Page 57 - Revista da Armada
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narinos na Armada Portuguesa
condições especiais, de três submersíveis da classe
«S", com três anos e meio de serviço. Receberam es-
tes navios os nomes de ((NautilOIl, «Neptuno II e «Nar-
vah, constituindo a 3.- Esquadrilha, sendo seus pri-
meiros comandantes os primeiros-tenentes Aurélio
Saavedra Palhares (uNautiloll). Alves Lopes (uNeptu-
no>!) e Alberto Magro Lopes (IlNarvalll).
I Tendo chegado a Lísboa em 1948, estas unidades
tiveram uma alta rentabilidade, parso que muito con-
tribuiu a sua robustez e simplicidade, comprovadas
durante a sua experiência de guerra enquanto estíve-
ram ao serviço da Royal Navy.
Da sua actividade operacional há a destacar a sua
Osubmersivel_Espadarte. da 2. ·Esq1)sdriJha. intensa cooperação em todos os tipos de exercicios
navais, tanto nacionais como internacionais, sendo
sita a Sevilha~ nas vésperas do eclodir da n Grande
de referir a primeira participação em operações
Guerra, efectuada pelos ~ Golfinho» e "Delfim» (a via-
gem de regresso a Lisboa já foi realizada com a guerra NATO.
A vida destes submersíveis ultrapassou o perlodo
declarada). Durante o período critico desta guerra
máximo previsto de 20 anos, tendo sido substituídos
(1 941-43), e perante a necessidade de actualizar e
pela 4.- Esquadrilha, actualmente em actividade. Fo-
t reinar as nossas u nidades de superfície nas novas
ram seus ultimos comandantes os capitão-tenente
técnicas e concepções da luta anti-submarina, as
Manuel Monjardino Gomes Nemésio (uNautilo»), pri-
tarefas atribuídas foram. além de importantes, de
grande sacrifício e alto profissionalismo. meiro-tenente Jorge Manuel Cabeçadas Pereira Leite
(<<Neptuno») e capitão-tenente Carlos Alberto da
Também a partir de 1940, as infra-estrutwas da
Costa Monteiro «((Narval»).
base, com os serviços de comando e apoio dos sub-
mersíveis, se foram desenvolvendo sucessivamente.
passando-se do Palácio do Alfaits, na Base Naval.
4.11. ESQUADRILHA
para as novas instalações edificadas no extremo
norte da estação naval.
Constituida por encomenda feita à França em
Os submersíveis desta esquadrilha foram desar-
1964, aos estaleiros Dubigeon-Normand.ie, em Nan-
mados em 1950, sendo seus Ultimas comandantes os
tes, foram entregues de Outubro de 1967 a Outubro
primeiro-tenente Joaquim David Carvalho (1l0el-
de 1969, e receberam os nomes de «Albacora», «Bar-
fl.lIl>!), capítão-tenente Diogo Navais e Silva Puppe
racudall, uCachelotell e IIDeICimIl . Estes tiveram
(ClEspadarte>!) e primeiro-tenente Alberto Lopes
como seus primeiros comandantes os capitães-te-
Alves (IlGolfinho!!).
nentes Rui Silvino dos Santos Teixeira Chaves, João
Diogo de Barros e Sousa Mesquita Macedo Leitão e
Carvalhosa, Manuel Monjardino Gomes Nemésio e
3.11. ESQUADRILHA
Carlos Alberto da Costa Monteiro, respectivamente.
Em 1975, com a venda do uCachalote" à França,
Para substituir as unidades da 2.- Esquadrilha foi
para ser cedido à Marinha do Paquistão, ficou esta es-
conseguida uma solução de emergência em 1947, ao
quadrilha reduzida a três unidades. Foi seu último co-
negociar-se com o Governo britânico a cedência, em
• mandante o capitão-tenente Adolfo Esteves Sousa .
Com esta aquisição, passou a nossa Armada a in-
cluir, pela primeira vez, nos seus efectivos submari-
nos em vez de submersíveis -terminologia mais
apropriada para unidades concebidas para se deslo-
carem preferencialmente em imersão- dando inicio
a uma nova era e colocando-nos em paralelismo com
as Marinhas dos outros países, quer no avanço do ma-
terial quer no desempenho de ml5sões.
Sendo considerado boje, como antigamente, a
anna dos pobres (exceptuando-se os nucleares), os
submarinos além de factor dissuasor e estratégico,
têm proporcionado à nossa Armada motivos de ale-
gria e satisfação pelOS resultados obtidos no desem-
OsubmerslveJ .NautiJo~ da 3. ~ Esquadrilh .. penho das missões que lhes têm sido determinadas.
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