Page 228 - Revista da Armada
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Um dia no...
Um dia no...
Instituto Hidrográfico - III
Instituto Hidrográfico - III
CONCLUSÃO
Já reparou na quantidade de informa- idéia de organizar um Centro de Dados que vindo, pouco a pouco, a ser integradas. Ten-
ção que o IH vai acumulando, ano juntasse toda a informação georeferênciada e do-se começado pela introdução dos dados,
após ano? que, simultaneamente, permitisse o seu aces- trabalha-se também continuamente na manu-
so a todos os investigadores do IH, permitindo tenção das aplicações de suporte e carrega-
Informação que vai permitindo estu- cruzá-la e deste modo olhar a realidade duma mento, no controlo de qualidade em termos
dar a evolução de inúmeras variáveis, forma enriquecedoramente multidisciplinar. científicos dos produtos obtidos, de modo a
inclusivé a variação sazonal de mui- Ao contrário disto, note-se, o ensino compar- responder às solicitações internas do IH, da
tas delas, e que, logicamente interessa timentado por que enveredámos (1). Armada (2) e do Serviço Público através dum
Imagina uma Carta Náutica que não re-
criterioso sistema de Classificação da Infor-
preservar. Isto, em áreas tão diferen- flicta as diversas fontes do IH? mação (3) ao alcance de Utilizadores devida-
tes como na militar ou na civil, em Que à informação decorrente do seu tra- mente credenciados, via Servidores de dados
perspectivas que vão do planeamento balho externo e interno se soma toda a que da Intranet da Marinha, fisicamente separada
operacional ao acompanhamento de vai chegando e sendo difundida em ANs? do da Internet (www.hidrografico.pt) a que to-
Para integrar todos estes dados temos já o das as pessoas podem aceder.
situações de risco ambiental. SIGAMAR (Sistema de Informação Geo gráfica Neste servidor público estão, entre outras,
E que essa informação tanto pode inte- do Ambiente Marinho), o qual é sobretudo um informações relativa à previsão de altura de
ressar só a Portugal, como, por diver- SIG (Sistema de Informação Geográfica) com água para os portos nacionais (vulgo marés),
sas razões, também a outros países? recurso maciço a dados depositados em BD, alguns dados (em-tempo-quase-real) de on-
para a produção de cartas “ad hoc” que res- dulação (altura, período, direcção e tempe-
pondem a aspectos muito específicos de uma ratura da água do mar) lida directamente das
CENTRO DE DADOS determinada área de trabalho que tanto pode bóias ondógrafo em operação.
Só os sistemas de informação poderiam agi- ser do âmbito das operações navais como de A visualização, para além da consulta de
lizar tantos dados em tempo oportuno para a apoio a estudos de carácter científico ou até dados, exige o recurso a servidores de dados
elaboração de produtos que sirvam de apoio jurídico, como o estudo que até 2010 terá de (aplicações informáticas específicas) assim
ao planeamento e de suporte à decisão. Fe- estar pronto para sustentar as pretensões de como a manutenção dos servidores onde
lizmente, toda esta informação tem um ponto Portugal no que respeita à plataforma conti- correm, para além de ser ainda preciso as-
comum; a sua referência geo gráfica. nental para além das 200 milhas náuticas. segurar a manipulação de dados através de
Assim, não admira que tenha surgido a Com este propósito as bases temáticas têm ferramentas de edição.
Foto – Couto Soares
Instituto Hidrográfico – Instalações da Azinheira – vista aérea.
10 JULHO 2004 U REVISTA DA ARMADA