Page 102 - Revista da Armada
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A Madrinha do “Bérrio”
A Madrinha do “Bérrio”
asceu em 1969
e, com ele, mais
Nquatro irmãos.
Adoptaram o nome de
família “Rover”. Em
1969, pelas mãos de
uma jovem senhora,
Dª. Mary Haynes, filha
de Marinheiro, ela pró-
pria WRNS e esposa
do CALM William Ha-
nes, Director of Naval
Ships Prodution em
1969, teve direito a
nome próprio: “Blue”.
“Blue Rover” ficou até
1993, ano em que foi
adquirido pela Mari-
nha Portuguesa e cris-
mado de “Bérrio”.
Já então como NRP,
frequentou com êxito
e ombro a ombro
com a classificação
das fragatas “Vasco
da Gama”, o POST
(Portuguese Opera-
tional Sea Training)
em Inglaterra, Ply-
mouth, pese embora um princípio pouco na recepção ao “staff” do FOST no dia Boas Festas alinhava-se com os demais
auspicioso. seguinte. recebidos.
E foi exactamente esse princípio que Na juventude dos seus muitos anos, Os anos passaram e, em finais de
proporcionou a reparação de um elo há Mrs. Mary Hannes foi a alegria da re- 2001, somos surpreendidos com a
muito quebrado. cepção. Levou um ramo de flores, um carta que tomo a liberdade de trans-
Na introspectiva que fazia sobre o que livro e a admiração de todos os presentes. crever, tal como recebida. A letra, já
poderia ser o futuro (pouco risonho) do Recomeçou então o namoro com o seu trémula, diz: (ver carta).
treino acabado de iniciar, reparei em qua- “menino”, que não com as pessoas. Apenas posso comentar: que nobreza de
tro livros esquecidos algures na cama- Pontualmente, pelo Natal, o seu cartão de caracter, que serenidade, que coragem!
rinha, noto serem
oferta ao navio, pela Com tal Madrinha,
sua Madrinha (“Lady um navio só pode ser
Sponsor”) Mrs. Mary feliz!
Haynes, na altura da
transferência. Numa Na altura em que
das contra capas, um decidi escrever este
“sticker” com nome, artigo, ainda sobre-
morada e telefone. vivia. Faleceu em
Será que é viva? 11JAN02. O “Bérrio”
Quem será? O ende- saberá respeitar tal
reço ainda é válido? madrinha. Nos fins
Após um primeiro de Janeiro de 2002,
telefonema, que por quando for celebrado
obra do destino foi o “Thanks Giving”,
parar às Falklands uma coroa de flores
(influência da “alma” representará o seu
de um Navio que ali “afilhado”.
serviu?), atende uma
voz jovial! Para si, Dª. Mary
Dito quem era, Hanes, o eterno res-
nervosismo e exci- peito e admiração.
tação, excitação que
aumenta com o con- (Colaboração do
vite para participar Comando do NRP “Bérrio”)
28 MARÇO 2001 • REVISTA DA ARMADA