Page 132 - Revista da Armada
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Reportagem








            ORDEM
            DA  TORRE  E ESPADA
            PARA  OS  -FUZOS.                                                                                         •
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               2.t de Fc,crciro de  1985.  Era um do-                                                                ,
            mingo cinzento. embora de temperatura
            amena. Em Vale de Zebro. na Escola de                                                                     ,
            Fuzileiros.  llguardava-sc  a  chegada  do
            Prc<;idcnlc  da  República que  \'irill~ con-
            decorar  o  estandarte  do  Comando  do
            Corpo de Fuzilciroscom a Ordem Militar
            da Torre c Espada. do Valor. Lealdade c
            Mérito.  concedida  por  sua  iniciativa  ao
            sucessor do "mais antigo corpo militar de
            cará,ctcr permanente no nosso pais»,
               A enlrada. o general Ramalho Eanes
            era  aguardado pelos ministro da  Defesa
            Nacional. dr.  Rui Machete (que cumpriu'
            o serviço militar na Marinha como oficial
            da  Reserva  Naval).  general  Lemos Fer-
            rcira.  chefe  do Estado-Maior-Gencral das
            Forças Armadas. alcni rante Sousa Leitão.   H(}menQgtm aos mortos em campa"hQ.
            chefe do Estado-Maior da Armada. capi-
            t;io-dc-mar-c-gucrra FZ Oliveira Montei-
            ro. comandante do Corpo de Fuzileiros.   que Sua Excelêllcia o  Prt!sidente da Repú-  a Pátria,  na pessoa do Si!1I primeiro uprt-
            e capilão-de-fragata FZ Carreiro e Silva.   blica rect!ntemellfe 1I0S deu a grande hOllra  st!lIla1lle  não esquece e honra os seus he·
            comandante da Escola de Fuzileiros.   de Iht!co/lceder,              róis.  1111111 imperatÍl'o de gralidão que dt!ri-
               Na  parada  da  Escola.  cerca  de  1500   Não I'oulenlar lIeSIO alocução narrar a  va da sua idemidade e é projecção no fu-
            «fuzos,. aguardavam o  inicio da cerimó-  lIislória dos fuzileiros,  pois I  br~~'e o rem-  tIIro.
            nia. APÓS a chegada. o Presidente da Re-  po qu~ me proponho IIsor t! e conhecida e   Aprm'âlort!i a ocasião para relembrar
            pública. já no interior da unidade. foi de-  urensa a rdaçõo dos feitos I'alorosos que,  algul1Ia.f dalas, as mais sigllificati.-as do re-
            por uma coroa de flores  no  Monumento  indil'idllal t!  colecliw1nlell/t!,  os fu::ileiros  ceme  hi.florial dos fu:ileims cujas raí:es
            aos  Fuzileiros  Monos em  Campanha -  da Armada.praticaram nos Ires It!atros da  remOIllOIll ao século XVII quando se lor-
            era a homenagem da Nação aos $Cus mili-  gl/erra em Africa entre 1961 e 1974.   nou "itillo o l!islillÇão a bordo eltfrl!' o pes-
            tares caídos no cumprimenlO do dever e   Usamlo frases do comondu/lle dos fll-  soal di' lIumobra i! o pessoal iii! combate.
            que  deram  a  vida  abnegadamente  no   zifeiros,  recordarei,  para  mOlivaçõo  e  ell/rl' o ql/(l1 o (Il'wimulo ti llbordagem e de-
            exercício das suas miss6cs - enquanto a   compreensível orgullro dos mais /lOI'OS,  a  sembtlrque:
            fanfarra  executava  os  toques  de  .. silên-  dura preparação a que os fu::i1eiros de en-  Em 14 de  F('rereiro  de 6/ i  crialla a
            cio  .. e de «homenagem a mortos em dcfe-  tão eram sujeitos.  o  i!mbttrque illcólllodo  cfa.ut' lll' .targeI/lO,f e  praças fu:.ileiro.r-
            "3 da Pátria,., No local viam-se sargentos   II0S Ila~'ios e la/lclras qlle o.t opoiu~'atllllas  fa:. hojl', l)Drlatl/o. 14l11ll)s: l'l1! J ele Junho
            dos  antigos  Destacamentos  e  C~mpa­  o{Jt'raçôe.f,  o engenho t' o esforço dispen·  dt! 61  ti criatla (l  Eçcola ,Ie FII:ileim.t: e/ll
            nhias. envolvidos nas guerras de  Africa.   dido na constTllçõo e defesa dos aquartela-  /O de XOI'embm dl'6J desembarca em An-
            empunhando os velhos guiões dessas uni·   me/lfos. as I!'mboscadas 110 mato, 110 tarra-  gola  o  Destacamemo  n." /  de  Fuzileiros
            dades.  Do outro lado. os convidados -  fo e na.f muilas, o pi.for dUl"Ídoso das mar-  EsfNciais: ~m 6 d" JUllho de 62 de.s~mbaT­
            altas entidades da  Armada.  sargentos e  gt!ns dos mucurrO.f e dO.f Irilhos, minados,   ca na Glljtllo Destocamemo n." 2 de Fuzi-
            praças condecorados por feitos em com-  as kmgu.t patTlllho.f sob .fol escaldame 011   leiros  Especiais;  em 29 de Olllubro de 62
            hate. alguns já na Reserva ou Rcforma-  t/ebai:w de clwl'a.t  rnrrellciais,  os slibilO.f  chega u Moçombique a Compallhia II. "2 de
            recolhiam-se  comovidamente  perante  a  .filéncios lia lIIala, a .\ell.mçtio llo pt!rigo ell/   Fuzileiros;  em  /4 de  Fevereiro  de 68  é  a
            mcmóri:1  dos  camaradas  dC"ap:lrecidos.   ('mia IIIfo e tJl'Irá.ç de ('mltl pNlra,  e, sobre-  1'(':' de dll'garem a Cubo  Vi'rlle n,ç fu::ifei-  <
            recordando amizades cimentadlls nos ris-  tudo.  as acções  tI(, fogo,  I' muÍlas foram,   rO.f.  cOllwiwimlo U/II I,do/tio: l'm 5 el(! Ja-  •
            cos dos combates c que ii monc ahrupta-  em qUi! //lI hora lia  I'ul/tule villho ao cimo  nho til' 611 é aiude/ll da,fs(' de Fu:.ileim.t /10
            mcnlcdesfez.                      a extraordillaria prl'/mruçtio para esse mo-  qt((/(Iro llo flc/h'o dos ofic:Íllis d/I  Amllula:
               Scguiu-"C o aClo solene d;J  imposição  melllO.                   ('/II 19 dc'  Ouluhro lll' 69 é criada u  forçel
            da condecoração. e após o gencral Rama-  Ri'e:orc/(,râ,  com  emoção.  como  ui  de Fu::iláro.r do Comilll'lI/(': ('III 2': (Ie Ju-
            lho  E:mC'\  I~r r=bido a continência das  qlle lIIui/os l/e ~'t:S.f .ÇI'f1/if.  (lç que morreram   Ilho d" 7': e criado o  COlI/ul/(lo do Corpo
            forç:" em pilTada. comandadas pdo capi-  elll call1ptlllha e que I/:mo.f homenogeado.   dl'  Fuzi1C'irm.  (' r:m  /6 l/(' Abril dr:  75.çuo
            t;'lo-dc-frilgal:l  FZ Almeida  Viegas. o al-  como /ta pOIlCO,  sempre qUi! a OCO,riuo Si!   crie/{Io.f o.r blllalilÓC'.ç de fu:.ileirm: em -' efl>
            mirante CEMA_ nil sua alocução alusiva  prt'sft'.  A  Marinha e O.f .~I'II.r fuúleim.ç lem   NOI'emhro  dI'  7X  Irio  fNl/Isferitlo.l· pt/rlt "
            ao momento. dis."C:               orgullro l1()f .relu herói.f, t' IIIlIi/o.r o foram   C'flll/ldelrlr: (II/  Força dr:  Fu:i1f.'irns ilo CO/I-
                                              pda .lIIpre'IIIU l!âllil'll da  fila I'ida em com-  linell/e  II.V  com!('c'orarikf  colec'/ÍI'as  d".f
            FUZf1.EIROS                       hufí'.                             DI'S/(tC·Wllc'lIto.'· lh' FlIúl('Íros E.\pc'd/li.r-
               O Corpo dt! Fuzileiros do Armada está   A  Ord('1II  llo  Torn' I' Espada,  a mais   /rés  crl/:('.\  de  Gm'rra cole("/il'/I.ç  com qu/'
            /toje aqui t'lU IJUr(lda,  ('0/11 a tof(tlitl(l(l(' d(ls  1I1w  condecoração  porfltgllesa,  que  Sua  hlll'irUlI  .\·itlo  llislinguitlo.f  o  DFE 5,  em
            ,·e/l.'·  l'feclh'oç  dispol/ind,f.  p(lra ,çl:'r  parte   Excdàlda o  Presillellli' tlll  República I'ai   Moçambiq/ll'.  e  os  DFE 7 ('  DFE 8.  /1/1
            da n'rimollia lll!'  cOIllII:'('oraçiio elOfetl ('s-  em brel'e impor ao e.f/(IIular/e do Corpo de   Gllille': elll 1X lll' J/lII/tO lle  79 Jtio criallfl.r
            ulIId(lrf" com a Orlll:'m da Torre e Etpado,   FII:.ilÓros l/rl Armadu. deI/lOIl.wra-l·os que  (IS UI/it!udes (1(' Apoio ll(' Fogo.r. de Meios

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