Page 7 - Revista da Armada
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valia pode e deve ser devidamente reco-  própria, a instalar, atenta a diversidade e   incluem-se a (a) “garantia do 12º ano de escolarida-
          nhecida e creditada. Por outras palavras,  especificidade de funções e tarefas atribuí-  de como referencial mínimo de formação, apostan-
                                                                               do no reforço e diversificação das ofertas formativas
          a certificação da qualificação do pessoal  veis, logo de experiências profissionais,
                                                                               de dupla certificação, no alargamento do sistema
          da Marinha não se deve cingir aos pro-  designadamente dos sargentos e praças.  de Reconhecimento, Validação e Certificação de
          cessos formativos formais, no contexto do   Aprofundamento e reforço da quali-  Competências e na expansão da oferta de cursos
          SFPM, mas abarcar, igualmente, outras  dade da formação, manutenção e alarga-  de educação e formação de adultos”; e (b) “o refor-
                                                                               ço do sistema de educação e formação, no quadro
          vias, como a do reconhecimento e vali-  mento da acreditação, homologação dos
                                                                               da aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente
          dação de competências desenvolvidas  cursos e certificação das qualificações,   através das condições necessárias para a transparên-
          em contexto de trabalho, no exercício de  pela via da formação ou da experiência,   cia das qualificações, da promoção da qualidade e da
          cargos e funções.                 em articulação com o sistema de educa-  eficiência dos sistemas de educação e formação e da
            Para tal, tem-se como essencial: (a) di-  ção, eis pois alguns dos eixos prioritários   diversificação das oportunidades de aprendizagem
                                                                               e do desenvolvimento de novas metodologias ALV,
          namizar o recurso às capacidades já ins-  no enfoque do esforço a que, na Marinha   contribuindo activamente para a profissionalização,
          taladas, concretamente no Centro Naval  e no SFPM em particular, será dada con-  especialização e reforço da qualidade e eficácia das
          de Ensino a Distância (CNED), para re-  tinuidade no futuro próximo.   intervenções formativas” - in Acordo Interministerial
          conhecer, validar e certificar habilitações                       Z   (MDN-MTSS-ME) nas áreas da Educação e Formação
          escolares a partir da experiência profis-         J. A. Vilas Boas Tavares  no âmbito da Defesa Nacional (30MAI06).
                                                                                3
                                                                                  A Direcção do Serviço de Formação e a totali-
          sional e de vida, e ampliar, de uma for-                      CALM   dade das escolas e centros de formação (instrução)
          ma efectiva, a capacidade de intervenção   Notas                     integrantes do SFPM: - Centro de Educação Física da
          do CNED, enquanto Centro de Reco-   1  “Prosseguir a política de qualificação do pessoal,   Armada, Centro de Instrução de Helicópteros, Cen-
          nhecimento, Validação e Certificação de   consolidando a qualidade e a abrangência do ensino e da   tro de Instrução do Pessoal do Quadro do Pessoal
          Competências (CRVCC) até ao 12º ano   formação profissional ministrada na Marinha” (Direc-  dos Estabelecimentos de Marinha, Centro de Táctica
                                                                               Naval, Escola de Fuzileiros, Escola de Hidrografia e
                                            tiva nº 001/06, 15FEV06 – DPN06, Linhas de acção
          de escolaridade; e (b) orientar e apoiar   de comando e administração superior); “Prosseguir   Oceanografia, Escola de Mergulhadores, Escola de
          o pessoal da Marinha na candidatura ao   a estruturação em novos moldes dos sistemas de ensino e   Tecnologias Navais, Escola de Submarinos.
          reconhecimento, validação e certificação   formação profissional da Marinha, adequando-os às no-  4  Despacho de 01JAN06 do Ministro da Defesa
          de competências profissionais, ou seja,   vas necessidades e aperfeiçoando a sua articulação com   Nacional, suportado em parecer técnico do Institu-
          no recurso aos dispositivos de RVCC já   os sistemas nacionais de ensino e formação através, desi-  to para a Qualidade da Formação (IQF), IP (Parecer
                                            gnadamente, de processos de acreditação e de certificação
                                                                               de 27JUN06 - Processo nº 3632).
          existentes, ou ainda, desejavelmente, a   formais” (DRSH, 15ABR06).   5  Alguns dos cursos do SFPM, em áreas específi-
          uma capacidade de RVCC – profissional   2  Nas medidas para a consecução desse objectivo   cas, possuem já reconhecimento externo.



             NOVO CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL
             NOVO CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL

                                  DAS FORÇAS ARMADAS
                                   DAS FORÇAS ARMADAS
               o final da manhã do passado dia 5 de Dezembro na sala  promisso” da parte do país, de forma a possibilitar o “eficaz cumprimento
               dos Embaixadores do Palácio de Belém, o Presidente da  das missões que lhe são cometidas” numa fase marcada por “transfor-
         NRepública, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, presidiu à  mações profundas”. Entre estas referiu o “esforço de modernização do
         cerimónia de tomada de posse do novo Chefe do Estado-Maior  país” e a articulação necessária entre os três ramos das Forças Arma-
         General das Forças                                                                     das, o Exército, a Ma-
         Armadas, General                                                                       rinha e a Força Aérea.
         Luís Vasco Valença                                                                     Os diversos órgãos de
         Pinto, que substitui                                                                   soberania devem con-
         no cargo o Almiran-                                                                    vergir esforços neste
         te Mendes Cabe-                                                                        sentido, garantindo o
         çadas.                                                                                 efectivo apoio à acção
           Estiveram presen-                                                                    de comando das chefias
         tes na cerimónia o                                                                     e as condições requeri-
         Vice-Presidente da                                                                     das para o normal fun-
         Assembleia da Re-                                                                      cionamento das Forças
         pública, em repre-                                                                     Armadas...”.
         sentação do seu Pre-                                                                     Seguidamente, o
         sidente, o Primeiro                                                                    novo CEMGFA no
         Ministro e diversos                                                                    uso da palavra fez
         membros do Go-                                                                         referência à “con-
         verno, Presidentes                                                                     dição militar”, de-
         dos Supremos Tri-                                                                      finindo-a como “um
         bunais, Chefes de                                                                      valor que não implica
         Estado-Maior dos                                                                       necessariamente uma
         três ramos das Fo-                                                                     fileira de privilégio”
         ças Armadas, actuais e antigos, representantes dos partidos po-  mas que determina um “tratamento específico”, bem como um “estatuto
         líticos, diversos oficiais Generais e muitas outras entidades civis  próprio singular” para os militares. Observou ainda, que a estes se
         e militares, e elementos das casas Civil e Militar da Presidência  impõe “em todas as situações, uma exigência estrita no plano da ética,
         da República.                                        das atitudes e dos comportamentos...”.
           Após a tomada de posse, usou da palavra o Presidente da Repú-  A cerimónia terminou com uma sessão de cumprimentos.
         blica que referiu: “a perenidade das Forças Armadas exige um” com-                                    Z
                                                                                       REVISTA DA ARMADA U JANEIRO 2007  5
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