Page 264 - Revista da Armada
P. 264
DIA DA MARINHA CA~CAI ~ um discurso, em que salientou que a nova Igreja da Assunção saíram (, imagens trans-
Assim, já a tarde ia avançada, quando da
Na oportunidade, o Almirante CEMA fez
estação iria permitir uma mais eficaz segu-
rança e protecção na área marítima de portadas por pescadores e escuteiros cató-
licos, em direcção ao cais da pesca.
intitulada NO.Carlos I e a Oceanografia~, Cascais, uma vez que os mais próximos Várias embarcações de diversos tipos.
promovida pelo Aquário Vasco da Gama, salva-vidas disponíveis até agora , se com as imagens a bordo e devidamente
no Museu Condes de Castro Guimarães, e ii encontram em Paço de Arcos e na Ericeira. engalanadas com bandeiras, seguiram
inauguração de uma exposição de aguare- O novo salva-vidas é uma embarcação do então em cortejo até às imediações do
las e desenhos do comandante António tipo" Atlantic 21 ", semi-rfgida, comple- Farol da Guia, indo a traineira com a ima-
Pinto Baslo, promovida pela Câma ra mentada pela instalação de um moderno gem de Nossa Senhora dos Navegantes
Municipal de Cascais, no Museu do Mar. guincho e vem satisfazer não só uma escoltada por 4 boles de fuzileiros. Tratou-
necessidade. como também um velho -se de uma cerimónia religiosa de grande
o ''TATOO'' E O DESFILE NAVAL anseio das gentes marftimas de Cascais. adesão popular, com raízes que se perdem
tão dadas às lides do mar. Recorda-se que nos tempos e, simultaneamente. de um
Durante a manhã de domingo, realizaram. Cascais não dispunha de estação salva- bonito espectáculo.
-se algumas provas náuticas, num campo vidas há mais de 40 anos e que a tradição
posicionado a sul da baía de Cascais. O de as possuir, se tinha iniciado com os reis
vento, ainda muito fresco, proporcionou O.Luiz e O.Carlos, que as haviam ofereci- "CANTICORUM JUBILO"
um movimentado e colorido espectáculo. do antes mesmo da existência do i.S.N.
À tarde decorreu o sempre apreciado As festividades do Dia da Marinha prosse-
Nlaloo de boles de borracha, tripulados guiram na manhã do dia 8 de Julho, com
N
por fuzileiros, que deliciaram a densa mol- NOSSA SENHORA uma missa na Igreja Paroquial de C.lscais,
dura humana, que se estendia pela orla DOS NAVEGANTES VOLTA AO MAR celebrada por S. Exa Reverendíssima o
maritima da baía. com as suas evoluções Bispo Castrense, em memória dos mari-
acrobáticas e arriscadas. A exibição dos Após 17 anos de interrupção, a procissão nheiros falecidos.
botes dos fuzileiros culminou com a apre- com a imagem de Nossa Senhora dos A presença de muitos militares da
sentação de cartazes com a pa lavra Navegantes voltou às ruas da vila e às Marinha proporcionou que a igreja apre-
~Fuzileiros" e o lançamento de "very- águas da baía de Cascais, por iniciativa de sentasse um aspecto diferente do habitual,
lights de várias cores. uma comissão presidida pelo Capitão do devido li intensidade de uniformes bran-
ff
O desfile naval, iniciado pouco antes Porto de Cascais. cos. A missa foi acompanhada por um
das 17 horas, era, sem dúvida, o momento
mais esperado. De facto, desde 1907 que
a vila de Cascais não assistia a um desfile
naval, recordando-se que, por ocasião do
desfile realizado há 85 anos, a rainha
O.Amélia oferecera uma bandeira nacio-
nal à Marinha, que ela mesma bordara.
Além disso, a coluna de navios era enca-
beçada por duas fragatas da classe Vasco
da Gama, as unidades que, pelo seu porte
e pela tecnologia que incorporam, são
verdadeiros emblemas da Marinha dos
anos 90.
Por isso, O dia terá sido de bom negócio
para o comércio de artigos fotográficos,
tantas eram as máquinas fotográficas que
disparavam continuamente, tentando cap-
tar os 10 navios da co1una. À cabeça nave- AspecfOS do destile nal'dl e do ~',J100 ~ de boles
de borrolch.l
gava a fragata" Álvares Cabral e, depois, a
M
fragata ~ Corte Real". Nas suas águas
seguiam a fragata "Comandante João coro da Banda da Armada, salientando-se
Belo#, duas corvetas, um submarino, um a sua intervenção polifónica com um coral
navio-patrulha da classe Cacine e três lan- de Bach e com o Canticorum Jubilo de
chas de fiscalização da classe Argos. Handel.
As dez unidades navais prestaram honras Seguiu-se a cerimónia essencialmente
militares ao Almirante Chefe do Estado- militar do Dia da Marinha, que teve por
-Maior da Armada, quando alcançaram a cenário a esplanada da baía de Cascais.
fortaleza de Nossa Senhora da luz pelo
través, seguindo depois com rumo ao qua-
drante sul, em direcção ao horizonte. foi POR UMA MARINHA AINDA
um espectáculo magnífico e impressionan- MELHOR
te, que a memória dos cascaenses certa-
mente conservará por muito tempo. Numa alocução dirigida à Marinha, O
Almirante CEMA agradeceu o acolhimento
MAIS SEGURANÇA EM CASCAIS dispensado pela população e pelas autori-
dades locais e referiu-se à reorganização
Ainda durante a tarde, procedeu-se à inau- em curso na Marinha, salientando que, aos
guração da nova Estação Salva-Vidas em novos desafios, terão necessariamente que
instalações cedidas pelo Clube Naval de corresponder soluções novas, apontando.
Cascais e à cerimônia de entrega de meda- como vectores de intervenção, a descen-
lhas a nadadores salvadores. tralização e aligeiramento da estrutura, o
10 AGOSTO 92 . REVl'STA$AJtMADO.