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REVISTA DA ARMADA | 496
ENTREGAS DE COMANDO
SEGUNDO-COMANDANTE DO CORPO DE FUZILEIROS
No dia 30 de março tomou posse do blinhou que assume o cargo com mo- O CMG Carlos Teixeira Moreira nasceu em
cargo de Segundo-comandante do Cor- tivação e sentimento da exigência pe- Alfena, Concelho de Valongo, no Porto, a 7
po de Fuzileiros o CMG FZ Carlos Teixei- rante o processo transformacional que de abril de 1958.
ra Moreira, rendendo no mesmo o CMG o Corpo de Fuzileiros atravessa. Vincou
FZ António da Silva Campos. A cerimónia a exigência de lealdade e a escolha do Alistou-se na Marinha em setembro de
decorreu no Salão Nobre do Comando do rumo visando os interesses da institui- 1979, frequentou o Curso de Oficiais da Re-
Corpo de Fuzileiros (CCF) sendo presidi- ção em detrimento dos eventuais inte- serva Naval, classe de Fuzileiros, na Escola de
da pelo Comandante do Corpo de Fuzilei- resses individuais. Fuzileiros (EF) e de 1983 a 1986 frequentou na
ros, contra-almirante Sousa Pereira. As- Escola Naval (EN) o Curso de Oficiais Fuzileiros.
sistiram à cerimónia deputações das di- No seu discurso, o Comandante do
versas unidades, órgãos e Estado-Maior Corpo de Fuzileiros, referiu-se ao co- Ao longo da carreira desempenhou fun-
do Corpo de Fuzileiros. mandante cessante como tendo sido um ções de comando aos diversos escalões da
grande apoio e pilar indiscutível do pro- estrutura operacional das unidades de fuzilei-
No uso da palavra, o novo Segundo- cesso de transformação em curso, vin- ros, destacando-se as de Comandante do BF
comandante do Corpo de Fuzileiros su- cando a sua lealdade, honestidade de 2 e, por inerência, do BLD, força-tarefa que in-
procedimento e coragem. Afirmou tam- tegra o SFN. É comandante da EF desde 2011.
bém contar com o Comandante Moreira
para continuar a atual tarefa reformista Foi docente na EN e formador na EF. Em
bem como na liderança do funcionamen- 1995 liderou a tarefa de edificação operacio-
to interno que terá na figura do Segundo- nal da 1ª Companhia de Fuzileiros da Mari-
comandante a sua principal base, como o nha de Guerra Angolana.
gestor e coordenador das atividades do
Corpo de Fuzileiros. Foi ainda Chefe da Missão de Monitores
em Sarajevo, no âmbito da missão de moni-
No final, os comandantes cessante e tores (ECMM) para os Balcãs, da então CEE
empossado, foram cumprimentados por e de Observador Militar em Timor-Leste na
todos os presentes, seguindo-se um al- UNMIT, onde assumiu as funções de Chefe
moço com os Comandantes das Unidades de Equipa de Díli e posteriormente as de De-
de Fuzileiros. puty do Military Liaison Group.
Foi promovido ao posto atual em dezem-
bro de 2010.
Das várias ações de formação, destacam-se
as de Operações Anfíbias (USMC) e de Trans-
missões e Estado-Maior (IAEM). É licenciado
em Relações Internacionais, Auditor do Curso
de Defesa Nacional e persegue a obtenção do
grau de Mestre em Estudos Africanos.
NRP ANTÓNIO ENES
No passado dia 11 de dezembro, rea- navio. Comandá-lo foi um privilégio, O CTEN João Álvaro dos Santos Folgado
lizou-se a bordo do NRP António que abracei com a máxima dedicação, Bargado, ingressou na EN em 1989, tendo
Enes a cerimónia de entrega do coman- empenho e brio.”; sintetizou ainda as sido promovido a GM em 1994.
do do navio, presidida pelo CALM Sil- diversas acções desenvolvidas durante
vestre Correia, 2º Comandante Naval e o seu comando. Especializou-se em Operações Anti-sub-
Comandante da Flotilha. Assistiram à marinas, em 1996, tendo ainda frequen-
cerimónia diversas entidades da Mari- O comandante empossado, CTEN Fol- tado vários cursos de aperfeiçoamento na
nha, do Arsenal do Alfeite S.A. e convi- gado Bargado, após assumir o coman- área de operações navais, o Curso de Ges-
dados civis. do, usou também da palavra salientan- tão Civil de Crises pelo Instituto de Defesa
do que “Dezasseis dos meus vinte anos Nacional e o CGNG.
A cerimónia iniciou-se com o discur- de Oficial de Marinha foram passados
so do Comandante cessante, CTEN Coe- a servir diretamente a esquadra, onde Desempenhou funções de Oficial de
lho Gomes, onde este referiu que “(…) realmente me sinto “em casa”, (…) foi Quarto à Ponte nos NRP Jacinto Cândido
com amargo na boca, é que irei entre- com enorme satisfação que recebi a e João Roby, ocupou os cargos de Chefe
gar o Comando deste extraordinário notícia que essa ligação vai manter-se do Serviço de Operações Anti-submarinas
(…)”. Dirigiu-se ainda à guarnição lem- nos NRP Afonso Cerqueira, Comandante
brando que “Pertencemos ao conjunto João Belo e Álvares Cabral, e Imediato nos
mais importante da nossa Marinha, os NRP Cte Sacadura Cabral, Bérrio e Vasco da
navios, pois são estes que materiali- Gama.
zam, no dia-a-dia, aquilo que são os de-
veres e obrigações da nossa organiza- Exerceu o cargo de Oficial de Operações
ção para com o estado português (…)”. em vários estados-maiores embarcados de
forças navais nacionais e internacionais.
No final da cerimónia, o Comandan-
te da Esquadrilha de Escoltas Oceânicos, Participou em diversas operações, des-
CMG Gonçalves Alexandre, dirigiu algu- tacando-se, Operação Tarrafo, na Guiné
mas palavras ao Comandante empossado Bissau em 1999, “Active Endeavour”, inte-
e ao comandante cessante. grando a Força Naval Permanente da NATO
no combate ao terrorismo no Mediterrâ-
neo Oriental em 2004, e ATALANTA, inte-
grando a Força Naval Europeia (EUNAV-
FOR) no combate à pirataria na costa da
Somália e Golfo de Áden em 2011.
Foi Comandante de Companhia na EN,
formador de operações nas Escolas de In-
formações e Combate e Armas Submari-
nas do G2EA e no CITAN, e Coordenador
de Treino no Centro Integrado de Treino e
Avaliação Naval.
22 MAIO 2015