Page 227 - Revista da Armada
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D. Januário Torgal Ferreira em Timor-Leste
D. Januário Torgal Ferreira em Timor-Leste
ecorreu entre 9 e 14 de Abril, a visi- de Becora, Dili e realizaram-se os Sacramento de do pelo Capelão Licínio Silva, visitou a base da
ta do Bispo das Forças Armadas e de Iniciação Cristã (Baptismo, Primeira Comunhão e CF23 em Baucau, onde após um “briefing” e
DSegurança, D. Januário Torgal Ferrei- Crisma) por alguns elementos do Agrupamento, visita às instalações, realizou uma prelecção aos
ra, ao Agrupamento “Hotel” em Timor-Leste incluindo o baptismo de dois militares da Com- militares da Companhia, abordando variados as-
onde se encontra integrada a Companhia de panhia de Fuzileiros. Nesta ocasião também es- suntos, centrando-se contudo no nosso papel na
Fuzileiros nº 23. tiveram presentes o MGEN Chaves Gonçalves, ajuda à reconstrução deste país e da população
Do extenso programa constou, entre outras, a Comandante da Brigada Ligeira de Intervenção em geral. Do programa constou ainda um pas-
visita à posição ocupada pela CF23 em Baucau e o CFR FZ Dias da Silva, Chefe do Estado-Maior seio pela cidade de Baucau e visita a D. Basílio
e a Celebração Pascal em Dili. do Corpo de Fuzileiros, que igualmente se en- do Nascimento, Bispo de Baucau.
Assim no dia 11 de Abril, Domingo de Páscoa, contravam de visita ao Agrupamento. Z
decorreu a Celebração Pascal na Igreja Paroquial No dia 13 de Abril, D. Januário acompanha- (Colaboração da CF23)
Chegada à Unidade da CF23. Baptismo de um militar.
Publicada uma obra dedicada ao Bote dos Bacalhoeiros
Publicada uma obra dedicada ao Bote dos Bacalhoeiros
ntegrada nas Comemorações do Dia da Ma- vamente ao objectivo do seu trabalho sobre o dóri
rinha – 2004, realizou-se no passado dia 16 de disse que estas pequenas e humildes embarcações que
IMaio a bordo do NTM “Creoula”, atracado no facilmente se adaptaram ao método da pesca à linha uti-
Porto de Viana do Castelo, a apresentação do livro lizado nos bancos da costa leste da América do Norte do
“Um Pequeno Herói. O Dóri dos Bancos. Bote dos Canadá, começaram a ser adoptados pelos nossos navios
Bacalhoeiros” escrito pelo Capitão de Marinha Mer- da pesca do bacalhau nos finais do século dezanove. Até
cante António Marques da Silva. meados do século vinte continuaram a ser por nós utili-
O Presidente da Comissão Cultural da Marinha, zadas, constituindo o sustentáculo do renascimento da
CALM Leiria Pinto, iniciou o evento dando a conhe- grande pesca que se efectuou nos bancos da
cer aos presentes os principais dados biográficos do Terra Nova e ainda durante três décadas na
autor da obra, sublinhando as suas três décadas de costa oeste da Gronelândia.
embarque, período em que como piloto, imediato Esclareceu que no seu livro após uma
e comandante dos veleiros de pesca do bacalhau, breve resenha histórica faz uma detalha-
entre os quais o “Creoula”, realizou 20 campanhas da descrição do modo como se constrói
nos Bancos da Terra Nova, seguindo-se o comando um dóri em Portugal, tendo depois pro-
de navios de carga geral e porta-contentores. Foi su- curado dar uma ideia exacta da forma
blinhada também a dedicação do Comandante Marques da Silva não como era aparelhado a bordo dos navios
só ao modelismo naútico, através do qual tem trabalhos premiados em pelos pescadores, a quem por sorteio era
exposições da Academia de Marinha e exemplares da sua autoria em atribuído e que dele tomavam posse le-
Museus Marítimos, como também à escrita sobre temas relacionados gítima para toda a campanha de pesca.
com a pesca do bacalhau, dos quais a obra agora apresentada vem na Sintetizando, o Comandante Mar-
sequência das “Memórias dos Bacalhoeiros” publicada também pela ques da Silva terminou a sua exposição
Comissão Cultural quando do Dia da Marinha do ano passado. A con- declarando: não procurei neste livro fazer mais do que recordar um pequeno
cluir, o CALM Leiria Pinto dirigindo-se ao Comandante Marques da herói que sendo humilde e até esquecido, foi um fiel servidor dos homens que
Silva convidou-o a continuar a transmitir-nos, por escrito, os conhecimentos em determinada época e trabalho específico, o utilizaram na luta pela vida. Se
obtidos durante a sua vida no mar e afirmou que a Comissão Cultural da Ma- por vezes esses mesmos homens se esqueceram da sua pequenez e fragilidade e
rinha se sentiria muito honrada em publicar, no Dia da Marinha – 2005, mais o levaram a suportar situações às quais não conseguiu sobreviver, não o deve-
um dos seus trabalhos sobre a epopeia das campanhas do bacalhau. mos culpar porque ele nunca esqueceu a sua dimensão. Z
Seguiu-se a apresentação da obra pelo respectivo autor que relati- (Colaboração da Comissão Cultural da Marinha)
REVISTA DA ARMADA U JULHO 2004 9