Page 300 - Revista da Armada
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FRAGATA  D.  FERNANDO" E GL  RIA













      Foi no dia 1 de
      Outubro de 1992
      que, assentes sobre
      uma doca flutuante
      e a reboque, entraram
      no porto de Aveiro
      os restos da fragata
      "O. Fernando II
      e Glória".
      Desde então que,
      nos estaleiros da
      Gafanha da Nazaré
      e a um ritmo
      perfeitamente
      enquadrado no
      calendário
      estabelecido,
      prosseguem os tra-
      balhos de recupera-                                                                    de da  Marinha, através
                                                                                             da  Comissão  Executiva
      ção e restauro da                                                                      para  a  Recuperação da
      fragata que há 150                                                                     Fragata  "O. Fernando II
      anos, navegou pela                                                                     e  Glória",  presidida
                                                                                             pelo  CMG  Martins  e
      primeira vez nas
                                                                                             Silva, reina O optimismo
      águas de Oamão.                                                                        quanto  ao  andamento e
                                                                                             qualidade  dos  traba-
            envergadura e a com-                                                             lhos. Se tudo correr nor-
            plexidade do trabalho                                                            malmente, nos  princípi-
      A de  recuperação e res-                                                               os de 1997 o navio esta-
      tauro da  fragata  "O.  Fer-                                                           rá  pronto para efectuar
      nando II  e Glória", para cuja                                                         as suas provas de mar e
      dimensão não existia a neces-                                                          para ter a utilização que
      sária  experiência de constru-                                                         o  Ministério da  Oefesa
      ção  naval  em  madeira,  tem                                                          Nacional lhe vier a defi-
      vindo a apresentar contínuos                                                           nir.
      desafios,  pondo à  prova a                                                             Ao  nível do {inancia-
      imaginação e  a  capacidade                                                     ,,, _-' menta do projecto, que é
      da  equipa  do  Arsenal  do                                                            urna das suas áreas mais
      Alfeite, responsável  técnica                                                          críticas, não têm existido
      pelo projecto.                                                                         bloqueamentos intrans-
        Porém, as dificuldades têm   Após a conclusão dos tra-  paralelo, os  trabalhos  respei-  poníveis:  o  Ministério  da
      sido ultrapassadas e a fixação   balhos de fixação do caverna-  tantes ao aprestamento e ape-  Defesa  Nacional  tem cumpri-
      do cavername, isto é,  o con-  me, foram  iniciados os traba-  trechamento, estando a sua   do exemplarmente os seus
      junto das balizas que assen-  lhos de montagem  do  forro   conclusão  prevista  para   compromissos e as  contribui-
      Iam  transversalmente sobre a   exterior  do  navio,  que  se   Outubro de 1996.   ções  mecenãticas, desde as
      quilha  e dão forma  ao  fundo   desenvolverão  por alguns   Nessa  altura,  proceder-se-á   grandes empresas públicas e
      do  navio,  está  completa.   meses, seguindo-se depois a   à  montagem  do  aparelho,   privadas, até aos  pequenos e
      Trata-se de  uma  das  mais   montagem do forro interior.   que  constituirá  a  fase  final   por vezes anónimos contribu-
      delicadas  fases  de  todo  o   Oe  acordo com os  planos   dos trabalhos de recuperação   tos de empresas e pessoas não
      processo de recuperação do   traçados, depois de concluí-  e  restauro  da  fragata  "O.   têm  faltado,  para  que a recu-
      navio,  na  medida  em  que   dos  os  trabalhos de  monta-  Fernando II e Glória".   peração da"última  nau  da
      condiciona  a sua segurança,   gem dos forros,  seguir-se-ão   Nesta  fase  do  processo de   India"  seja  rápida  e o  navio
      estabilidade e navegabilida-  os trabalhos de montagem de   restauro, que tem sido con-  volte a ser a memória viva das
      de futuras.                anteparas e pavimentos e, em   duzido sob a  responsabilida-  nossas navegações.   .1.
      1 O  SfTEMBRO/OUIUBRO 94  •  REVISTA DA ARMAOA
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