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ASAS REGRESSAM À MARINHA
Terão sido formalmente entregues no dia 29 autorizou o ministro da Defesa para pilotar os helicópteros da
Nacional, com faculdade de Marinha, frequentou, entre
de Julho, em Yeovil, no Reino Unido, os dois
delegação, a assin.lr os contratos 4/1/90 e 6/6/91, um cu rso
primeiros helicópteros WESTLAND LYNX e acordos rcl.ltivos ao prograrrm. ministrado pela FAP, a que se
MK 95 da jovem Esquadrilha de Três anos depois, os pilotos e seguiu um estágio operacional
as instalaÇÕC5 estão prontos, e de cerca de 2 anos, em que os
Helicópteros da Marinha. os dois primeiros Wesllrmd pilotos voaram em Allol/ette JII
Alguns dias depois, no dia 24 de Agosto, Ly/lx Mk 95 estilo a chegar. e PI/ma da FAP, seguindo-se
essas unidades chega.rão à sua 8ase no um estágio de curta duração
na Westland.
Montijo, passando a constituir um OS PILOTOS Já com os helicópteros em
importante reforço para a capacidade Portugal, os pilotos farão um
operacional da Marinha. o primeiro grupo de ofidais curso de conversão ao Lyllx,
de marinha que se voluntariou com uma duração de cerca de
9 meses e que será ministrado
na Esquadrilha de Helicópte-
ros (E.H), com o apoio de uma
equipa que inclui elementos
COOPERAÇÃO EXEMPLAR da Royal Navy e da Westland.
Esse curso inclui a qualificação
Em todo o processo de atribuição de helicópteros à Marinha e, ao LyflX, adaptação aos instru-
particulannente, em relação às questões da formação e estágios mentos no mar, treinos de
dos pilotos, à instalação e apoio operacionais e logísticos fi aterragens e descolagens nos
Esquadrilha de Helicópteros no Montijo, assim como ao futuro navios, e treino táctico. Nesta
da colaboração entre a Marinha e a Força Aérea, de que é exem- última fase participarão os
plo a colaboração aeronaval com os P3 Orlon, estiveram presen- operadores sonar, que entre-
Marinha Portuguesa tes elevados factores de compreens.'io e entendimento, ditados tanto tiveram a necessária pre-
dispôs de aviação pri- pelo imperativo de optimizar serviços e instalações, mas tam- paração na FAP e na EH , com
Avativa, desde a criação bém por um exemplar espírito de camaradagem. o apoio dos técnicos da
da Aviação Marftima, depois O reconhecimento desS.l realidade, de que fazemos eco na Bendix, a firma que forneceu
denominada Aeronáutica Na- Revista da Armada, circula nas unidades e nos serviços, nos os equipamentos de sonar.
val, em 28 de Setembro de corredores e nas messes, nas p.uadas e nos clubes. Um segundo grupo de qua-
1917, até à sua fusão com a tro ofiáais de marinha já tenni-
Aeronáutica Militar e a criação nau o seu curso de pilotagem
da Força Aérea Portuguesa, no na FAP, tendo recebido os res-
ano de 1952. pectivos brevets no dia 18 de
Cerca de 40 anos depois, a Junho de 1993, em cerimónia
Marinha volta a possuir meios presid ida pelo Chefe do
aéreos. Estado-Maior da Força Aérea, a
"Após detalhados estudos que assistiu o Chefe do Fstado-
em que foram ponderadas as Maior da Annada. Entretanto,
variáveis em presença, no- já decorre um terreiro curso de
meadamente a relação cus- pilotagem, frequentado por
to/eficácia e a especificidade da dois oficiais de marinha.
sua missão, os novos helicópte-
ros atribuídos à Marinha atra-
vés de despacho do ministro da AS INSTAlAÇÕES
Defesa Nacional de 15/2/89,
tendo sido determinado, em As jnfra-estruturas da E.H.
14/12/89, por despacho do encontram-se situadas no perí-
ll
mesmo titular, o inicio de con- metro da Base Aérea n 6, loca-
versações conducentes à aquisi- lizada no Montijo, e são consti-
ção de cinco helicópteros Ly/lx. tu.ídas por um hangar com ofi-
Uma resolução do Conselho cinas que pennitem reparações
de Ministros de 2/11/9(J apro- até ao 2ll escalão de manuten-
vou os encargos financeiros ine- ção, um armazém de sobressa-
rentes à execução do programa e lentes, um edifício com ofici- ,
REVISTA DA ARMADA • AGOSTO 93 O