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REVISTA DA ARMADA | 516



          OPERAÇÃO TRITON 2016







































          NRP Figueira da Foz no porto de La Valletta (Malta)

           argou da Base Naval de Lisboa, no dia 28 de outubro de 2016,   participar na operação TRITON 2016 (no sul de Itália), de 1 a 30
         L o NRP Figueira da Foz para participar durante o mês de no-  de novembro de 2016.
          vembro  na  operação  TRITON  2016,  da  Agência  FRONTEX , de   Para esta missão embarcaram dois inspetores do Serviço de
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          forma a colaborar no controlo e redução do fluxo de migração ir-  Estrangeiros e Fronteiras, um oficial da Guardia di Finanza e um
          regular em direção às fronteiras externas da União Europeia (UE).  oficial da Guarda Costeira Italiana, que se revelaram de extrema
           A Agência Europeia FRONTEX, em colaboração com os Estados-  importância, quer no processo de identificação de embarcações
          -Membros (EM), identificou regiões de grande fluxo migratório   suspeitas quer na ligação com as autoridades locais, o Maritme
          onde, pelo seu número e recorrência, requerem uma maior vigi-  Rescue Coordinator Center (MRCC) Roma e o Italian Coordination
          lância.  Para esse efeito, foram criadas áreas onde se desenvol-  Center (ICC) Roma.
          vem operações conjuntas, em que os EM são convidados a par-  Ao longo do período de operação, o NRP Figueira das Foz coo-
          ticipar, cooperando entre si sob coordenação do país que exerce   perou com diversos meios navais e aéreos de diferentes países,
          jurisdição.                                         nomeadamente:  Noruega  (OPV  Siem Pilot), Reino  Unido  (OPV
           Nesse sentido, e no seguimento de contactos anteriores entre   Fast Sentinel), Espanha (OPV Rio Segura e C-235 da Guardia Ci-
          a Marinha, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a FRON-  vil), Portugal (C-295M da FAP), Itália (diversos meios aéreos e na-
          TEX, foi empenhado pela Marinha o NRP Figueira da Foz para   vais da Guardia di Finanza e Guarda Costeira).
                                                                Na área de operação os principais fluxos migratórios têm ori-
                                                              gem nos países do Norte de África e a leste do Mediterrâneo, em
                                                              direção a Itália, revelando comportamentos distintos.
                                                                Da costa da Líbia, de onde provém o maior número de ocor-
                                                              rências, os imigrantes fazem-se ao mar em botes de borracha,
                                                              construídos pelos facilitadores para esse efeito, sem condições
                                                              para fazerem a travessia completa até Itália.
                                                                Na impossibilidade de continuarem, é feito um pedido de au-
                                                              xílio às autoridades italianas, desencadeando uma operação de
                                                              busca e salvamento envolvendo diversos meios e agências.
                                                                O fluxo migratório, proveniente do leste do Mediterrâneo, de-
                                                              senrola-se de modo diferente. Os imigrantes que efetuam esta
                                                              travessia tentam alcançar a costa de Itália sem serem detetados,
                                                              revelando-se assim um desafio maior para o controlo das frontei-
          Áreas de patrulha atribuídas ao NRP Figueira da Foz  ras externas europeias.


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