Page 43 - Revista da Armada
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pais  razões  que explicam  o espantoso desenvolvimento   onde pode ser admirada, dado que se trata de uma peça
       tecnológico e a consolidação do prestígio já então alcan-  de alta qualidade("). Fabricada em 1855, em Paris, na fir-
       çado pelos fabricantes ingleses de instrumentos náuticos.   ma Froment, foi reparada três anos depois pelo Instituto
       Além disso, e isto constituiu uma medida de grande estí-  Industrial.  Descobrimos esta máquina de dividir há cerca
       mulo, Jesse Ramsden, e, aliás, Peter Dollond, são feitos   de três anos, graças à gentileza do professor Júlio Montal-
       membros da Royal Society, que corresponde à Academia   vão e Silva do I.S.T., a quem agradecemos todas as facili-
       de Ciências dos países continentais onde, como é sabido,   dades concedidas.
       não tinham entrada os simples artífices.
          Não sabemos qual foi  a primeira máquina de dividir                              A . Estácio dos Reis.
                                                                                                     cap.·m.·g.
       que  houve  em  Portugal.  Admitimos  porém  que  Jacob
       Bernard Haas, que foi contratado em 1800 pela Marinha
       e instalado na Fábrica de Cordoaria para aí estabelecer a
       sua oficina de instrumentos meteiT!áticose) tenha trazido   (') A máquina foi beneficiada em  1982 pelo hdbil arl{fice José Ca/ri·
                                                           nho, dusoficinusdo Museu de Marinha.
       de Inglaterra, onde era artista de certo valor, ou aqui fa-
       bricado, uma  máquina de dividir.  Porém, a mais antiga
       máquina de circular de que temos notícia  no  nosso país   RECTIFICAÇÃO
       encontra-se  felizmente  no  Instituto  Superior  Técnico,
                                                              No  artigo  anterior,  no  penúltimo  parágrafo,  deve
                                                           ler-se  « ...  paralelas  equidistantes  à  escala  (onze,  por
          (') Ver «O Uso dos lrUlrumenlos Nduticos em Portugal_, comunica·
       fdo apresentada pelo autor na V Reunião da Hisrória de Ndutico e de Hi·   exemplo,  se  queremos  a  aproximação  em  décimos)  e
       drografia, RiodeJaneiro, 1983.                      traça-se ... ».



              Terminolo  ia Naval







       •  PLANO  DE  FLUTUAÇÃO  -     Plano  definido  pela   •  PLENILÚNIO-Lua cheia.
       superflcie livre das águas em repouso em que o navio
       flutua.                                             •  PLUMAS - Cabos ou correntes destinados a aguen-
                                                           tar em várias direcções uma antena, a saia da chaminé,
       •  PLANO DA LINHA DE AGUA-Plano horizontal.         uma cabrilha, etc.

       •  PLANO INCLINADO - Leito construido à beira-mar,   •  POA - Cabo fixo pelos chicotes nas testas das velas
       e declive, dotado de aparelhagem adequada à alagem   redondas ao qual se fixa o chicote do amante da bolina.
       dos navios para efeitos de beneficiação.
                                                           •  POALHA- Poeira leve dispersa na atmosfera.
       •  PLANTÃO -    Praça armada de sabre cuja missão
       é fazer a polícia e vigilância duma coberta ou duma ca-  •  POALHO  -  Nevoeiro  de  fraca  densidade.  Chuva
       serna.                                              miúda e passageira.

       •  PLATAFORMA - Obra morta, elevada, horizontal e
       plana, destinada, amontar. nos  navios, equipamentos
       para o desempenho de diversas funções.  Actualmente
       usa-se esta designação para significar a própria constru-                                   $. Elpídio,
       çãoflutuante.                                                                              cap.-m.-g.AN











       Que  por  se  considerar  muito  útil,   Que  esta é constituída por uma parte   preço  de  950$00,  directamente
           principalmente  para  quem  tem    com  informação permanente ao     no  IH,  Rua  das  Trinas,  49  -
           actividades  relacionadas  com  o   longo dos anos, e outra de calen-  1296 Lisboa Codex. podendo ser
           mar,  o  Instituto  Hidrográfico   dário  renovável,  em  separado.   enviados à cobrança pelos CIT.
           (IH) editou,  pela  primeira vez,   Que  os exemplares  de  agendas  para   acrescendo ao custo da  publica-
           uma «Agenda Náutica».              1986  podem  ser adquiridos,  ao   ção os do porte e da embalagem.

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