Page 330 - Revista da Armada
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Código de honra das Forças Armadas
Por despacho conjunto do chefe do Estado-
-Maíor·General das Forças Armadas e dos chefes
dos Estados-Maiores da Armada, do Exército e
da Força Aérea, de 30 de Julho último, foi apro-
vado e publicado o Código em epígrafe, que a
seguir se transcreve:
CÓDIGO DE HONRA DAS FORÇAS ARMADAS
Após ti viragem de uma das mais importantes páginas
da nossa História c que assinalou o lermo da nossa expan-
silo ü escala mundial. é fundamental manter viva a fé nos
destinos nacionais e preservar os valores qlle devem nor-
tear a Instituição Militar em todos os momentos difíceis
de afirmaçflo em Portugal como Nação soberana e senho-
ra do seu futuro.
coragem feita de estoicismo c de Cria resoluç;"io perante
Numa Sociedade Universal que passa por um período'
o risclJ. a dore a morte.
conturbado onde os principios éticos e morais são fre-
Por tudo isto, o militar consciente dos valores que lhe
quentemente postos em causa, é imperioso salientar e Ca-
cabe defender não pretende ser melhor ou superior a
zersentir a todos os portugueses. aquem compete o dever
qualquer outro. mas muito simplesmente orgulhaFse de
Cundamental da defesa da Pátria, o significado e a solidez
sercomoé.
dos valores que constituem a própria essência e natureza
O MILITAR sublima-se ao devotar-se à Pátria salva-
da Instituição Militar, bem como a sua finalidade última
guardando os valores históricos e morais que consubstan-
na defesa da identidade nacional.
ciam a identidade de Portug<ll e garantem a sua perenida-
Em todas as circunstâncias, O cidadão ao assumir-se de como Nação soberana.
como MILITAR. por opçüo ou nu cumprimcnto de um
dever cívico para com a Nação, consagra-se à PÁTRIA
com exemplar espírito de disciplina, de dedicação e de sa-
crificio sem reservas. , CÓDIGO DE HONRA DAS FORÇAS ARMADAS
DISCIPLINA , que expressa a submissão voluntária
ao Código de Honra que suporta a instituição que serve; I. AMO E SIRVO A MINHA PÁTRIA.
disciplina que não se esgota na simples obediência passiva 2. DEFENDO PORTUGAL ATÉ À PERDA
e que, pelo contrário. se traduz na cedência voluntária do DA VIDA, PARA SALVAGUARDA
individual perante o colectivo; disciplina onde se encon- DA SUA INDEPENDÊNCIA . DA SUA
tra :1 reserva de energia física e moral essenciais à eficácia UNIDADE E DE TODOS OS SEUS
e sobretudo à pureza das FORÇAS ARMADAS. RESTANTES VALORES.
DEDICAÇÃO, queé um dever do homem livrecons- 3. RESPEITO A CONSTITUIÇAO DA
ciente da necessidade da subordinação que é lealmente REPÚBLICA PORTUGUESA .
aceite sem servilismo ou humilhação, sem hesitação e sem 4. CUMPRO OS DEVERES E ACEITO OS
medo; subordinação que se sustenta na confiança e na SACRIFÍCIOS QUE A CONDlÇÁO
estima. MILITAR IMPLICA.
SACRIFiCIO. que exige firmeza de alma para enca- 5. CULTIVO A VERDADE. A JUSTiÇA.
rar sem desfalecimento as contrariedades, as fadigas e a A LEALDADE E A CAMARADAGEM.
dor, os riscos e perspectiva da morte. 6. EMPENHO-ME NO TREINO DURO
Em tod<ls as situações. o militar vale pela sua força E CONTINUADO . CONSCIENTE DOS
moral e anímica, valor fundamental das Forças Armadas, RISCOS QUE DELE DECORREM.
que resulta do culto da honra, do dever e da coragem. 7. PRATICO E DEFENDO A
HONRA , que é o sentimento da dignidade própria e DISCIPLINA E O RESPEITO
que leva o homem a merecer a consideração geral; honra PELA HIERARQUIA.
que é conseguida com uma conduta digna que impõe res- 8. HONRO A MINHA PALAVRA
peito e confiança. E ASSUMO A RESPONSABILIDADE
DEVER , que é a obrigação moral de satisfazer os DOS MEUS AcrOS.
cQmpromissos; dever na obediência à hierarquia; dever 9. IMPONHO-ME PELO APRUMO E
de desenvolver todas as qualidades e aptidões pessoais CORTESIA E RESPEITO A
por forma a não comprometer o bom desempenho das SOCIEDADE A QUE PERTENÇO.
missões. 10. ORGULHO-ME DE SER PORTUGUÊS
CORA(iEi'l.'l. \irtmk por excelência dos militares: E DE SER MILITAR.
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