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                                             ACADEMIA DE MARINHA

                         ● Com a presença do  dades que entravam a vida normal desta  própria natureza e missão, e assim ser melhor
                         Almirante CEMA e   instituição cultural e que, a manterem-se  compreendida. Contudo, um critério doutri-
                         de numerosos mem-  tendem a prejudicar o planeamento cultu-  nário emanado do Almirante CEMA sobre a
                         bros da Academia de  ral em curso, ensombrando a imagem da  interpretação do estatuto da Academia de
                         Marinha, teve lugar  Academia dentro e fora da Marinha.  Marinha, seria decisivo nessa compreensão e
                         no passado dia 16 de  Referiu ainda que os dois últimos anos  consequentemente na resolução dos problemas
                         Janeiro naquela Aca-  foram de intenso labor académico em  quotidianos que se apresentam aflitivamente à
                         demia a tomada de  condições precárias de recursos, tanto  gestão deste peculiar organismo da Marinha.
         posse dos membros eleitos para os cargos  financeiros como humanos; destacando  Na certeza porém, Senhor Almirante, de que
         estatutários durante o triénio 2001 – 2003.  os principais marcos miliários entre os  o reconhecimento pela Marinha da utilidade da
           Depois da leitura do termo de posse,  resultados da produção: a realização da  sua acção e do seu trabalho é para a Academia
         assinaram os seguintes académicos:  1ª Sessão do Congresso Portugal-Brasil,  de Marinha o mais forte incentivo para pros-
         CALM ECN Rogério d´ Oliveira (Presi-  Ano 2000, a única significativa acção de  seguir com devoção e entusiasmo no cumpri-
         dente), Professor Fernando Castelo Branco  comemoração dos 500 anos do Desco-  mento da sua missão”.
         (Vice-Presidente, classe de História Marí-  brimento do Brasil; o lançamento do pro-  Por fim, o Almirante CEMA encerrou a
         tima), Comte. José Cyrne de Castro (Se-  jecto da História Oral da Marinha; a  cerimónia com um breve improviso em que
         cretário-Geral), Comte. José Rodrigues  edição dos primeiros quatro volumes da  considerou a Academia “como um órgão
         Pereira (Vice-Secretário, classe de História  História da Marinha; a celebração de  importantíssimo para a divulgação do
         Marítima) e Comte. José Malhão Pereira  contratos para outros 4 volumes; as  espírito marítimo” e ainda “um órgão essen-
         (Vice-Secretário, Classe de Artes, Letras e  comemorações do centenário do nasci-  cial de reflexão sobre os poderes marítimos,
         Ciências), os quais transitaram da Direc-  mento do Almirante Sarmento Rodrigues,  sobre a nossa vocação, sobre os problemas
         ção anterior, visto voltarem a ter sido  o 1º Fundador  e 1º Presidente da Acade-  que temos nessa área e portanto um órgão
         eleitos por unanimidade.           mia de Marinha e a edição do respectivo  que a Marinha muito considera”, reco-
           Seguidamente, o Presidente da Acade-  Livro de Depoimentos.         nhecendo igualmente as várias dificuldades
         mia usou da palavra tecendo considerações  E a concluir afirmou:      que preocupam a corporação que chefia.
         sobre a vida da Academia e das perspecti-  “A Academia de Marinha procurará difun-
         vas futuras, alertando para certas dificul-  dir, mais e mais, o conhecimento sobre a sua  (Colaboração da Academia de Marinha)



                                              A MARINHA EM LAGOS

         ● Decorreram nos passados dias 26 a 28 de  oficiais do N.R.P. “General Pereira D’Eça” solene que decorreu no salão nobre do edifí-
         Outubro as comemorações do Dia do  ao Presidente da Câmara de Lagos, que se cio dos Paços do Concelho.
         Município da Cidade de Lagos, nas quais a  fez representar pela Vice-Presidente da  A sessão solene constou de uma
         Armada esteve representada pelo N.R.P.  autarquia em apreço, contando também, alocução proferida pelo Autarca da
         “General Pereira D’Eça”.           para além dos oficiais do navio, com a dis- Câmara de Lagos seguida de uma con-
           Inserido nas festividades, foi propor-  tinta presença da Directora Cultural do ferência subordinada ao tema “Os direitos
         cionado um passeio marítimo ao longo da  município e Capitão do Porto de Lagos.  humanos, génese, evolução, problemáticas e
         costa do barlavento algarvio para cerca de  No Dia do Município, a Marinha repre- sua protecção jurídica”, proferida pelo Juíz
         quarenta alunos e professores provenientes  sentada pelo Capitão do Porto de Lagos e Conselheiro do Supremo Tribunal de
         de duas escolas secundárias de Lagos. O  Comandante do N.R.P. “General Pereira Justiça, Dr. Costa Ferreira, encerrando
         aludido passeio começou por um almoço a  D’Eça”, foram convidados pelo Presidente com a distribuição de medalhas do
         bordo oferecido pelo Comandante do  da Câmara para participar no almoço do município a entidades com actividades
         N.R.P. “General Pereira D’Eça”, seguido de  Dia da Cidade realizado no Hotel Lagos, relevantes ao nível concelhio.
         uma visita guiada pelo navio acompanhada  assim como a estarem presentes na sessão  Relativamente à realização do passeio,
         de uma breve explanação                                                          foi salientado ao Coman-
         sobre a história desta uni-                                                      dante do N.R.P. “General
         dade naval, o carácter das                                                       Pereira D’Eça” na pessoa
         missões atribuídas, a vida a                                                     do Presidente da Câmara
         bordo e, sendo os visitantes                                                     de Lagos, a satisfação e
         alunos do ensino secundário,                                                     agrado revelada pelos alu-
         a divulgação da Marinha e da                                                     nos e professores pela opor-
         Escola Naval com a dis-                                                          tunidade proporcionada de
         tribuição de folhetos informa-                                                   visitar e navegar num
         tivos aos presentes e para                                                       navio da Marinha, bem
         futura distribuição nas esco-                                                    como pela forma agradável
         las envolvidas.                                                                  e simpática como foram
           Neste ambiente festivo e                                                       recebidos a bordo desta
         fazendo juz à centenária                                                         Unidade Naval.
         tradição de bem receber e
         servir da Marinha, foi ofereci-                                                     (Colaboração do N.R.P. “General
         do um jantar na câmara de                                                                     Pereira D’Éça”)
                                                                                      REVISTA DA ARMADA • MARÇO 2001  25
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