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REVISTA DA ARMADA | 516






 NFIU – NATO FORCE INTEGRA TION UNITS









          nal Corps Northeast (MNCNE), em Szczecin, Polónia, mantendo
          a sua atenção especialmente orientada para a Europa Oriental.
           Do mesmo modo, e para o caso de eventuais necessidades de
          projeção das forças de reação rápida na Europa Central, surgem
          outras duas NFIU, na Roménia (Bucareste) e na Bulgária (Sófia).
          Estes comandos estão sob o controlo operacional do Multinatio-
          nal Division Southeast (MNDSE), situado em Bucareste.
           Posteriormente foi decidida a criação de outras duas NFIU, na
          Hungria (Budapeste) e Eslováquia (Bratislava). Estes dois últimos
          comandos, por estarem afetos à Europa Oriental, ficarão igualmen-
          te sob o controlo operacional do MNCNE, em Szczecin, na Polónia.
           Assim, considerando a envolvente político-estratégica interna-
          cional, o conceito NRF encontra-se sob um processo de revisão
          e adaptação, que ainda não chegou ao fim. Deste modo a sua
          estrutura encontra-se em fase de transição para uma NRF refor-
          çada (Enhanced NRF – eNRF), a qual passa agora a contemplar   Apesar do conceito eSNF se encontrar ainda em desenvolvi-
          três tipologias de forças com diferentes categorias de prontidão:   mento, tem vindo a ser testada uma nova solução que passa pelo
          ● Uma força conjunta com uma componente terrestre de escalão   facto de os 4 grupos-tarefa navais (Standing NATO Mine Coun-
          Brigada, apoio aéreo, naval e de operações especiais (VJTF), que   termeasures Groups 1/2 e Standing NATO Maritime Groups 1/2)
          se poderá comparar com o que na NRF anteriormente se desig-  se constituírem como componentes da VJTF, acrescentando-se a
          nava como Immediate Response Force (IRF), mas cuja composi-  estes grupos-tarefa um navio de comando e controlo (C2), sub-
          ção da força e tarefas se alteram. Assim, a VJTF tem agora uma   marinos (SSG), navios de patrulha rápidos (FPB) e aeronaves de
          prontidão de 2 a 5 dias;                            patrulha marítima (MPA), com uma prontidão de 5 a 7 dias.
          ● Um grupo de reforço inicial (Initial Follow-on Force Group – IFFG)   Estas novas orientações, e nomeadamente o processo de evo-
          que se poderá comparar com o que na NRF se designava como   lução da NRF para a eNRF, estão a ser continuamente exercita-
          Response Forces Pool (RFP). Os meios que integrarem este grupo   das, objetivando a sua validação e certificação, através dos di-
          poderão encontrar-se com uma prontidão de 30 ou 45 dias;  versos exercícios NATO que se têm vindo a realizar (por ex. Baltic
          ● Um grupo de reforço (Follow-on Force Group – FFG) compos-  Operations 2016 ou Brilliant Jump 2016).
          to por meios com um grau de prontidão, definido pelas nações,   Complementarmente, importa realçar que, na Cimeira de Var-
          e uma estrutura sustentada através do processo de geração de   sóvia em 2016, e ainda que tenham existido opiniões discordan-
          forças.                                             tes sobre a postura aliada, foram de novo abordadas as decisões
           Relativamente à componente naval da eNRF, esta será agora   acordadas em Gales, formalizando e reafirmando a vontade das
          composta pelas Enhanced Standing Naval Forces (eSNF) que cor-  Nações em manter a atual postura, confirmando assim as deci-
          responderão à componente naval da VJTF, conjuntamente com   sões tomadas em 2014.
          as IFFG e as FFG.                                     Assim,  foi acordado  o reforço das medidas a implementar
                                                              no  Leste europeu, nomeadamente a denominada  Enhanced
                                                              Forward Presence, com o posicionamento de quatro batalhões
                                                              multinacionais  para  a  Polónia,  Estónia,  Letónia  e  Lituânia.  No
                                                              que  respeita  à  Bulgária  e  Roménia,  foi  acordado  desenvolver
                                                              uma presença avançada, a Tailored Forward Presence, através da
                                                              implementação de uma brigada multinacional na Roménia, sob
                                                              o comando do Headquarters Multinational Division Southeast,
                                                              também na Roménia.
                                                                No  âmbito  do  esforço  nacional  relativamente  aos  já  citados
                                                              novos comandos (NFIU), Portugal presta o seu contributo man-
                                                              tendo atualmente quatro militares, oficiais e sargentos, nas NFIU
                                                              localizadas na Polónia, Lituânia e Roménia.


                                                                                                   Pedro Santos Jorge
          Logotipos e missões de JFCBS, MNCNE e NFIU POL                                                    CTEN


                                                                                                   MARÇO 2017  7
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