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Força de Fuzileiros regressa do Congo*
              Força de Fuzileiros regressa do Congo*

         A                                    e pelo Comando Superior, como o comprovam as
              Força de Fuzileiros que participou na Mis-
              são EUFOR RDC (Missão da União Europeia  informações e as referências elogiosas que foram
              na República Democrática do Congo), que  chegando durante o decorrer da missão, bem como
         teve como objectivo apoiar as forças da MONUC  as condecorações de que foram alvo vários dos seus
         (Missão das Nações Unidas na República Demo-  militares, que por iniciativa do Combined Joint Spe-
         crática do Congo), durante o processo eleitoral na-  cial Operations Task Force (CJSOTF) junto do Minis-
         quele País, regressou ao território nacional no dia  tério da Defesa Francês, foram condecorados com
         2 de Dezembro de 2006, juntamente com o Des-  a Medalha da “Défense Nationale”, graus ouro (um
         tacamento do C-130 da Força Aérea Portuguesa. O  militar), prata (dois militares) e cobre (seis militares).
         processo eleitoral decorreu em 30 de Julho (1ª volta)  A TU dos Fuzileiros teve também uma acção huma-
         e em 29 de Outubro (2ª volta), tendo sido concluí-  nitária de relevo, ao doar alimentos e medicamentos
         do com a aceitação dos resultados eleitorais pelo  a várias instituições de solidariedade social e religio-
         candidato derrotado, Jean Pierre Bemba, em 28 de  sas, em coordenação com a Organização Mundial
         Novembro, que reconheceu a vitória do Presiden-  “Lions Club International”, tanto em Libreville como
         te Joseph Kabila.                    em Port-Gentil, nomeadamente o Centro de Leprosos
           Durante estes últimos 5 meses e meio, os 33 ele-  – Jean Violas, a Instituição Religiosa Sainte Téréze e a
         mentos, estacionados conjuntamente com o Coman-  Instituição Religiosa Cocotierf.
         do da Componente de Operações Especiais, em Port   A retracção da TU realizou-se faseadamente, tendo
         Gentil, Gabão, o National Support Element (NSE),  após o regresso do grosso do contingente a Portugal,
         colocado no Force Headquarters Rear, em Librevil-  permanecido uma equipa em Port Gentil / Librevil-
         le, Gabão, e o representante nacional na estrutura do  le a preparar o embarque do material, armamento e
         Special Operations Liaison Element Cell (SOLE) es-  viaturas no NM Kilcoe, garantindo simultaneamente
         tacionado junto do Force  HQ, Kinshasa, levaram a  a sua segurança no local e no regresso. Os restantes
         cabo com excelentes resultados um significativo nú-  elementos desta equipa de segurança, juntamente
         mero de Exercícios e Missões, tanto no Gabão, como  com o SOLE e o NSE, regressaram ao País respectiva-
         na República Democrática do Congo. De salientar  mente em 3, 8 e 11 de Dezembro, tendo esta fase de
         que o NSE foi conjunto tendo existido elevada cola-  retracção sido concluída com a chegada ao Porto de
         boração entre os militares do Corpo de Fuzileiros (1  Setúbal do navio com o material embarcado.
         Oficial Administração Naval e 1 Sargento Fuzileiro)   Realça-se que todo o apoio logístico foi coordena-
         e os militares da Força Aérea Portuguesa.  do pelo Comando do Corpo de Fuzileiros (CCF), de
           É de realçar que a Força de Fuzileiros participou  acordo com o Plano JADE ( Plano de Apoio Logístico
         no Gabão e na RDC, em seis exercícios conjuntos  a Forças de Fuzileiros Destacadas Individualmente ou
         com outras Forças de Operações Especiais, com es-  Integradas em Forças Internacionais ), aprovado em
         pecial incidência no Reconhecimento Especial, Ac-  19 de Julho de 2006, pelo Comandante Naval, Super-
         ções Directas e Paraquedismo. Foi ainda efectuado  intendente dos Serviços do Pessoal, Superintendente
         um treino especial de adestramento na selva, em Cap  dos Serviços do Material e pelo Superintendente dos
         Esterias, no Centro de Treino de Selva em Floresta  Serviços Financeiros.
         Gabonesa, sob supervisão de formadores Franceses   Com o final da Missão, foram desactivados em 4
         e que constituiu uma mais valia na qualificação do  de Dezembro, o Centro de Situação Operacional do
         nosso pessoal.                       Estado Maior do CCF e a célula de Intel do Centro
           De referir também que, a Task Unit (TU), foi projec-  de Informações Operacionais da Marinha, sendo de
         tada para Kinshasa, com os seus meios de mobilidade  realçar o excelente trabalho realizado pelos milita-
         orgânica, em quatro ocasiões diferentes, tendo ocor-  res envolvidos.
         rido duas delas após os confrontos de Agosto e mais   Tendo constituído a 1ª projecção duma Força Ex-
         recentemente em finais de Novembro. Efectuou ac-  pedicionária de Fuzileiros, feita pela Marinha, sem
         ções de reconhecimento aéreo e terrestre bem como  recurso a meios navais, é intenção do Comando do
         patrulhas motorizadas e aéreas, actuando como Força  Corpo de Fuzileiros realizar em 26 de Janeiro de
         de Reacção Imediata do Comando da Componente  2007, um Debriefing, com todos os principais inter-
         de Operações Especiais. Foi a TU com o maior em-  venientes, sobre esta Missão com enfoque nos ensi-
         penhamento operacional e a única a ser projectada  namentos e lições aprendidas.
         isoladamente em Kinshasa.                                              Z
           O desempenho da Força foi sempre muito efi-  * Ver RA 401 SET/OUT 06.
         ciente e amplamente reconhecido pelos seus pares   (Colaboração do Comando do Corpo de Fuzileiros)
















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