Page 265 - Revista da Armada
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CA~CAI ~ DIA DA MARINHA

                                                                                  O Almirante ( EMA  terminou  a sua  alo·
                                                                                cução,  lembrando  que  as  instituições
                                                                                valem aquilo que valerem os seus homens,
                                                                                pelo que  é  sobre cada  um  dos  seus ele-


















                                                                                mentos que  recai  a  responsabilidade de
       momento 50Iene d,u                                                       fazer  uma  Marinha  ainda  melhor do  que
       ccrimófll.1S de 8 de Julho                                               aquela que recebemos.
                                                                                  Seguidamente, foram  entregues  conde-
                                                                                corações e, com o mar por fundo,  iniciou-
                                                                                se O de~;(ile militar,  com a espectacularida-
                                                                                de e a alegria  própria  dos  nossos marinhei-
                                                                                ros.  Foi  ainda  depositada  uma coroa  de
       ree<luipamento  naval e a diminuição de   facto de N na  Marinha existir, desde sempre,   flores  junto do busto do Rei  Marinheiro e.
       efectivos.                           uma visão sistémica em relação às coisas do   uma  outra,  embarcada  no  N.R.P:Argos",
         Relativamente ii estrutura, aludiu  à  pro-  mar e da  orla  marítima, visando, a par do   foi  lançada  ao  mar  em  memória  dos
       posta de lei  posta ii consideração governa-  seu  controlo,  a preservação e investigação   Nhomens do mar'".
       mental, que  prevê  uma  linha  operacional   dos  seus  recursos,  incluindo  o combate  à
       única, centrada  no  Comando  Naval,  e a   poluição,  a segurança  da  navegação.  a fis-
       simplificação dos sub-sistemas do  pessoal,   calização das águas jurisdicionais e de inte-  CONCERTO NOCTURNO,
       material e financeiro, entre outras medidas.   resse  económico,  a manutenção  de  uma   FOGO DE ARTIFíCIO
         Quanto ao  reequipamento  naval,  o   rede de faróis  e de ajudas à  navegação,  a
       Almirante  Fuzeta  da  Ponte  acentuou  a   segurança nas praias. a hidrografia e a ocea-  Na  Praça  D.luiz, fronteira  ao  ediHcio  da
       necessidade de, entre  outras  medidas, ser   nografia,  e a salvaguarda  da  vida  humana   Câmara  Municipal,  uma  enorme  multidão
       garantido o programa  de  substituição  dos   no mar.  Enfim, um  número elevado de  mis·   concentrou·se à noite, para aweciar o con·
       actuais submarinos,  que  terminam  a sua   sões de interesse público que desempenha·   certo realizado pela Banda da Armada.
       vida  útil  em  1998 e constituirem  o princi-  mos  com  muito  orgulho e em  relação às   A Banda conduziu o concerto com mes·
       pal elemento dissuasor nacional.uDe facto,   quais reivindicamos  um  pioneirismo, agora   tria  e versatilidade, percorrendo um  repor·
       se  as  palavras de ordem,  em  lermos de   iniciado  por outras  Marinhas.  que,  num   tório diversificado,  que indufu composi·
       doutrina e estratégia militares, são a opera-  ambiente  internacional em aparente disten·   ções clássicas  e  modernas.  erudilas e
       cionalidade, a nexibilidade e a mobilida-  são,  descobriram  recentemente  esta  nova   populares.  O pUblico  reagiu com entusias·
       de. os submarinos são. indubitavelmente. o   vocação. que tem como consequência ime·   mo,  marcando  compasso  com palmas,
       factor  potenciador  mfnimo.  susceptível  de   cliata  ii  rentabilização dos  meios destinados   aplaudindo.  cantando  por vezes  e,  ao
       lhes conferir  credibilidade,  num  pais de   a missões  militares,  empregando·os,  t,1m-  escutar Glen  Miller, não  perdeu  a oportu·
       características  vincada mente  marftimas   bém. nas tarefas da  paz.~    nidade de dar unS passos de dança.
       como Portugal'".                       A continuação  do  desempenho  dessas   Quando, pela meia-noite, se ouviram os
         No  que respeita  a efectivos,  nos  novos   missões  pela  Marinha  afigura-se como  a   morteiros anunciando o fogo de artiífcio e
       cenários  institucionais que se  configuram,   solução que,  re<luerendo apenas  investi·   a bala surgiu  iluminada e colorida,  o des·
       a Marinha  tenciona proceder a uma  muito   mentos  marginais  e retirando assinaláveis   lumbramento  atingiu  uma  dimensão que
       significativa  redução.  com  incidência nas   benefícios de ecOnomias de escala,  dificil-  dificilmente  se  imag inava e  os  aplausos
       praças do $EN (Serviço Efectivo Normal).   mente  encontrar~ soluções alternativas  em   surgiram. ~ponlãneos e calorosos.
         O Almirante  (EMA  referiu, depois.  o   termos de relação cuslo·eficácia.   A Banda  da  Armada  tocou  O  HinO
                                                                                 NacioMJ, acompanhada  em  coro  pela
                                                                                assistência. A emoção e a comoção  per·
         o DIA DA MARINHA FOI COMEMORADO NÃo SÓ EM CASCAIS                      correram toda aquela  gente,  face à beleza
                                                                                do  espectáculo a que assistiam,  naquela
          Como é das tradições navais. o Dia da f.\mnha ioi c .... lbi .... ado em tOOos os locais ondeesleve um manoheilO.   noile de verão.
          Os Comandos Navais dos Açores e da Madeira e as Zonas Marítimas do Norte, Centro e Sul, proo1O\'ei'am diver·   Próximo  de  nós,  por  mais de uma  vez,
         sas iniciativas alusivas ~ íesliva data, assim como as di~ unidadese navios.   ouvimos pronunciar,  determinadamente,
          Deslacam->e as cerimónias re~lizadas em quase texlas as ilhas dos Açores. dada a natural ligação ao mar das suas   uma  expressão  que  tão  fundo  nas  cala:
         gentes. que IÍ\-eram como pontos mais salientes ii panidpaç30 da corveta "Baptista de~" nas comemorações   "Siga a Marinha-.   .1
         realizadas em Angra do Heroismo, a iâ tradicional  regata  1-IortaN~ e as iniciativas COOOt'Iizadas na  ilha
         das Flores, em que paniciparam os antigosmarioheiros resi(~lIes na ilha.
          Como é reíerido na  pâgina  16. o Dia da MarInha IalTIbêm ~ festejado a bordo da "Sagres". então a navegar   Melo e Sousa
         entre Nova Iorque e Boston.
                                                                                                           IVTEN SEG
                                                                                         REVISTAI!ARMADI'  • AGOSTO 92  11
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