Page 299 - Revista da Armada
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                Veleir  s







         A grande pereqrinação internacional de velei-
         ros que, sob a egide da STA, escalou este ano
         os portos do Douro e de Leixões por ocasião
         das comemorações do 6'  Centenario do
         Nascimento do Infante D. Henrique, consti-
         tuíu um acontecimento inolvidável.
         Durante uma semana, estima~se que cerca de
         700 mil pessoas foram atraídas e mobilizadas
         pela presença dos veleiros que estiveram
         atracados nos cais de Leixões e em ambas as
         margens do Douro.


              s diversas cerimónias   seguinte tivesse chegado o pri-
              integradas no programa   meiro dos "tall ships", que foi a
         A das celebrações do  6 11   barca  "Gloria", o navio-escola
         Centenário do Nascimento do   da  Marinha da Colômbia, que
         Infante D.  Henrique, que decor-  atracou no cais de Gaia.
         reram  na  cidade  do  Porlo.   No dia 3 foi  o N.  E.  "Sagres"
         adquiriram um elevado grau de   que entrou a barra do Douro e
         notoriedade e de participação,   foi  atracar no cais de Gaia, junto
         ao assoO.1rem-se à presença dos   do  "Gloria", do "Malcom  Mi-
         veleiros participantes  na  Cutty   ller", do "Sir Winston Chur-
         Sark Tal! Ships Race • Prince   chill", da caravela "Boa Esperan-
         Henry Memorial.            ça" e de tantos outros veleiros.
          Os 78  veleiros que estiveram   Com  a  presença  daqueles
         atracados nos cais de Gaia, da   n.wios na zona histórica do Por-
         Alfândega do Porto c de  Lei·   to e a tão curta distância da em-  não pennitiam que nela  entras-  pectáculo pirotécnico realizado
         xões,  bem como as muitas cen-  blemática Casa do Infante e da   sem, nomeadamente o veleiro   sobre a Ponte D. Luís, presencia-
         tenas de jovens vcle~ldores das   estátua que em sua memória foi   russo  "Sedov", o polaco "Dar   do por largos milh.,res de ~
         suas guarnições, Iransfomumlln   edificada  há  cem anos, aquele   Mlodzicdzy", o uCr.1niano "Khe-  as e que foi seguido por um lon-
         o quotidiano das zonas  portuá-  cenário de mastros, vergas, ca-  ronetz" e o nosso "Creoula".   go silvo de sirenes dos navios.
         rias e, durante uma sem.1tla, tor-  bos e bandeiras, tomou-§(> p.u-                 No dia 7 de Agosto, milhares
         n.1fam-se num singular polo de   ticularmente sugestivo e belo,   As  principais cerimónias alu-  de  pessoas ladearam as mar-
         atracção e de anim..lção.   nele se concentrando a atenção   sivas à presença dos veleiros de-  gens dos rios Douro e Leça para
                                    de verdadeiras multidões.  En-  correram no dia  5, nomeada-  assistirem à saída dos veleiros
          Navegando desde a Corunha,   tretanto,  também em  Leixões se   mente o desfile das  tripulações   participantes na Cutty Sark Tall
         os  primeiros veleiros começa-  concentravam os veleiros de   pela cidade do Porto, a homen.,-  Ships' Rare 94, o evento interna-
         ram  a chegar ao  Porto no dia  1   maior porte que as condições   gem  prestada  junto do monu-  cional que trouxera um colorido
         de Agosto, embora só no dia   hidrográficas da barra do Douro   mento ao Infante e, à noite, o es-  especial às comemorações hen-
                                                                                           riquinas no Porto, mas contrari-
                                                                                           amente ao que se esperava, a
                                                                                           saída dos veleiros não foi  feita
                                                                                           cm parada naval, devido a limi-
                                                                                           tações hidrográficas e outras.

                                                                                             Apesar de  não  ter sido possí-
                                                                                           vel  reunir toda a frota  num só
                                                                                           local, devido às  caracteristlcas
                                                                                           naturais do rio Douro, a presen~
                                                                                           ça  de tão elevado número e de
                                                                                           tão variado tipo de veleiros n.io
                                                                                           deixou  indiferente a população
                                                                                           portuense e o número de visi-
                                                                                           tantes registado  nos  principais
                                                                                           navios  é disso prova eloquente:
                                                                                           "Sagres"  (23.500),  "Creoula"
                                                                                           06.OCIJ).  "Gloria" (26.458),  ''Da.
                                                                                           Mlodziezy"  (36.000),  "Sedov"
                                                                                           (36.00:)), entre outros.   ..L
                                                                                     R[VISTA OA ARMAOA  • smMaRO/CIUTlNtO 9"  9
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