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REVISTA DA ARMADA | 579
          VIAGENS DE INSTRUÇÃO 2022



         ESCOLA NAVAL



         No final do ano letivo 2021/2022, os alunos da Escola Naval (EN) realizaram Viagens de Instrução (VI) em diversas unidades navais da
         nossa Marinha.
         Cada uma das viagens  visa colocar em prática  as competências e os conhecimentos adquiridos durante o ano letivo (a formação
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         teórica), bem como proporcionar experiência de mar. Os objetivos específicos de cada viagem têm em consideração o ano escolar dos
         cadetes e as respetivas classes, Marinha (M), Engenheiros Navais ramo de Mecânica (EN-MEC), Engenheiros Navais ramo de Armas e
         Eletrónica (EN-AEL), Administração Naval (AN), Fuzileiros (FZ) e Médicos Navais (MN).
         VI 1º ANO                                            2ª FASE
                                                               A 2ª fase da VI, decorrida a bordo do NRP Sines e do NRP João
             viagem  da  instrução  dos  cadetes  do  1º  Ano,  curso  “CMG   Roby, compreendeu o embarque de 48 cadetes – 43 nacionais e 5
         A  Armando da Silva Saturnino Monteiro”, foi dividida em duas   oriundos dos países de língua oficial portuguesa (PLOP).
         fases. A primeira decorreu entre 3 de abril e 9 de maio, tendo sido   Nesta  viagem,  a  experiência  e  vontade  de  bem  fazer  da
         levada a cabo pelos veleiros do Agrupamento de Navios da Escola   guarnição, bem como uma postura proativa dos alunos, foram
         Naval, o NRP Zarco e o NRP Polar. Em paralelo, foi realizado o   determinantes  para  alcançar  os  objetivos  propostos,  quer  em
                                                              termos  teórico-práticos,  quer  em  termos  de  vivência  a  bordo.
         Cruzeiro de Instrução da Páscoa.                     Nela, foi proporcionada a prática de uma vasta diversidade de
           A segunda fase compreendeu o embarque nos NRP Sines e NRP   atividades, que incluíram a navegação costeira, o treino interno e
         João Roby, entre 18 de agosto e 1 de setembro.       um exercício envolvendo a Força Aérea Portuguesa (FAP). Houve
                                                              ainda a oportunidade de os cadetes participarem em atividades
         1ª FASE                                              associadas às festas de N. Sra. da Agonia, em Viana do Castelo.
           O Cruzeiro de Instrução da Páscoa (entre 3 e 14 de abril)  e a
         participação do NRP Polar no desfile aeronaval de 3 de abril no  VI 3º ANO
         âmbito das Comemorações  do Centenário da Primeira Travessia
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         Aérea do Atlântico Sul, no Porto de Lisboa, foram já objeto de   A VI dos cadetes do curso “Fernão de Magalhães” foi realizada
         relato na edição 576 da RA (pág. 22).                em 3 unidades navais: NRP Sines, de 07 a 18 de julho; NRP Viana
           Entre  14  de  abril  e  9  de  maio,  embarcaram  41  cadetes  e   do Castelo, de 21 de julho a 01 de agosto; e NRP João Roby, de
         três  oficiais  do  Curso  de  Formação  de  Oficiais  –  Médicos   04 a 15 de agosto.
         Navais.  Os  cadetes  tiverem  a  oportunidade  de  levar  a  cabo   No  NRP  Sines  embarcaram 15 cadetes durante 12 dias  de
         um  leque  diversificado  de  tarefas  e  atividades,  contemplando   missão,  tendo  o  navio  cumprido  40%  de  taxa  de  navegação  e
         o  planeamento  e  a  prática  de  navegação,  manobra  de  navio,   praticado os portos de Sines, de Leixões e de Setúbal (Ponto de
         comunicações e navegação à vela. Realça-se ainda a prática de   Apoio Naval de Tróia), bem como os fundeadouros de Sesimbra,
                                                              de Cascais e das Berlengas.
         exercícios com a semirrígida, manobras de homem ao mar, e de   No  início  do  embarque,  os  cadetes  receberam  palestras:
         navegação em águas restritas, em períodos diurnos e noturnos.  de  integração  a  bordo  nas  diversas  condições  gerais;  e  sobre
           Ao longo da missão, o NRP Zarco e o NRP Polar praticaram os   Limitação de Avarias e Segurança a bordo. Posteriormente, no
         portos da Nazaré, de Peniche, de Cascais, de Lisboa, de Sesimbra,   decurso da viagem, foi posto em execução o plano de atividades
         de Setúbal, de Sines, de Portimão e de Faro, bem como diversos   de instrução, visando familiarizar todos os alunos, sem distinção
         fundeadouros, tendo percorrido mais de 1100 milhas náuticas e   de classe, com a organização, funcionamento e competências dos
         efetuado 280 horas de navegação, grande parte à vela.  principais serviços de bordo, através da realização de palestras
                                                                                      ministradas  pelos  Chefes de
                                                                                      Serviço,  e  pela  execução  de
                                                                                      diversas tarefas na Ponte, como
                                                                                      as  de  adjunto  ao  Oficial  de
                                                                                      Quarto,  trabalho de carta,  vigia
                                                                                      e leme.
                                                                                        No NRP  Viana do Castelo
                                                                                      embarcaram 14 cadetes, tendo o
                                                                                      navio cumprido 38% de taxa de
                                                                                      navegação  nos  seus  12  dias  de
                                                                                      missão, e praticado os portos de
                                                                                      Leixões, de Setúbal (Doca Pesca
                                                                                      e Ponto de Apoio Naval de Tróia),
                                                                                      e o fundeadouro de Sesimbra.
                                                                                        Foi  cumprido  um  extenso
                                                                                      programa  de  instrução,  à
                                                                                      semelhança do embarque no
                                                                                      NRP  Sines, sendo de realçar a
                                                                                      oportunidade  de  acompanhar


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