Page 349 - Revista da Armada
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so plano ainda em curso, e que visa atingir os seguintes   ·ajudas, com a substituição dos antigos equipamentos
             objectivos:                                         dos radiofaróis, por outros com recurso a novas tecno-
                                                                 logias,  aquisição  de  estações de  GPS diferencial em
                -  Economia de meios
                                                                 substituIção do Ómega Diferencial. que se prevê encero
                -  Redução de efectivos
                                                                 rar em 1992, a preparação das intra-estruturas neces·
                -  Aumento de fiabilidade
                -  Actualização tecnológica                      sárias à  previsível adopção do sistema de  navegação
                                                                 LORAN  C,  o  telecontrolo das condições de  funciona-
                                                                 mento da balizagem  alagada -  bóias e  balizas  -  a
                A aquisição de novos equipamentos, a adopção de
             novas tecnologias e a necessidade de implementar no-  aquisição de embarcações de apoio à  balizagem, elc.
                                                                    No domlnio da cooperação com os Palses Africanos
             vos esquemas de manutenção e reparação, contribui-
                                                                 de Lfngua Oficiai Portuguesa, para lá da formação de
             ram de certa forma para o aparecimento de uma nova
                                                                 técnicos e apoio loglsllco, têm sido muitas as  solicita-
             classe de faroleiros, os faroleiros técnicos, presentemen-
             te em número de oito, 8 com uma preparação base mais   ÇO~s no sentido de aumentar e estreitar a cooperação
                                                                 eXistente, debatendo-se neste momento a Direcção de
             adaptada às funções que vão desempenhar. A criação
                                                                 Faróis com dificuldades de pessoal especializado que
             desta nova classe compensa em parte a diminuição do
                                                                 possa ser disponibilizado para satisfação dos pedidos
             número de faroleiros tradicionais, por força das automa-
             tizações efectuadas.                                feitos  nesta área.
                                                                    O grande desenvolvimento que se tem verificado nos
                A IntroduçAo da energia solar em bóias, balizas e
                                                                 portos do continente e 8 necessidade de melhorar e mo-
             farolins,  a montagem de novos grupos electrogéneos,
                                                                 de~nizar a gama de ajudas à  navegação ar Instaladas,
             com menores consumos e completamente automatiza-
             dos, a introdução de novas lâmpadas e sistemas ilumi·   deixa antever uma imensa área de actuação da Direc·
                                                                 ção de FaróIs em colaboração com as Juntas e Adml-
             nantes e os  sinais sonoros da última geração, têm  de
                                                                 nistraçOes dos Portos, e que nAo  cessa de aumentar.
             certa forma contribuldo para a diminuição do consumo
             de energia eléctrica, abolição do acetileno, cuja fábrica   Em resumo, a Direcção de Faróis enfrenta neste m0-
                                                                 mento um dos malares desafios da sua existência co-
             no Cabo da Roca se prevê encerrar no ,. o trimestre de
                                                                 mo S9;,iço públlco que é,  ao mesmo tempo que tenta
             1991, e menores gastos de combustfveL Também nos
             Açores se tem  avançado na economia de meios, atra-  actuahz.ar.se em termos tecnológicos, valendo-se uma
             vés de um plano que prevê a ligação de todos os faróis   vez maiS  de  um dos maiores capitais que tem.  o  seu
                                                                 pessoal.
             à rede de distribuição de energia eléctrica, e que se pre-
             vê  estar concluldo em  1994/95.
                O contacto estreito com direcções de faróis de ou·
             tras partes do mundo tem contribuldo para o aperfeiçoa-
             mento técnico e a adopção de soluções já comprovadas
             nesses palses, contacto esse complementado pela fr&-
             quência de estágios, cursos e reuniões de Indole técni·
             ca,  tendo multas vezes como suporte a nossa filiação
             na AISMIIALA (Associação Internacional de Sinalização
             Marftlma).
                A evolução técnica verificada na área da sinalização
             marltíma nos últimos tempos, levou a Direcção de Fa·
             róis a não descurar a actualização dos conhecimentos
             dos actuais chefes de farol. estando neste momento a
             decorrer na sede em Paço de Arcos um curso de reci-
             clagem com a duração de uma semana, frequentado por
             seis faroleiros de cada vez, incluindo os da Madeira e
             Açores.


             o FUTURO  DO  ASSINALAMENTO  MARITIMO

                Estando neste momento em curso a parte final das
             remodelações e automatizações de faróis. a instalação
             de painéis fotovoltaicos nas 116 bóias e balizas lumino-
             sas e a informatização da Estação de Telecontrolo de
             Paço de Arcos, está a Direcção de Faróis atenta ao que
             de novo se faz lá fora, e preparada para responder aos
             novos  desafios  que  se  perfilam  no  horizonte.  Assim,      (CoIaborlJÇlo  da  DirfICÇJo do Serviço de Fsr6ls).
             prevê·se a Instalação de mais centrais de teleconlrolo
             nas zonas de maior densidade de ajudas à navegação,
             a utilização do satélite na vigilância dos parâmetros de   N.R. - Iniciaremos br6l1emenle. 8 publlcaçlo de fotografias e carac-
             funcionamento dos farollns das Ilhas Selvagens, a ins-  terls/iCIIs de lodos os fardis existentes na COSIa de Ponugsl continentsl
                                                                e Reg/óes  Autónomas  da  Madeira  III  dos  Açores,  na  contra~.
             talação  de  novos  sinais  sonoros  conjuntamente  com
             detectores de nevoeiro, a renovação da rede de rádio-  ••••••••••••••••••••••••••••

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