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REVISTA DA ARMADA | 481
PRESIDENTE
DA REPÚBLICA
VISITA A MARINHA
Foto Luís Filipe Catarino / Presidência da República
No dia 29 de outubro, o Presidente da Repú- militares para o desempenho de ações de de de preparar eficazmente as fragatas e cor-
blica (PR), Professor Doutor Aníbal Cavaco Proteção Civil e Apoio Humanitário, quer em vetas atribuídas regularmente ao dispositivo
Silva, visitou a Marinha, acompanhado pela território nacional quer fora de área. Este tipo naval, para atuarem de forma pronta perante
Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Na- de treino teve início com a integração das fra- situações de calamidade, numa ação especial-
cional, Dra. Berta Cabral, pelo Chefe do Estado- gatas da classe “Vasco da Gama” nos anos 90 mente valiosa em zonas ribeirinhas, particu-
-Maior da Força Aérea, General Araújo Pinhei- e decorre regularmente nas instalações da larmente em casos em que exista interrupção
ro, e pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, ETNA, na Base Naval de Lisboa, e nas instala- de vias de comunicação terrestres e em que o
General Pina Monteiro, tendo sido recebidos ções da Marinha Britânica, na Base Naval de acesso por mar seja o único viável.
na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, pelo Al- Devonport, em Plymouth.
mirante Chefe do Estado-Maior da Armada Neste âmbito, a visita do Presidente da Re-
(CEMA), Almirante Saldanha Lopes. Procura-se, com o treino que os nossos na- pública foi uma oportunidade para a Mari-
vios cumprem durante os períodos de adestra- nha mostrar de que forma são adestradas as
Nesta visita procurou-se dar a conhecer ao mento anterior ao seu emprego operacional, guarnições nesta área, tendo para o efeito sido
Presidente da República as capacidades da que as unidades navais fiquem aptas a prestar preparado e conduzido um exercício-demons-
Marinha para apoio a populações vítimas de apoio a populações vítimas de desastres natu- tração pela fragata Álvares Cabral.
catástrofe. rais em zonas próximas da sua área de opera-
ções, mas também em zonas mais longínquas A visita iniciou-se a bordo do navio, onde o
Conforme expresso na Lei Orgânica da Mari- se necessário, aproveitando para tal a mobili- Diretor do Centro Integrado de Treino e Ava-
nha – LOMAR, entre outras missões incumbe dade, a versatilidade e a rápida capacidade de liação Naval, CMG Croca Favinha, numa breve
à Marinha, nos termos do disposto na Consti- resposta de uma unidade naval em missão. apresentação, explicou o conceito do exercício
tuição e na lei, “colaborar em missões de pro- DISTEX (DISasTer relieve EXercise) e os eventos
teção civil e em tarefas relacionadas com a sa- Através do treino, cimentado com a expe- que iriam ser observados a bordo e no recinto
tisfação das necessidades básicas e a melhoria riência recolhida no apoio prestado em situa- de treino em terra. Em seguida, o PR deslocou-
da qualidade de vida das populações”. ções reais, nos Açores em 1980, 1997 e 1998, -se ao Posto de Comando a Bordo (PCB), no
em Moçambique e em Timor em 1999 e 2000 Centro de Operações, onde o CFR Gamurça
Neste âmbito, a Marinha tem vindo conti- e na Madeira em 2010, existe hoje a capacida- Serrano, Comandante do NRP Álvares Cabral,
nuadamente a preparar e a treinar os seus
8 JANEIRO 2014