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A reestruturação do Estado-Maior da Armada

Todas as instituições necessitam adaptar as respectivas organizações aos desafios externos e internos, com o objectivo de ga-
       rantir a eficácia e a eficiência do seu funcionamento, no cumprimento das missões que lhes estão atribuídas. Foi justamente
       a necessidade de prestar um melhor apoio à tomada de decisão do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada/Autorida-
de Marítima Nacional (CEMA/AMN), que evidenciou a importância de reestruturar o Estado-Maior da Armada (EMA), com dois
objectivos fundamentais:

  Adequar a capacidade para realizar uma intervenção mais dinâmica na gestão estratégica da Marinha; potenciar os recursos hu-
manos atribuídos, as infra-estruturas existentes e os processos desenvolvidos no EMA.

  Os primeiros passos da reestruturação tiveram lugar no final de 2008. Foram realizados a partir de um estudo interno sobre a or-
ganização existente, apresentada na Figura A., composta por seis divisões, bem como gabinetes e órgãos de apoio.

  Esse estudo permitiu identificar as principais limitações do EMA no desempenho das tarefas de gestão estratégica, nomeadamen-
te, no que respeita à análise de situação, à formulação, à operacionalização e ao controlo transversal das actividades da Marinha.

  Também contribuiu para evidenciar a dispersão e segmentação dos recursos humanos, bem como a desadequação parcial das
infra-estruturas e as deficiências nos processos internos do EMA. O estudo exigiu um total de 750 horas de trabalho e foi concluí-
do em Maio de 2009.

  Figura A

  Para conferir à reestruturação do EMA a concisão, a profundidade e a fundamentação necessárias, teve lugar um estudo comple-
mentar, entre 19 de Junho e 20 de Julho de 2009, envolvendo 1230 horas de trabalho, durante as quais uma equipa de projecto de-
senvolveu as seguintes acções:

  – Análise de todos os elementos do estudo inicial;
  – Condução de entrevistas aos chefes de divisão;
  – Desenvolvimento de um projecto organizacional focalizado na introdução de melhores práticas para a gestão estratégica;
  – Avaliação das necessidades de recursos humanos, de adaptação das actuais infra-estruturas e de reconfiguração de processos

    internos do EMA, perante um novo projecto organizacional;
  – Apresentação e discussão, com todos os oficiais do EMA, das hipóteses alternativas para a reestruturação do EMA;
  – Enunciação das vantagens, desvantagens e das novas incumbências das futuras divisões;
  – Entrega do relatório final.
  Tendo por base o relatório final, foram apresentadas quatro hipóteses de reestruturação do EMA, reflectindo diferentes organiza-
ções, com níveis distintos de agregação departamental. No essencial, essas hipóteses consideraram o desenvolvimento de estrutu-
ras variáveis, compostas por três a cinco divisões, dois gabinetes e cinco órgãos de apoio.
  Por determinação do Almirante CEMA/AMN, ouvido o Conselho do Almirantado, foi dado início à implementação da reestru-
turação do EMA, a partir do dia 1 de Janeiro de 2010, segundo um plano faseado.
  A sua primeira fase, que neste momento decorre, é apresentada na figura B. Esta, reflecte a criação da Divisão de Relações Exter-
nas, a partir da agregação de secções das Divisões de Operações e de Informações, bem como do Gabinete para a Cooperação. Para
além disso, a Divisão de Planeamento integrou secções das anteriores Divisões de Informações e Operações e a Divisão de Comu-
nicações e Sistemas de Informação. Esta fase inclui, ainda, a criação do Gabinete de Coordenação Interna e do Centro de Documen-
tação, bem como a transferência de actividades para outros sectores da Marinha, em função da especificidade das mesmas.
4 ABRIL 2010 U REVISTA DA ARMADA
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