Page 312 - Revista da Armada
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ENTREGA DE COMANDO
COMANDANTE DA ZONA MARÍTIMA DO NORTE
¬ No dia 19 de Abril, realizou-se nas Instalações dades para o seu comando e salientando que “esta
Navais da Boa Nova, Leça da Palmeira, a cerimó- acumulação de cargos permite corporizar a orientação
nia de entrega de comando ao novo Comandan- prescrita do CEMA e Autoridade Marítima Nacional
te da Zona Marítima do Norte, CMG Vargas de de “uma Marinha de duplo emprego”, em que a Com-
Matos e, simultaneamente, tomada de posse dos ponente Naval está estreitamente ligada com a Com-
cargos de Chefe de Departamento Marítimo do ponente da Autoridade Marítima, valorizando na sua
Norte, Capitão dos Portos de Douro e Leixões e complementaridade as capacidades Operativas e Logís-
Comandante Regional da Polícia Marítima, ren- ticas para o exercício da Autoridade do Estado no Mar
dendo o CMG Garcia Esteves. e na faixa litoral marítima, e potenciando as sinergias
A cerimónia, presidida pelo Comandante Na- orgânicas e funcionais endógenas da Marinha na pres-
val VALM Vargas de Matos em representação do tação do Serviço Publico que o Pais dela espera”.
CEMA e Autoridade Marítima Nacional, contou Por fim, o Comandante Naval usou da palavra,
com a presença do VALM DGAM/CGPM e de elogiando o Comando exercido pelo Cte cessante,
mais de uma centena de convidados, entre as desejou boa sorte ao novo Cte exortando-o a pri-
mais altas entidades civis e militares regionais, vilegiar o relacionamento institucional externo, a
Sua Excelência Reverendíssima o Bispo do Por- consolidar a imagem de rigor a que a Marinha
to e elementos do corpo consular acreditado no habituou os seus parceiros e a estar atento à orga-
Porto, para além de delegações do pessoal Mi- nização interna e à motivação das pessoas.
litar, Militarizado e Civil que presta serviço no A cerimónia encerrou com um almoço ofere-
Comando de Zona, Capitanias do DMN, Comandos da PM do Co- cido a todos os convidados.
mando Regional do Norte, e NRP’s “João Coutinho”, “Schultz Xa-
vier” e “Rio Minho”. O CMG Febo Nunes de Oliveira Vargas de Matos nasceu em Alhandra, frequen-
Após a condecoração a vários militares agraciados, o anterior Cte, tou o Colégio Militar, entrou para a Escola Naval, foi promovido a G/M em 1972.
Cumpriu comissões de embarque nos N.R.P.’s “Cacine” e “Oliveira e Car-
proferiu uma alocução a título de balanço da sua passagem pelos re- mo” como oficial imediato, N.R.P. “Cte João Belo” como Chefe do Serviço de
feridos cargos. Seguiu-se a leitura da O.D., começando pelo louvor e Artilharia e no N.R.P. “Álvares Cabral” como Chefe do Departamento de Ope-
imposição da Medalha de Prata de Serviços Distintos ao Cte cessan- rações. Comandou os N.R.P’s. “Quanza” e o “Bérrio”.
te, tendo sido evocado “o excelente relacionamento do Cte Garcia Esteves Em terra desempenhou funções de instrutor no CITAN, professor na E.N. e
com as Autoridades civis e militares da Região Norte, criando desta forma um os cargos de capitão do Porto de Peniche e 2º Comandante da Flotilha.
Em NOV04 comandou a Força de Reacção Imediata (FRI), integrando uni-
clima de franqueza, confiança e abertura institucional que muito facilita a re- dades dos três Ramos das FA’s, para a concretização do Exercício Lusíada 04
solução de problemas surgidos, nomeadamente no que respeita ao salvamento que decorreu em Porto Santo.
marítimo e à protecção civil, domínios que incluem a interligação de diversos Frequentou diversos cursos nas áreas Operacional, Técnica e de Formação,
organismos públicos”. em escolas nacionais e estrangeiras, dos quais se estacam o Curso de Especia-
Após o procedimento protocolar de rendição de Comando, o novo lização em Artilharia e os CGNG e Complementar Naval de Guerra. Ao longo
da sua carreira recebeu diversos louvores e condecorações.
Comandante proferiu também uma alocução, identificando as priori-
TOMADA DE POSSE
CHEFE DA REPARTIÇÃO DE OFICIAIS
¬ Em 30 Jun06 realizou-se, no gabinete do passo:...”considero que os recursos humanos são o
DSP, CALM Correia Gonçalves, a cerimónia bem mais valioso e importante da Marinha e que, em
de tomada de posse do cargo de Chefe da face das consabidas condicionantes inerentes à escas-
Repartição de Oficiais pelo CMG M Bonifá- sez daqueles recursos, se torna cada vez difícil com-
cio Lopes, em substituição do CMG M Hei- patibilizar as necessidades, interesses e objectivos
tor Cardoso. legítimos dos indivíduos com os da organização”.
Estiveram presentes o Director de Navios,
CALM Pais Loureiro, oficiais de diversos or- O CMG António José Bonifácio Lopes nasceu em
ganismos e unidades e os militares e civis que Aveiro, concluiu o curso de Marinha da EN e foi pro-
prestam serviço na DSP. movido a G/M em 1976. Especializou-se em Navega-
Das palavras proferidas pelo CALM DSP é ção, frequentou o CGNG e o Naval Command Course
no Naval War College da Marinha dos EUA.
de realçar:...”Não será fácil navegar em segurança numa conjuntura de con- Como oficial subalterno desempenhou cargos de Chefe do Serviço de Nave-
dicionantes, diversidades e especificidades. Penso, no entanto, que os “pontos gação a bordo de fragatas e do navio-escola “Sagres”, de Oficial Imediato de um
Conspícuos” estão bem identificados e constituem um referencial seguro para patrulha e de instrutor da cadeira de Navegação e Cálculos Náuticos na EN. De
chegar a bom porto”...”acho importante relembrar que vários documentos de 1984 a 1986 comandou o N.R.P. “Limpopo”.
hierarquia superior, como a Directiva de Política Naval e a Directiva Sectorial Como oficial superior, foi Chefe da Div. de Métodos e Material de Navegação
de Recursos Humanos, nos dão a conhecer a importância de que se reveste, para do IH, Oficial Imediato do N.R.P. “Álvares Cabral”, Chefe do Serviço de Instru-
ção e Treino da Flotilha, Comandante do N.R.P. ”Álvares Cabral” e Comandante
a imagem e prestígio da Marinha, a concretização com êxito dos grandes pro- da Esquadrilha de Escoltas Oceânicos. Também, em acumulação, exerceu os car-
jectos em curso. Os mesmos documentos transmitem-nos também, de modo gos de CEM e de Comandante do Grupo-Tarefa Naval português. Das missões
claro, os objectivos essenciais a atingir, demarcam as grandes áreas de interven- embarcado destacam-se duas participações no OST da Royal Navy, as operações
ção e identificam as linhas de acção a seguir no âmbito da gestão dos recursos na Guiné-Bissau e as funções, por duas vezes, de navio-chefe do Comando por-
humanos colocados ao dispor da Marinha”. tuguês da STANAVFORLANT.
Por último, no uso da palavra, o empossado referiu a dado Da sua folha de serviços constam vários louvores e condecorações.
22 SETEMBRO/OUTUBRO 2006 U REVISTA DA ARMADA