Page 423 - Revista da Armada
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"idadu comerciais, na exploração dos re-  . De  faclO,  folheando  o  HiSl6ria  de   mostram como é dificil conseguir um con-
         cursos  naturais,  na  contribuição  electiva   Porlllgal - de que já se disse ter o  vollar   junto de circunstáncias favoráveis,  de na-
         para o  equilíbrio financeiro  e na parcela   das páginos o som do marulhar dos vagos,   tureza financeira,  económica, administra-
         importante que representa no rendimemo   fácil se lorna verificar o correlação exislen-  liva,  psicológica e Olé politica, sllSceptlvel
         nacional,  como fOnle  de múltiplas activi·   le emre a vitalidade do Noção e o desenvol-  de permitir o regresso de Portugal ao mar.
         dades t  absorção de mão-de-obra especia-  vimenlo  da  nosso  aClividade  madlima.   Nem o pendor na/llral do nossa Geme, em
         lizada,  q!/t! se faz semir, em tempo de paz  Todas  as  vezes que o  heredilOriedade,  a   que q!lase  todo O adolescente 011  infante
                                        i
         a influência  do  Mar na  vida "acional.  1:.-  vonlade  da  Nação  011  OIlIro  dos faclores   SOllhOI/ ser I/m dia marinheiro,  IIl!m a fó/{i-
         também 110 aumento do prestigio ;merna-  qlle, por uma 011  oU/raforma, regulam os   ca de uma tlirectriz que a Ecollomia impóe
         danai do Pals,  na demonstração da nossa   deslinos dos povos colocarem o Poder em   I! a Geografia recomenda, nem a tTQtliçiio
         capacidade reaUzador" e no fortalecimen·   mãos de Porluguês de boa vomade se veri-  gloriosa fortalecendo o semimemo patri6-
         to das relaçlÜs com os portugueJt!s disse-  ficou um e.sforço Ilacio"al em direcção 00   tico, se têm mostrado boslQmes.
         minados pelo Mundo.  Mas  é sobretudo,   mar,  nem sempre,  paro  nosso mal,  bem   Como se escrevia na coml/nicação ao
         em tempo de graves perturbaçôes inlerna·   suudido. Ensina a Hist6ria que prosperi-  II Congresso  Nacional do  Marinha  Mer-
         danais, que o apelo do mar e a necessida-  dade e navios no mar foram sempre sinó-  cante, em /958,  a Sociedade de Geografia
         de  dos navios se fazem sentir: pela segu-  nimos no lingua porwguesa; que época em   de  Lisboa,  consciente  dos  seus  dl!l'eres
         rança económica que garantem quando se   que e.srejamos alheados do Mar é época de   para com a Nação,  insisrl! mais !Ima  I'ez
         torna  diflcil  ou extremamente oneroso  o   decadência; que o nosso ressurgimento se   em recomendar o regresso de Pormgal ao
         recurso o estrangeiro e pela possibilidade   conhece  logo  pelo  interesse  dedicado  às   Mar.  Modesto,  sem arrog6ncias lIem me-
         qlle oferecem  de  acorrer pronlameme ds   coisas do navegaçáo.,.    galomanias, mas 11m regresso digllo I! ajus-
         necessidades militares .             Século  e  meio  de  História  Nacional   tado à nossa dimeluão ad6mica!
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         REUNIÃO DO GRUPO
         IEG6ISF4 DO NATO NAVAL
         ARMAMENTS GROUP
            No  âmbito  do Estado-Maior  da  Ar-
         mada e com a presença de delegações dos
         países  da  Aliança  Atlântica,  nomeada-
         mente da  Bélgica, Canadá, França, Ale-
         manha Federal, Itália, Holanda,  Norue-
         ga, Portugal, Reino Unido e Estados Uni-
         dos da América, realiwu-se nos dias 23 a
         26 de Setembro último, no Instituto Supe-
         rior Naval de Guerra, a 30." reunião (2."
         anual)  do  grupo  IEG6ISG4  (produção,
         controlo,  distribuição  e  utilização  de
         energia eléctrica a bordo), agregado este
         integrado  no  Nato  Naval  Armamcnts
         Group, com sede em Bruxelas.
            Na sessão inaugural, o chefe do Gabi-
         nete  de  Estudos  da  Direcção-Geral  do
         Material  Naval,  contra-almirante  EMQ
         Serra  Rodeia,  dirigiu  aos  participantes   A delegação portuguesa era constitui-  (Folo . RA ,,-I.· -surg. A Rui porfírio}
         palavras de boas-vindas a que se seguiu a   da pelos capitão-de-mar-e-guerra José de
         apresentação de cumprimentos ao direc-  Freitas, do Gabinete  de  Estudos,  e  pri-
         tor  do  Instituto,  vice-almirante  Ferraz   meiro-tenente  SEE  Santos  Maduro,  da
         Sacchetti .                        Esquadrilha de Submarinos.
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                                            ACTIVIDADES
                                            DE UNIDADES DO CNC

                                              Unidades navais em serviço nas águas   separação de  tráfego  marítimo  nas  Ber-
                                            sob jurisdição portuguesa, da responsabi-  lengas c nos cabos da Roca e de S. Vicen-
                                            lidade do Comando Naval do Continente   te,tiveram diversas saidas de emergência
                                            (CNC), procederam, em Setembro passa-  para acorrer a navios e embarcações em
                                            do, à identificação de 178 embarcações de   perigo  aos  quais prestaram  a assistência
                                            pesca, vistoriando 148, de que resultou a   requerida  ou  apoio  próximo,  sendo  de
                                            autuação de 13 (uma das quais estrangei-  destacaro auxflio dado ao iate . Vatou!"».
                                            ra) por pesca em área proibida ou sem li-  Também, mergulhadores da  Armada
                                            cença,  uso/porte  de  artes  ilegais,  docu-  procederam  â  recolha  de  armamento
                                            mentação irregular ou ausência de meios   abandonado  no  Tejo,  junto  ao  cais  de
                                            de  salvamento.  Em  consequência  foram   Santos, e na eãmara hiperbáriea da Esco-
                                            apreendidos  1410kg de  peixe e  marisco   la  de  Mergulhadores,  no  Alfeite,  foram
                                            diversos,  cujo valor da venda reverteu a   efectuados  17  tratamentos  a  elementos
                                            favor do Estado.                  estranhos à Marinha.
                                              No que respeita à salvaguarda da vida   Ainda naquele período, as instalações
                                            humana no mar, na repressão do contra-  da  Base  Naval  de  Lisboa,  no  Alfeite,  e
                                            bando ou em outras actividades, as unida-  unidades navais  aqui estacionadas foram
                                            des  navais  daquele  Comando,  além  de   visitadas  por  182 pessoas de  associaçõcs
                                            procederem ao controlo dos esquemas de   particulares.

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