metros
los invasores japoneses, em defesa da soberania por-
tuguesa, durante a II Boca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,1 “
Guerra Mundial.
Calado máximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,5 “
Foi aumentada ao Efe-
tivo dos Navios da Ar- Velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 nós
mada em 22 de dezem-
bro de 1967, estando ini- Dispunha de dois mo-
cialmente destinada a
servir em Timor. Porém, tores diesel com 1.270
em 10 de abril de 1968,
foi atribuída ao Coman- cavalos e a sua guarni-
do Naval de Cabo Ver-
de, onde se manteve du- ção era de 8 homens.
rante dois anos e meio
em operações de fiscalização, tendo regressado a Lisboa Colaborou em diversos
em 27 de outubro de 1970.
Em 1975, foi adaptada a lancha hidrográfica e, a partir de trabalhos de hidrogra-
então, participou em inúmeros trabalhos hidrográficos e
oceanográficos. fia e oceanografia, es-
pecialmente na costa
continental portugue-
sa. Em 1987 foi subs-
tituída pela lancha hi-
drográfica Auriga, ten-
do posteriormente sido
entregue ao Comando da Flotilha de Patrulhas. Em 19 de
dezembro de 1997, a lancha de fiscalização Dom Jeremias
foi abatida ao Efetivo dos Navios da Armada.
Colaboração do INSTITUTO HIDROGRÁFICO
27. LANCHA HIDROGRÁFICA CRUZEIRO DO SUL
O NRP Cruzeiro do Sul era um antigo iate construí- zeiro MALAC, em 1971, para apoiar cientificamente as
atividades piscatórias da captura do atum no Algarve
do em Inglaterra em 1935 apresado pelas autoridades e os levantamentos hidrográficos dos portos de Huelva
portuguesas numa operação de contrabando. Conver- e Sines e da barra do
porto de Lisboa. Ain-
tido em lancha hidro- da, a bordo teve lugar
o primeiro estudo de
gráfica, foi aumentado poluição no rio Tejo, o
qual contou com a par-
ao Efetivo dos Navios ticipação de técnicos
estrangeiros e do Insti-
da Armada em 1 de no- tuto Ricardo Jorge.
Efetuou igualmente le-
vembro de 1968. vantamentos hidrográ-
ficos na barra do rio
A atribuição da deno- Guadiana que tiveram
minação Cruzeiro do por finalidade resolver
Sul foi feita em alusão o problema do seu assoreamento, de modo a permitir
o acesso a navios com maior calado, atendendo à im-
à constelação do he- portância crescente da sua área portuária situada numa
zona fronteiriça.
misfério sul dada a co- Em 13 de agosto de 1975, o NRP Cruzeiro do Sul foi de-
sarmado e em 7 de julho de 1976 abatido ao Efetivo dos
nhecer à Europa no sé- Navios da Armada.
culo XVII pelo navega- Colaboração do INSTITUTO HIDROGRÁFICO
dor português Pedro
Fernandes de Queirós.
A lancha apresentava as seguintes características:
Deslocamento máximo . . . . . . . . . . . . . . . . 120 toneladas
Comprimento (fora a fora) . . . . . . . . . . . 28,33 metros
Boca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,49 “
Calado máximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,43 “
Velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 nós
Era propulsionada por dois motores a diesel de 320 ca-
valos e dispunha de uma guarnição de 8 homens.
Entre os trabalhos em que participou destacam-se o cru-