Page 260 - Revista da Armada
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DIA DAS FORÇAS ARMADAS
DIA DAS FORÇAS ARMADAS
ealizaram-se em Viseu de 24 a 27 de ropeia, se multiplicam as iniciativas conducen- exigível às estruturas de comando e de forças,
Junho, as comemorações do Dia das tes à consolidação da respectiva componente bem como os limites dentro dos quais é pos-
RForças Armadas, que constaram de de segurança e defesa. sível utilizar a componente militar da Defesa
uma Exposição Militar, onde estiveram paten- A dinâmica dos acontecimentos tem ultra- Nacional (...)
tes ao público diversos equipamentos e foto- passado constantemente a evolução dos con- 2. Em segundo lugar, com a aprovação dos
grafias alusivas às actividades e operações dos ceitos que entretanto se procuram estabelecer, três documentos que indiquei, poderá iniciar-
três Ramos das Forças Armadas, Concerto pela colocando crescentes dificuldades de resposta se a revisão da Lei da Programação Militar, no
Orquestra Ligeira do Exército, no Adro da Sé aos países de menor capacidade económica e segundo semestre de 2004, de acordo com o
Catedral, em 25 de Junho, Concerto pela Ban- militar, senão mesmo dilemas. ciclo de planeamento em vigor. Esta revisão
da da Armada, no Rossio, em 26 de não terá implicações nos programas
Junho, Missa de Acção de Graças e já em execução, nem nos diversos
Sufrágio pelos Mortos das Forças Ar- programas estruturantes e de eleva-
madas na Sé Catedral, celebrada por da importância para as Forças Arma-
D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das das que estão em fase avançada de
Forças Armadas e de Segurança e ain- negociação (...)
da a Cerimónia Militar. 3. Em terceiro lugar, a reestrutura-
Presidida pelo Presidente da Re- ção do Estado-Maior-General das For-
pública e Comandante Supremo das ças Armadas, uma vez que, decorridos
Forças Armadas, Dr. Jorge Sampaio, onze anos desde a definição do seu
a Cerimónia Militar teve lugar no dia actual modelo – anos que se revela-
26 de Junho, contou com a presença ram muito ricos em termos de evolu-
do Presidente da Assembleia da Repú- ção, tanto ao nível nacional, como in-
blica, Presidente do Tribunal Constitu- ternacional – se acha ultrapassado na
cional, Ministro de Estado e da Defe- presente conjuntura (...)
sa Nacional, Ministro da Administração Interna, Nesta conjuntura, as opções de Portugal, 4. Em quarto lugar, passo a falar dos Coman-
Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, no plano militar, sublinho, centram-se nas se- dos Operacionais dos Ramos, referindo que está
Presidente do Tribunal de Contas, Secretário de guintes ideias: a ser estudada a instalação, em Monsanto, do
Estado da Defesa e Antigos Combatentes, Presi- Balancear a participação na NATO e na Comando Naval, que até agora tem funcionado
dente do Supremo Tribunal Militar, Bispo das FA União Europeia, evitando duplicações de no Comando da NATO de Lisboa, bem como
e de Segurança, entre outras altas individualida- meios entre as duas estruturas; do Comando Operacional das Forças Terrestres,
des civis e militares, nomeadamente o CEMGFA, Prestar uma contribuição para as duas or- actualmente localizado em Oeiras (...)
CEMA, CEME e CEMFA. ganizações proporcional aos recursos do País, 5. Em quinto lugar, prossegue o desenvol-
As Forças em Parada, com 800 militares, sob sem afectar os interesses especificamente na- vimento de diversos projectos de comunica-
o comando do CALM Vargas de Matos, eram cionais; ções e sistemas de informação obedecendo a
constituídas por Bloco de Estandar- uma visão conjunta sobre o Sistema
tes Nacionais, Companhia Mista do de Forças Nacional. Nele se incluem
Colégio Militar e Instituto Militar dos as forças a atribuir às NATO Respon-
Pupilos do Exército, Batalhão de Ca- se Forces que necessitam de intera-
detes da Escola Naval, Academia Mi- gir em rede com as suas congéneres,
litar e Academia da Força Aérea, Bata- segundo os modernos conceitos de
lhão da Marinha, constituído por uma operações (...)
Companhia dos Grupos 1 e 2 de Esco- 6. Em sexto lugar, Portugal vai as-
las da Armada e uma Companhia de segurar uma maior representação na
Fuzileiros, Batalhão do Exército, Bata- NATO e na União Europeia, e me-
lhão da Força Aérea, Banda e Fanfarra lhorar a sua capacidade de resposta
da Armada. a missões inopinadas, mediante uma
Uma bateria de artilharia de cam- redução das Missões Militares junto
panha (salvas), do Regimento de Ar- das Representações Diplomáticas
tilharia n.º 5, efectuou as Salvas de nacionais, onde existe, na presente
Ordenança ao Presidente da República e uma Aprontar e assegurar forças treinadas, equipa- conjuntura, alguma margem para a constri-
formação aérea composta por aeronaves F-16 das, acreditadas e interoperáveis, de acordo com ção dos gabinetes dos Adidos e, simultanea-
da Base Aérea n.º 5, sobrevoou o local durante os parâmetros da Aliança e com aqueles que se mente, de uma moderação dos gastos com a
a cerimónia de homenagem aos mortos efec- configuram para a União Europeia; EUROFOR.
tuando o simbólico “missing men”. Só assumir os compromissos internacionais 7. Por fim, a participação na revisão de estru-
No decurso da cerimónia militar procedeu- que possam ser cumpridos; tura de comandos da NATO e dos respectivos
-se à imposição de condecorações e o Almi- Finalmente, rentabilizar os recursos existentes quadros orgânicos, de que resultou a instala-
rante CEMGFA proferiu uma alocução, sen- através do estabelecimento de prioridades e de ção em Oeiras, no passado mês de Março, do
do de salientar: medidas de racionalização(...). Quartel General Conjunto e Combinado de Lis-
(...) Nestes doze meses verificaram-se profun- (...) No que se refere ao Estado-Maior-General boa e a localização, em Monsanto, em finais de
das alterações na situação internacional, desig- das Forças Armadas, passo a expor algumas das 2002, do Centro de Análise. Este sucesso resul-
nadamente no âmbito da Aliança Atlântica onde iniciativas em que está directamente envolvido: tou, numa primeira fase, de um claro empenha-
prossegue a mais rápida e profunda transforma- 1. Em primeiro lugar refiro a aprovação, em mento político e diplomático e, posteriormente,
ção de que há memória nas cinco décadas da Janeiro passado, do novo Conceito Estratégico de uma adequada articulação com os trabalhos
sua existência. Também, no plano da União Eu- Militar, que definiu o empenhamento máximo que se seguiram no plano militar (...) Z
6 AGOSTO 2004 U REVISTA DA ARMADA