Page 77 - Revista da Armada
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I Nota de Abertura
Monumentos
que faltam
onforme tem sido dito e redito nes- história, homens e feitos dignos dessa
C ta Revista, sem quaisquer resulta- distinção. Estou a lembrar-me, a propósi-
to, do condestável D.Nuno Álvares Perei-
dos práticos. aliás. há vários mo-
numentos que o país deve a alguns dos ra, heróico vencedor da batalha de Alju-
seus filhos mais ilustres. Brada aos céus, barrota, que tem um pedestal à sua espe-
poI exemplo, que em Lisboa não haja ne- ra no alto do Parque Eduardo Vil, há um
nhum ao mais famoso navegador portu- bom par de anos (!l.
guês, o almirante dos mares da Índia. E já que estamos com as mãos na mas-
Vasco da Gama. nem aos heróis da pri- sa, voltamos a lembrar à Lusa Atenas, à
meira travessia aérea do Atlântico Sul, os sua velha Universidade a aos seus, anti-
comandantes Sacadura Cabral e Gago gos e actuais, estudantes, que devem
Coutinho. também um monumento ao lendário e ro-
Quanto ao primeiro, gorada a hipótese mântico Hilário que, na sua voz maravi-
de ser aproveitada a estátua que durante lhosa, tão bem soube interpretar a alma
tantos anos esteve instalada na Praça do da cidade do Mondego e das suas capas
Império. em Belém, poI não ter a dignida- negras.
de necessária.. poderia sar negociado com
o Governo de Moçambique a vinda da que
havia na ilha de Moçambique e que foi
dali retirada. encontrando-se anecadada,
provavelment e sem destino previsto.
Quanto ao segundo, embora esteja
planeada a implantação de um junto à
Doca do Bom Sucesso, em Belém, poderia
também - como sugeriu o ilustre jorna-
lista Vasco Calixto, no «Diário de Notí-
cias » de 29-12-85-ser negociada a vinda
de Moçambique das estátuas que ali ha-
via - a de Gago Coutinho, em Lourenço
Marques e a de Sacadura Cabral, na Beira
- para lhe ser dado adequado destino.
Falámos apenas nos monumentos
cuja existência em Lisboa temos referido,
mas muit os outros poderia e deveria ha-
ver, pois não faltam, felizmente, na nossa
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