Page 86 - Revista da Armada
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              §                                                          voz da abita

                      ~
               ~.
                      ir


            Continuamos  a  receber  cartas  dos  boração  em  prol  da  «Revista  da   «Tendo  por  casualidade  chegado  até
            nossos  leitores,  das  quais  se  trans-  Armada»,  fazendo  votos  para  que   mim o 1.° número da «nossa» Revista,
            crevem extractos de algumas delas.   a  mesma tenha longos anos de publi-  li com toda a atenção todas as secções
                                               cação acompanhados dum nível sempre  de  que  esta  é  composta  e  (devo
            De  2202/69/1.° Gr. A -H. M.  Dinis:   crescente de artigos.          confessar)  fiquei  verdadeiramente
            «Bissau,  11-8-71.  Estando  eu  dis-  . «O  n.o  2  da  «nossa»  Revista  será  emocionado  com  todos  os  seus  deta-
            posto a colaborar na <<nossa»  Revista   por  mim  guardado  religiosamente,  lhes,  os  quais  encontrei  recheados
            e  tendo  em  meu  poder  uns  versos,   devido  à  minha  modesta colaboração  de  boa  vontade  e  espírito  de colabo-
            sendo eu próprio o autor, é com todo   ter  obtido  um  espaço  na  Revista,  o  ração,  não  só  de camaradas como de
            o gosto que os envio.»             que,  sinceramente,  me  deixou  pri-  superiores, para com todos os elemen-
                                               meiro  surpreendido  e  depois  orgu-  tos da Armada,  especialmente os  que
               DESPEDIDA  DUM  MARUJO
                                               lhoso.                             (como  eu)  se  encontram  longe  de
                            I                  «Além do mais, farei votos ainda para   familiares  e  do cantinho  que  nos  viu
                 «Eu vou defender a Pátria,    que  o  meu  pioneirismo  desperte  em   nascer  e  lutam  pela  integridade  da
                 Nada há a temer;              todos  os  meus  colegas  de  corporação   Nossa Pátria.»
                 Pois ela sabe louvar,         um desejo de colaboração com que só
                 Quem por ela se bater.        a <<nossa»  Revista lucrará.»      De  1502/69/1.°  Grt.  L-António
                                                                                  Varela:
                            II
                 «Sabedor só Deus o é:         De  418/65/Mar.  FZE -F. G.  Graça:   «Grupo n.o  1 de Escolas da Armada.
                 Do que eu hei-de passar       «Bissau, sem data.                 30 de Setembro de 1971.
                 Mas levo bastante fé,         «PELA  PÁTRIA  LUTA-SE  EM         «Foi  com  grande  entusiasmo  que  li
                 De à minha aldeia voltar.     ÁFRICA.                            o vosso  primeiro e segundo números,
                                               «Noite  chuvosa,  rostos  causticados   os  quais  me  mostraram muitas coisas
                           III                                                    de relevo acerca da Armada.
                                               pelo clima ... água em tumulto fazendo
                 «Não pensem que vou só,
                                               baloiçar  perigosamente  as  pequenas   «Acho  que  esta  ideia  de  criarem -a
                 Pois levo Deus comigo;                                           «Revista  da  Armada»  foi  magnífica,
                                               embarcações  que  levavam  homens
                 Ele para mim é muito!
                                               e armas prontos para acção.       - não  só  por  recordar  tempos  antigos,
                 É mais que um Amigo.»
                                               «Ouvia-se  só  o  barulho  dos  motores   como  também  servir  de  distracção.
                                               e  da  água  batendo  nos  botes.  Come-  «Eu  nunca  me  canso  de  ler  e  reler a
            De  1978/70/'2.°  Gr.  FZ  - J.  C.  O.  çava  a  alvorecer.  Mal  se  distinguiam   «nossa» Revista. Aguardo com grande
                                                                                  ansiedade a publicação do próximo nú-
            Espinheira:                        as  margens  daquele  rio  barrento
                                                                                  mero.  Todos  nós  devemos  contribuir
            <<Vale de Zebro, 15-9-71.          e quase vazio.  .
             «Com  grande  satisfação  e  alegria,   «Lodo  pelo joelho,  homem a  homem   com  o  fim  de  a fazer  maior.
                                                                                  «Junto  envio  um  pequeno  passa-
            soube hoje mesmo da criação e publi-  saltando  em  terra,  olhos  perscruta-
                                                                                  tempo,  que  espero  ver  publicado  no
            cação do primeiro número da «Revista  dores, ouvidos à escuta  ... A progressão
            da Armada».                        começa  com  a  habitual  destreza  das   próximo número.
                                                                                  «Antes  de  terminar,  saúdo  todos
            . «Antes de mais,  os parabéns sinceros  Forças Especiais .
                                                                                  quantos  trabalham  para  a  «nossa»
            a  todos  quantos  trabalham  directa   « ~ra um  dia  qualquer,  domingo,  ou                             .~
                                                                                  Revista.»
            ou indirectamente na Revista.      sexta-feira, tanto faz.
             «Dado que a colaboração do conteúdo  «Lianas  cortadas,  suor  escorrendo   Da  colaboração  enviada,  publica-se:
            da Revista é extensiva a todos quantos  pelo  corpo,  cansaço  e  tenacidade,   «Há  dias,  segundo  nos  contaram,   f
            trabalham  na  Armada,  peço  licença  num  misto  de  ansiedade  e  silêncio.   travou-se  entre  duas  senhoras  que
            a  V.  para  aceitarem  brevemente  o   «Um cigarro, um sorriso, dão confiança   esperavam  a  sua  vez  na  sala  de  um
            meu contributo.»                   ao prisioneiro.                    dentista o seguinte diálogo:
                                               «Todos o perceberam n0'  seu  dialecto   « - Então o que faz agora o seu esposo,
            De  8041/71/2.°  Grt.  E-RM -F.  F.   crioulo.                        minha amiga?
                                               «Vamos  tentar  recuperá-lo,  fazendo
            Bastos:                                                               «E a outra, com ar importante:
                                               dele um amigo.»
            «Lisboa,  27  de  Setembro  de  1971.                                 «- Ah!  É artista de rádio!
            «Venho  por  este  meio  agradecer  a                                 « ~ Sim?  E em  que estação canta ele?
            V.  todas  as  regalias  que  me  foram  De  1750/69/1.°  Grt.  FZ -A.  M.   « - Ele  não  canta!  Ele  tosse  naquele
            concedidas  pela  minha  humilde  cola-  Martins:  «Sazaire  (Angola),  3 -9-71.   anúncio do xarope! ... »


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