Page 151 - Revista da Armada
P. 151

CARTAS AO DIRECTOR                 dirigentes do clube estrangeiro ven-  recordar momentos felizes que viveu
                                          cido,  à  equipa  da arbitragem,  etc.   nessa bela Corporação da Armada.
           Dos  nossos  leitores  8  amigos
                                          Não falhou  o  brinde ...
       recebemos  a  seguinte  correspon-
                                             E pronto, ridlculo é o menos que               *
       dência:
                                          se  pode  dizer  deste  programa  ...   Oe  Edgar Duarte Marques Ca-
           Do .. Pezinhos. , cabo M, Lisboa,   mais  ainda  do  que  os  milhentos   saca, faroleiro subchefe, Paço O'Ar-
        a  carta  que  transcrevemos  na  In-  concursos  que  ali  decorrem,  com   cos,  uma  carta  mostrando  a  sua
        tegra:                            dinheiro a roclos, automóveis, arcas   indignação pela ignorância de  mui-
                                          congeladoras,  motos  ...  eu  sei  lá,   tos  portugueses  sobre  h istória  de
                                          oferecidas aos concorrentes. peran-  Portugal.  Diz ele  que há dias, num
        RIDíCULO
                                          te os olhares vesgos de  inveja dos   concurso, dos muitos que agora es-
           Ontem à noite, dia 21  de Março   que em suas casas assistem pasma-  tSo a acontecer na televisão, foi per-
        do ano da graça de 1991, a televisão   dos àquela verdadeira bacanal!   guntado a um concorrente quem era
        que Deus nos deu, não ligando ne-                                   o  ministro  de  D.  José aquando do
        nhuma  ao  horário  do  programa, o              *                   Terramoto  de  1755.  A resposta  foi
        que aliás é frequente, pôs no ar um   De  José  da  Costa  Florim,  pronta: D.  Afonso Henriques! E co-
        documentário  mostrando  as  horas   ex-1 MAR do curso de monitores de   menta que assim perdeu  este con-
        vividas  pelo  presidente  de  um  dos   1954, - o Fadinhos - , Matosinhos,   corrente  um  belíssimo  automóvel!
        grandes clubes do futebol português,   uma  carta  em  que  recorda  as  cir-  Não  vale  a  pena  comentários  ...
        antes,  durante e depois de  um en-  cunstâncias que o  levaram  a  pedir
        contro para a Taça UEFA de que o   baixa da Marinha que sempre tanto                *
        seu clube saiu  vencedor, o que lhe   amou. Trabalhou depois na Marinha   Oe  Valdemar Lourenço, Lame-
        dá acesso às  meias-finais da referi-  Mercante, no comércio e, finalmen-  go, uma carta em que diz: ( ... ) quan-
        da taça.                          te, nos Serviços Municipalizados de  do  fui  daqui  para  prestar  serviço
           Apareceu,  primeiro,  sentado  a   Água e Saneamento -  informática  militar na Marinha, em  1954,  dirigi-
        uma enorme secretária com muitos   -  em Matozinhos, tendo ali come-  -me ao Alteite, radiante, pois sempre
        telefones, a atender chamadas. algu-  çado por baixo e ocupando agora um   gostei  da  Marinha  e  foi  nela  que
        mas vazes pelos dois ouvidos, como   bom lugar. Como ele diz, subiu a pul-  depois abri os olhos para a vida.  Por
        empresário que é,  a  nfvel  nacional.   so, desde grumete até ministro. Ape-  isso, adoro ler a Revista e lembrar os
        Vimo-lo  depois  levantar-se,  sair,   sar das frustrações que teve nos dois   filhos da escola desses bons tempos.
        meter-se num grande espada, viajar   primeiros empregos até chegar à si-  Sendo  assim,  diz  ele  ainda,  quis
        em  direcção  ao  estádio,  apear-se,   tuação actual, afirma, saudoso. que   aproveitar uma vinda a Lisboa para
        abraçar muita gente graúda, entrar  não há  nada que chegue ao balan-  visitar a Base Naval e alguns navios,
        para  a  bancada,  abraçar mais  uns  ço ...  e  à  Marinha.  acrescento  eu.   porque recordar é viver. Não lhe foi
        tantos que ali  estavam, sentar-se e   Não tem  sido fácil  a sua vida fami-  permitido, por não ter um documen-
        acender um  charuto de marca.     iiar, entremeada de doenças e mar·   to que justificasse a pretensão.
           E o jogo começou,  no  meio de   te de familiares. Tudo junto, fizeram
        grande algazarra e  entusiasmo, di-  dele um  rebelde e um impulsivo,  o
                                                                               NR -  O problema foi posto a  qll8m de
        zendo o presidente para os circuns-  que o levou a cancelar a sua assina-  direito.  6 16m sido vários os man'nheiros licen-
        tantes que o seu clube ia ganhar por   tura da nossa Revista.  Volta agora   ciados  /I  pedir  um/l  soIuç40,  se possfwJl.
        4 ou 5 a zero. E realmente ganhou,   arrependido.  como fez  o  bom  filho
        não por tantos mas apenas por 2, e   que também  abandonou  a  casa  ...           *
        com toda a justiça. Na altura dos go-  Da nossa parte é com imensa alegria   Oe Maria de Lourdes C.V. Pal-
        los e nos lances principais a amável   e satisfação que lhe damos as boas-  ma, Laranjeira, uma carta dirigida a
        TV mostrava, em grandes planos, o   -vindas.                        seu  marido, a propósito do .Oia do
        presidente eufórico. batendo palmas              *                  Pai .. , da  qual  extralmos:  Se,  como
        e  gritando,  com  dois  ou  três  pala-  Oe John António Bispo, Ontá-  dizem,  o  amor não  tem  idade,  as
        vrões  à  misturai                rio, Canadá, uma carta em que afir-  tuas viagens - Guiné, índia, Ango-
           Finalmente. vimo-lo :;air do está-  ma ter visto em  casa de  um amigo   la,  Cabo Verde,  Brasil, etc.  - tantos
        dio  pela  porta  grande,  dar ostensi-  um  exemplar  da  nossa  Revista  e  anos perdidos na nossa vida,  tantas
        vamente  uma  choruda  gorjeta  ao   querer imediatamente assiná-Ia por-  lágrimas,  tantas  saudades  ...  Mas
        porteiro, abraçar muita gente, meter-  que  leva  notícias  da  nossa  velha   digo que valeu a pena! ( ...  ).
        -se no espada, acender outro charu-  Marinha  a  todos  os  marinheiros
        to e dirigir-se a um restaurante típico   espalhados pelo mundo.  O exemplar   NR  -  Ê  v6fdad6.  muito  sc'r6m  as
        onde ofereceu  um  lauto jantar aos   que  leu  logo  lhe  deu  a  alegria  de   mulheres dos marinheiros!

                                                                                                           5
   146   147   148   149   150   151   152   153   154   155   156