Page 82 - Revista da Armada
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nado  rll'  14/110  proial.Íla  donde  partia  um   como lU.  alguma coiso como cem 10lle/mlas   areia.  Tim saudades da I~que/la ,  lentam pll'
            caminho efn. por sair da  água_  Deus meu!   de  gordura?           xaros pls parafora da gOft/ura e, rn'Jo con-
            CO/tl  lerrfl'eI desalenlO,  Da  Leia  descobriu   *                 seguindo, mornm daesperudas. Depois. ,im
            quejllm'lo linha pis. 011, melhor, pls I;nha,                        os fNscadorts.  cortam-nas aos fNdaços pa-
            mas a gordura h(H'ia-os fl'chmlo /lO seu cor-  E,  (l.uim,  Ce  OU/I/lU  lel'lln/olf  1'(10 e  &/   ra aprol'(!iwr a gordura t  dt'scobrem eTIIl10
            po.  de  modo que ndo  se  I,iam já.   Leia ficor/  /lO oceano. a bam/JOlear-se sobre   os dois pls. E inlerrogam-se: "Mas pora que
               Ba  Leia,  desesperada.  gri/OII:   as ol/das e a am/har-se, paro sua infelicida-  seniriam os pis das ba/eias? ..
               - Ai de mim! Já nl10 lenho piso  Ce ao-  de.  de milhi'Jes de fNixes.  DI'  I'!",!  em qlwn-  Nilo sabtm que os dois pls tlel'r!riam su-
            nha.  querida  Ce  CoI/ira,  faz·me um fUl'()r:   do,  a/ira para  o ar um jacto iiI'  ágllo.  que   \'ir poro  rtgressar 00 lago t'  l'OItarem a ser
            apanha-me com o bico e /enJ-me mi ao lago.   i  o Sl/O fonllQ de assoo r o nariz ql/(lIIdo ellO-  alegres I'  inuligemes.
            Ser-te-ei grata . depois,  lodo  a  I·ida.   roo  Sim,  chora  e cU/lle.  come  I'  choro  pela
               Ce  Ganha,  elll(lo  plís-se  o  rir  e  i/isse:   grande Ilosla/gia tios lempos feli~es em qlu
               - Da  Leia,  qutrida  Da  Leio,  I  mtsmo   ero pequena.                          DI'  .Ftl/m/us ProibitUJs_
            \~nlmJt, a gordura subiU-ir à robeça. lirou-te   Este I o 1/lO(il'O pelo qual, hoje, as balelflS   Editorial NoIfdos!lrutiluto
            o stnlido da realidadt. Mas como I qUt qlie-  rim de ln em ql/{Uldo esreruJer-se nas praias   IloHtJIIQ dI' Cullura tm PQnugol.
            rts que eu apanhe com o /tItu bico!U7I colosso   e  aí se deixam  morrtr  nO  enxllfo,  sobre  a   Lisboa.  1983



            Nova missão para um velho navio





                  urante dois dias, responden-
                  do  a  um  amável  convite  do
            D seu comandante, capitão-de-
            -fragata  Silva  Dias,  embarquei  no
            "Creoula  ..  para lazer uma daquelas
            saldas a que na Marinha chamamos
            de fjm-de-semana: larga-se no sába-
            do de manhã e atraca-se no dia se-
            guinte,  domingo,  à  tarde.
               Esta extraordinária oportunidade
            surgiu  na  sequência  de  uma  con-
            versa informal com o comandante do
            navio  em  que  eu, a  Ululo  de  pura
            curiosidade,  lhe  dizia  que  quando
            era miúdo costumava ir a bordo do
            "Creoula .. exercitar a minha imagina-
            ção -  já  então fértil  -  na compa-
            nhia  de  outros  rapazes  com  quem
            naquela altura brincava.
               E fui...  munido  do  uniforme  de
            serviço interno, dos artigos de higie-
            ne e de vestuário necessários e de   o  CIIP.-Irag. Sllvs 0/85, comandante do .,Creoula_, tendo ;  sua «JqUBI'ds o im«IaJo,  f. G,ten.
            material fotográfico suficiente.   Nins Henriques, s A dirBits osutordeste B11Igo.
               Quando me  apresentei a bordo,
                                                   a carvão feito por um dos seus   A  VOZ  DO  SANGUE
            apesar  da  largada  estar  prevista
                                                   antigos capitães - Marques da
            para três quartos de hora depois, o    Silva -e, por  último,           Foi contudo ao observar um da·
            comandante mostrou-me calmamen-
                                                  •  um exemplar do livro .. A Cam-  queles  desdobráveis,  seguindo  a
            te o que havia sobre o navio osten-
                                                   panha  do  Argus..  de  Alan   orientação do comandante, que a mi-
            tando  a  disponibifidade  que  lhe  é
                                                   Villiers,                     nha relação com o navio se estreitou
            peculiar  (injustificada  até  para  um                              ainda mais.
            camarada do  mesmo ramo).
                                                 É estudando este livro, realmen-   Encabeçando a relação dos no-
               E o que  havia,  porém  limitava-
                                              te, que o·comandante Silva Dias pro-  mes  dos  seus  capitães  figuravam:
            -se  a:
                                              cura  de  forma  incansável  penetrar
                                                                                    •  Anlbal  da Graça  Ramalheira,
               •  dois  panfletos  desdobráveis  no espirita dos antigos capitães da-  meu  Avô e
                 contendo a fotografia do navio,  quele  género  de  navios  bacalhoei-
                                                                                    •  João  da  Graça  Ramalheira,
                 as  suas caracterlsticas e uma  ros.  Nele  se  encontram,  de  facto,
                                                                                      seu  irmão  e  meu  Tio-AvO,
                 breve resenha histórica (um da  boas referências à vida do pessoal   portanto.
                 Secretaria de Estado das Pes-  do mar (em campanha ou em terra),
                 cas  e o  outro  proveniente  do  a nomes que fizeram nome a outros
                 Estado-Maior da Armada),     navios para além do .. Argus ... como   o último que  constava daquela
                •  uma fotografia de um desenho  é o caso do .. Creoula ...      relação, Francisco Correia Marques,
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