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Comemorações do Cinquentenário da entrada
para a Escola Naval do curso “Nuno Tristão”
As comemorações decorreram num alargado período de uma breve visita às instalações, seguiu-se o almoço na camarinha do
te mpo (maio a outubro), com visitas ao Comando Naval Comandante, pretexto para animado convívio que terminou com o
(NRP D. Francisco de Almeida, NRP Tridente e NRP Viana do corte do “bolo de aniversário”, seguido das “Reais Salvas Artilheiras”.
Castelo), à Escola de Tecnologias Navais e ao Instituto Hidrográfico.
A homenagem ao patrono do Curso realizou-se no Museu de Mari-
O culminar das actividades ocorreu nos dias 27 e 28 de Outubro de nha, com a deposição de uma coroa de flores, junto à estátua de Nuno
2011. Foram dois dias plenos de
recordações e de renovadas ma- Tristão, e a evocação da última
nifestações de sã camaradagem. viagem do navegador que o le-
vou às costas da Guiné.
A tradicional visita à Esco-
la Naval (EN), à qual se asso Na Igreja da Memória foi ce-
ciaram alguns ex-professores lebrada uma eucaristia pelos ca-
e representantes dos cursos maradas já falecidos, com a par-
“D. Lourenço de Almeida”, ticipação de muitos elementos
“D. João I”, “Luís de Camões” do Curso e familiares.
e do “4º CEORN”, teve início
com a assinatura do Livro de O epílogo das comemorações
Honra, em que o chefe do Cur- ocorreu com um jantar efetua
so deixou algumas palavras do nas Instalações da Messe
e os 54 NT’s marcaram a sua de Cascais (Farol da Guia). A
presença, tendo também sido intensidade e significado que
distribuída a medalha come- marcou de forma expressiva os
morativa. 85 convivas contou com o em-
penhado contributo de muitas
Na “aula”, o Comandante da “caras-metades” que a ele se
EN apresentou a “Escola tal como é hoje e os desafios que se perspeti- associaram.
vam” e o chefe do Curso dissertou sobre o tema “Reflexões sobre o Siste- O fado “Nuno Tristão”, cantado e acompanhado pelos que, em sau-
ma Marítimo-Portuário”, intervenções que suscitaram o maior interesse. dosos tempos, nos deleitavam com as canções dos anos 60, constituiu-
-se, com a sua primeira audição, como oportuno tributo à canção que,
Após a fotografia do grupo, chegou-se ao momento alto do encon- entretanto, viria a ser declarada Património Imaterial da Humanidade.
tro, em que foram prestadas Honras Militares pelo Corpo de Alunos, Depois... depois, foi o encerramento das comemorações. Outras se
formado na parada. seguirão, com a certeza de constituirem sempre momentos de agradá-
vel convívio e de saudosas recordações.
O chefe do Curso fez uma curta exortação abordando o importante
tema da “liderança”.
Descerrada a placa comemorativa no átrio do internato e efectuada Colaboração do CURSO “NUNO TRISTÃO”
Lançamento do Livro
A Batalha Naval do Cabo de São Vicente
No passado dia 20 de outubro, pelas panhas Navais 1793-1807 e 1808-1823.
18h30, realizou-se no pavilhão das Ga- Na apresentação do livro o VALM Fonseca
leotas do Museu de Marinha a cerimó- destacou, entre outros aspetos, o facto de se ter
nia de lançamento do livro ABatalha Naval do travado, por iniciativa dos liberais, um com-
Cabo de São Vicente 1833. AMarinha Portugue- bate de abordagem, ao contrário do esperado
sa nas Guerras Liberais, da autoria do CMG duelo de artilharia para que a frota miguelista
Rodrigues Pereira. se preparara.
No final, o autor falou nas origens deste tra-
Presidiu à sessão o CALM AN Bossa Dioní- balho, uma investigação iniciada para uma sé-
sio, Diretor do Museu de Marinha. Na mesa rie de conferências no ISNG sobre a influência
estavam ainda, além do autor, o Dr. Pedro de do Poder Naval nas Lutas Liberais, recordando
Avillez, da editora Tribuna da História, e o VALM uma afirmação de Oliveira Martins em Portu-
Henrique da Fonseca, que apresentou o livro. gal Contemporâneo, frase, aliás, com que termi-
na o livro:
Presentes ainda diversos oficiais generais da “Estrategicamente, a vitória naval de Napier
Armada de que se destacam o Diretor-Geral era a decisão da guerra. Sem navios, D. Miguel
do IH, o Superintendente dos Serviços do Ma- não poderia vencer num país que é uma faixa
terial, o Diretor de Infraestruturas, além de vá- litoral.”
rios oficiais do curso do autor. Estiveram ainda O autor terminou a sua intervenção agrade-
presentes a presidente e uma vogal do Conselho cendo ao editor a confiança depositada para a
de Administração do Porto de Lisboa; o gene- elaboração deste livro, ao apresentador a sua disponibilidade e ainda
ral CEMGFA e o almirante CEMA fizeram-se a presença de todos os que tinham comparecido naquela cerimónia.
representar nesta cerimónia. No final foi servido um Setúbal de honra e houve a habitual ses-
são de autógrafos.
Depois das palavras de boas vindas do Diretor do Museu, o Dr. Pedro
deAvillez ressaltou o facto de este livro ser o 32º na colecção Batalhas de
Portugal em que o autor já participou com os dois volumes das Cam-
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