Page 221 - Revista da Armada
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~I, Nota de Abertura
o nosso 15. aniversário
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((Revista da Armada" faz, exacta-
mente neste mês de Julho de 1986,
A quinze anos ao serviço da Armada. revista
Não é muito, em tempo, mas já é alguma coisa
em trabalho para os que têm tido a respansa- ela
bilidade de a pôr a circular a tempo e horas. ARMADA
Diz-se que as coisas, às vezes, não são
aquilo que parecem, mas no nosso caso pare-
cem e são na realidade simples. Graças à cola-
balação amiga e valiosa de muita gente; gra-
ças à rotina de trabalho que estabelecemos e
tem dado os melhores resultados, e graças
também à confiança e apoio que temos rece-
bido dos chefes directos, o nosso trabalho não
tem sido difícil. Por isso, pouco nos devem a
Armada e os marinheiros.
Onde está então o nosso mérito, se é que
algum temos?
No amor com que trabalhamos neste
sector da Marinha; no gosto com que o ~aze
mos; no orgulho com que procuramos manter
a boa imagem que o país tem da sua Armada;
na satisfação com que todos os meses entra-
mos pela casa dos marinheiros, sobretudo
dos que deixaram o serviço, para lhes mostrar E é por tudo isto que nos sentimos sobeja-
que não estão esquecidos e para lhes levar mente recompensados, nada mais querendo.
novas da Marinha que jamais se apaga dos É um regalo para o espírito reviver o nosso
seus corações. Falamos-lhes da evolução do glorioso passado, no mar e em terra; é um
material; falamos-lhes dos camaradas, das consolo viver o presente, seu digno sucessor;
suas vidas e das suas mortes; falamos-lhes da estimula-nos a esperança num futuro que não
nossa riquíssima história; mantemos vivo o pode ser diferente, senão para melhor... Nós,
humor naval, que tem o sabor da água salga- os da «Revista da Armada)) , pela natureza do
da; avivamos-lhes a saudade do mar, das ter- nosso trabalho, cada vez temos mais orgulho
ras por onde andaram, dos navios e até, ima- de sermos marinheiros portugueses.
gine-se, dos maus bocados que passaram e O nosso obrigado a todos os colaborado-
das coisas desagradáveis, próprias da profis- res e amigos.
são. As saudades dos marinheiros abrangem
tudo isso. Só que as coisas boas ficam sempre
na memória; as más, inexplicaveI"mente, qua- u· d4" ,/~
se desaparecem com o tempo! c/sIm.
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