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“Política de Defesa Nacional e Estratégia Militar”
Modelo de Elaboração
No passado dia 17 de Fevereiro, no anfiteatro “Ar- so à imaginação criativa e à experiência pessoal, dos
tur Ivens Ferraz“ do Instituto de Estudos Superio-
res Militares (IESM), foi apresentado o novo livro, conceitos operacionais da elaboração estratégica, com
o 12.º, do CALM António Silva Ribeiro. A apresentação
do autor e a introdução ao tema foi feita pelo anfitrião, os procedimentos proporcionados pelas regras básicas
VALM Álvaro Sabino Guerreiro, Director do IESM. A
Dra. Alice Feiteira, em nome da editora Diário de Bor- e pelas técnicas aplicadas em conhecidos modelos de
do e da Revista Segurança e Defesa, explicou porque se
associaram ao projecto. elaboração política, de planeamento estratégico e de
O CALM Silva Ribeiro apresentou o seu livro perante gestão estratégica. Na estrutura do modelo proposto
uma plateia repleta de distintas personalidades civis e mi-
litares, salientando-se a presença do Almirante CEMA. evidenciam-se as principais fases e os respectivos ci-
No livro, com prefácio do Prof. Doutor Adriano Mo- clos e etapas.
reira, que também se encontrava presente, o autor, com
autoridade académica, propõe um novo modelo para a elaboração da Relativamente à utilidade do livro, o CALM Silva Ri-
Política de Defesa Nacional e da Estratégia Militar, em virtude do mo-
delo actual estar afectado por diversas deficiências conceptuais e pro- beiro disse que gostaria que fosse útil numa próxima
cessuais. A sua proposta resulta de uma articulação lógica, com recur-
revisão do articulado da Lei de Defesa Nacional (LDN).
Por certo, também será muito útil para apoiar o trabalho
diário de todos aqueles que, por razões académicas ou
profissionais, têm de investigar ou formular a política de
defesa nacional e a estratégia militar portuguesa. Seguramente, a obra
também não passará despercebida aos gestores e administradores, de
grandes empresas e organizações, que têm de planear o futuro perante
um ambiente competitivo com enormes desafios. Z
O primeiro motor do Fotos CTEN António Gonçalves
navio-escola “Sagres”
Oantigo motor do navio-escola “Sagres” está de novo em exposição, para fruição dos visitantes do
Museu de Marinha, após 25 anos no apoio à formação no pólo de Vila Franca de Xira da Escola
de Tecnologias Navais (antigo Grupo Nº 1 de Escolas da Armada – G1EA, actual ETNA).
Decorrente do processo de Reordenamento do Parque Escolar, que culminou com a transferência
dos Departamentos de Propulsão e Energia (antiga Escola de Máquinas) e com o Departamento de Ad-
ministração e Logística (antiga Escola de Abastecimento) para o Alfeite, e consequente encerramento
do pólo, a ETNA tomou a iniciativa de encetar os caminhos necessários à preservação deste emble-
mático motor, como elemento de valor histórico a preservar. Em estreita coordenação com o Museu
de Marinha, o motor do navio-escola “Sagres” foi enviado para as instalações da MAN (Machinenfa-
brik Augsburg-Nürnberg) Diesel Portugal - Sapec Bay, em Setúbal, que gentilmente se disponibilizou
para fazer a sua beneficiação, para que posteriormente, fosse cedido a título definitivo ao Museu de
Marinha, a fim de enriquecer o núcleo de elementos histórico-industriais navais.
Este motor da marca MAN (750 hp) esteve ao serviço da “Sagres”, de 1937 a 1991, tendo sido
substituído por um outro da marca MTU (1000 hp).
Z
Projecto “Limpar Portugal”
AMarinha participou, em 20 de Março, no pro- Comando das actividades e uma força de escalão
jecto “Limpar Portugal” no concelho de Al-
mada, com 33 elementos. Este projecto nas- Pelotão com um Oficial de Ligação.
ceu de uma iniciativa pessoal, na defesa pela causa
de ter um país mais limpo, angariando diversos Esta acção começou de manhã com a Força de
apoios da população, bem como de instituições.
Fuzileiros a montar da tenda no Centro Sul, onde
Neste apoio e em resposta a uma solicitação do
movimento, a Marinha respondeu de forma pronta, ficou centrado o comando e controlo das activida-
dando o exemplo neste acto de cidadania que de-
correu a nível nacional, com a participação multi- des desenvolvidas pela Marinha e de coordenação
facetada que apresentou, ao apoiar com meios e militares do Corpo de
Fuzileiros e meios da Direcção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM) de todas as actividades.
– Combate à Poluição e da Direcção de Transportes. O CF apoiou com
três viaturas pesadas de carga (uma basculante, uma com braço-grua e As acções de limpeza efectuadas tiveram es-
outra normal), duas viaturas de apoio (um jipe e um mini autocarro), uma
máquina com pá (manitou), uma tenda insuflável para apoio ao Posto de pecial ênfase no Bairro Social do Alfeite, em Vale
Flores (próximo do Almada Fórum), na Sobreda e
por último na Trafaria.
Durante este dia, o PC foi visitado por diversas entidades que expres-
saram publicamente o seu agrado pela forma pronta como respondeu
ao pedido e pela vontade demonstrada nos militares em participar neste
acto de cidadania nacional. Z
(Colaboração do COMANDO DO CORPO DE FUZILEIROS)
REVISTA DA ARMADA U MAIO 2010 31